quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica 2 | Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets: Netflix acerta com divertida e sensível sequência

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A impecabilidade do stop motion da produtora Aardman e a peculiar e divertida história de um grupo de galinhas rebeldes com um sonho de liberdade fizeram de Fuga das Galinhas um clássico atemporal. Com traços detalhados e um minucioso trabalho de produção que se estendeu por anos a fio, o longa dirigido por Nick Park e Peter Lord fascinou gerações distintas com um humor suave, leve e uma trama absurdamente cativante e envolvente.



Mais de 20 anos se passaram, parte da equipe técnica mudou e Sam Fell se apresenta à frente da direção daquela sequência que ninguém pediu, mas que – inevitavelmente – é capaz de nos cativar em poucos segundos. Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets pode não carregar em si o fator novidade de outrora, mas estampa em seu peito o mesmo fascínio e carisma de 23 anos atrás. E vale cada segundo do seu tempo.

Com uma conexão à trama original, Fell e os roteiristas Karey Kirkpatrick, Rachel Tunnard e John O’Farrell foram certeiros ao tornar o novo filme uma continuação quase direta do longa de 2000. Mas expandindo ainda mais o arco de seu casal protagonista, Rocky e Ginger (dessa vez originalmente dublado por Zachary Levi e Thandiwe Newton), a equipe criativa opta por construir um elo de familiaridade, ampliando as motivações de seus personagens para além de um objetivo em comum. E agora que o contexto narrativo é bem mais intimista e se concentra na percepção sobre família e comunidade, somos convidados a uma experiência um pouco mais sensível. Talvez menos engraçada, mas certamente mais simbólica.

E é essa delicadeza presente em Fuga das Galinhas 2 que nos conquista. Diante da perfeição estética dos efeitos visuais associados ao stop motion, há também uma bela e doce história sobre pertencimento e o sentimento de construir uma comunidade sem medo do mundo exterior. Aqui, muito mais do que uma operação resgate, a animação é de fato um conto sobre família, mutualidade e união. Com um pano de fundo mais sombrio do que se esperaria de um filme infantil, o longa consegue cruzar suas próprias limitações – além do fantasma do sucesso do original -, para proporcionar um entretenimento divertido e prático, onde o clímax é convidativo, o humor funciona e a estética nos hipnotiza.

E ainda que reprise alguns dos mesmos territórios narrativos de 23 anos atrás, a aguardada continuação consegue se sustentar em sua premissa, garantindo também alguns momentos primorosos em que a arte do stop motion faz nossos olhos brilharem, tamanho encanto. Repleto de momentos cômicos fofos e divertidíssimos, o filme cumpre sua missão, sem se vincular demais à pressão de superar o original. E por justamente não se propor a isso, Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets é um acerto em cheio. Colorido, musicado e salpicado por uma comédia peculiar mais madura, o novo original Netflix é um pequeno carrossel cinematográfico que nos envolve do começo ao fim, em uma aventura que não desaponta – mesmo quando começa a se arrastar demais.

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Mais de 20 anos se passaram, parte da equipe técnica mudou e Sam Fell se apresenta à frente da direção daquela sequência que ninguém pediu, mas que – inevitavelmente – é capaz de nos cativar em poucos segundos. Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets pode não carregar em si o fator novidade de outrora, mas estampa em seu peito o mesmo fascínio e carisma de 23 anos atrás. E vale cada segundo do seu tempo.

Com uma conexão à trama original, Fell e os roteiristas Karey Kirkpatrick, Rachel Tunnard e John O’Farrell foram certeiros ao tornar o novo filme uma continuação quase direta do longa de 2000. Mas expandindo ainda mais o arco de seu casal protagonista, Rocky e Ginger (dessa vez originalmente dublado por Zachary Levi e Thandiwe Newton), a equipe criativa opta por construir um elo de familiaridade, ampliando as motivações de seus personagens para além de um objetivo em comum. E agora que o contexto narrativo é bem mais intimista e se concentra na percepção sobre família e comunidade, somos convidados a uma experiência um pouco mais sensível. Talvez menos engraçada, mas certamente mais simbólica.

E é essa delicadeza presente em Fuga das Galinhas 2 que nos conquista. Diante da perfeição estética dos efeitos visuais associados ao stop motion, há também uma bela e doce história sobre pertencimento e o sentimento de construir uma comunidade sem medo do mundo exterior. Aqui, muito mais do que uma operação resgate, a animação é de fato um conto sobre família, mutualidade e união. Com um pano de fundo mais sombrio do que se esperaria de um filme infantil, o longa consegue cruzar suas próprias limitações – além do fantasma do sucesso do original -, para proporcionar um entretenimento divertido e prático, onde o clímax é convidativo, o humor funciona e a estética nos hipnotiza.

E ainda que reprise alguns dos mesmos territórios narrativos de 23 anos atrás, a aguardada continuação consegue se sustentar em sua premissa, garantindo também alguns momentos primorosos em que a arte do stop motion faz nossos olhos brilharem, tamanho encanto. Repleto de momentos cômicos fofos e divertidíssimos, o filme cumpre sua missão, sem se vincular demais à pressão de superar o original. E por justamente não se propor a isso, Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets é um acerto em cheio. Colorido, musicado e salpicado por uma comédia peculiar mais madura, o novo original Netflix é um pequeno carrossel cinematográfico que nos envolve do começo ao fim, em uma aventura que não desaponta – mesmo quando começa a se arrastar demais.

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