quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica 2 | O Date Perfeito: Noah Centineo é o mozão da Netflix em comédia teen

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Cada geração tem seu crush real-oficial. Nos anos 80, gente como John Cusack, Tom Cruise, Andrew McCarthy e Johnny Depp estampavam uma sucessão inesgotável de produções teens. Desajustados, endinheirados ou problemáticos, eles iam do POP ao pobre em produções de arrasar corações. Nos anos 90, Freddie Prince Jr. e Ryan Phillippe assumiram o posto. Nos anos 2000, inegavelmente Ashton Kutcher e Tom Welling dominaram a lista. E nessa década atual, que está virando a esquina de seu fim, novos nomes vão se consolidando. Noah Centineo é o que mais chama a atenção. E em O Date Perfeito, ele faz da sua quarta parceria com a Netflix sua autenticação como o novo queridinho das meninas.



A comédia em si não tem nada demais. Dirigida por Chris Nelson, a partir de um roteiro assinado por Steve Bloom (responsável pelo livro The Stand In, cujo o longa é baseado), O Date Perfeito traz a história de um adolescente carismático, que sonha em estudar em Yale. Para conseguir a quantia ideal, ele desenvolve um aplicativo com seu melhor amigo, vivido por Odiseas Georgiadis, se colocando na pista como o “suplente”, saindo em encontros arranjados por fins comerciais. Poderia até ser um gigolô, mas o filme teen não chega lá – por razões óbvias.

Mas o que torna a comédia romântica teen boa é essencialmente a química entre os personagens. Com naturalidade em cada uma das cenas, a produção é de uma leveza absoluta, à medida que consolida o charme inerente de Centineo. Sem querer referenciar diretamente os clássicos oitentistas de cineastas como o John Hughes, o filme é sim uma lembrança instantânea de produções como Mulher Nota Mil e Namorada de Aluguel. A mesma atmosfera apaixonante de ambos os filmes, cercada por confusões amorosas blasé – mas que ainda assim adoramos, está lá, sustentando o humor de uma comédia que quer nada mais que te distrair e divertir.

Como um filme teen, O Date Perfeito é o que é: contemporâneo em sua linguagem, ciente da atual juventude que temos no mundo e sabe se divertir com isso. Trazendo o universo da tecnologia na palma da mão como o centro da trama, a produção sabe abordar os dissabores que essa ferramenta pode proporcionar, enquanto explora Noah Centineo e Laura Marano de maneira realmente palpável. Como personagens que estão a um abismo de distância um do outro, eles se completam com facilidade, o que infelizmente não acontece com Camila Mendes – que parece desconfortável e deslocada todas as vezes que aparece em tela. Isso pode até ser proposital, mas sua falta de linguagem corporal e carisma fazem dela apenas um manequim sem expressões faciais que precisava cobrir o buraco de antagonista.

Explorando também uma amizade interessante entre um garoto hétero e um garoto gay, O Date Perfeito acerta ao trazer isso para as telas sem forçar a barra. Sem tornar a questão um problema social, contemplamos mais uma dinâmica relacional cheia de leveza. Não existe estranhamento ou desconforto entre os personagens e tudo acontece com tanta fluidez que nos questionamos pela falta de sensibilidade tão comum em amizades do gênero. São apenas dois amigos que se conhecem há anos, independente de suas respectivas orientações sexuais. Ponto para a Netflix!

Com uma trilha sonora boa de ouvir e um desfecho bem comunzão – mas que cumpre seu papel, O Date Perfeito é tempo investido no sofá, diverte em um fim de semana mais calmo e, certamente, vai conquistar os adolescentes com leveza. Recebendo a coroa de mozão oficial da Netflix, Centineo fortalece seu charme com o público e prepara as meninas para o que parece ser uma carreira bem sucedida no gênero. Com a sequência de Para Todos os Garotos que Já Amei confirmada, espere ver aquele rostinho muitas vezes na plataforma de streaming. Acho que tudo bem, certo?

 

 

 

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Cada geração tem seu crush real-oficial. Nos anos 80, gente como John Cusack, Tom Cruise, Andrew McCarthy e Johnny Depp estampavam uma sucessão inesgotável de produções teens. Desajustados, endinheirados ou problemáticos, eles iam do POP ao pobre em produções de arrasar corações. Nos anos 90, Freddie Prince Jr. e Ryan Phillippe assumiram o posto. Nos anos 2000, inegavelmente Ashton Kutcher e Tom Welling dominaram a lista. E nessa década atual, que está virando a esquina de seu fim, novos nomes vão se consolidando. Noah Centineo é o que mais chama a atenção. E em O Date Perfeito, ele faz da sua quarta parceria com a Netflix sua autenticação como o novo queridinho das meninas.

A comédia em si não tem nada demais. Dirigida por Chris Nelson, a partir de um roteiro assinado por Steve Bloom (responsável pelo livro The Stand In, cujo o longa é baseado), O Date Perfeito traz a história de um adolescente carismático, que sonha em estudar em Yale. Para conseguir a quantia ideal, ele desenvolve um aplicativo com seu melhor amigo, vivido por Odiseas Georgiadis, se colocando na pista como o “suplente”, saindo em encontros arranjados por fins comerciais. Poderia até ser um gigolô, mas o filme teen não chega lá – por razões óbvias.

Mas o que torna a comédia romântica teen boa é essencialmente a química entre os personagens. Com naturalidade em cada uma das cenas, a produção é de uma leveza absoluta, à medida que consolida o charme inerente de Centineo. Sem querer referenciar diretamente os clássicos oitentistas de cineastas como o John Hughes, o filme é sim uma lembrança instantânea de produções como Mulher Nota Mil e Namorada de Aluguel. A mesma atmosfera apaixonante de ambos os filmes, cercada por confusões amorosas blasé – mas que ainda assim adoramos, está lá, sustentando o humor de uma comédia que quer nada mais que te distrair e divertir.

Como um filme teen, O Date Perfeito é o que é: contemporâneo em sua linguagem, ciente da atual juventude que temos no mundo e sabe se divertir com isso. Trazendo o universo da tecnologia na palma da mão como o centro da trama, a produção sabe abordar os dissabores que essa ferramenta pode proporcionar, enquanto explora Noah Centineo e Laura Marano de maneira realmente palpável. Como personagens que estão a um abismo de distância um do outro, eles se completam com facilidade, o que infelizmente não acontece com Camila Mendes – que parece desconfortável e deslocada todas as vezes que aparece em tela. Isso pode até ser proposital, mas sua falta de linguagem corporal e carisma fazem dela apenas um manequim sem expressões faciais que precisava cobrir o buraco de antagonista.

Explorando também uma amizade interessante entre um garoto hétero e um garoto gay, O Date Perfeito acerta ao trazer isso para as telas sem forçar a barra. Sem tornar a questão um problema social, contemplamos mais uma dinâmica relacional cheia de leveza. Não existe estranhamento ou desconforto entre os personagens e tudo acontece com tanta fluidez que nos questionamos pela falta de sensibilidade tão comum em amizades do gênero. São apenas dois amigos que se conhecem há anos, independente de suas respectivas orientações sexuais. Ponto para a Netflix!

Com uma trilha sonora boa de ouvir e um desfecho bem comunzão – mas que cumpre seu papel, O Date Perfeito é tempo investido no sofá, diverte em um fim de semana mais calmo e, certamente, vai conquistar os adolescentes com leveza. Recebendo a coroa de mozão oficial da Netflix, Centineo fortalece seu charme com o público e prepara as meninas para o que parece ser uma carreira bem sucedida no gênero. Com a sequência de Para Todos os Garotos que Já Amei confirmada, espere ver aquele rostinho muitas vezes na plataforma de streaming. Acho que tudo bem, certo?

 

 

 

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