quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica 2 | O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos

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Um por todos e todos por um

Para os fãs da série do Anel criada por Tolkien, qualquer crítica de um dos (agora) seis filmes é redundante. Para eles, assim como para fãs fervorosos em geral, qualquer palavra contra seu objeto de afeto não merece crédito. Então, este texto não é para você “Tolkienmaníaco”, mas sim para todos os outros que não se deixam levar apenas pela emoção. Não que eu vá achincalhar a obra transformada em mais um filme do diretor Peter Jackson, este é apenas um olhar mais distanciado, de alguém que não necessariamente é fã da saga.

A trilogia original de Jackson, no entanto, parecia mais adulta, digna e urgente. O impacto foi tanto, já que era a volta por cima do gênero da fantasia (seguido pelos musicais), que até mesmo a Academia se curvava indicando os três filmes ao prêmio máximo do cinema. A nova trilogia não teve esse aval de prestígio, somente os muitos bilhões de dólares em caixa. Na verdade, pode-se dizer que a segunda trilogia é considerada por muitos um grande caça-níquel.



CinePop 3

Baseada não apenas no menor dos livros, mas em anotações extras do escritor, a trilogia do Hobbit foi, a partir do primeiro filme, mais infantil, ingênua e mais artificial. A coisa engatou mesmo no segundo exemplar, apresentando talvez um dos astros da série, o Dragão Smaug, voz de Benedict Cumberbatch. Quem for esperando um desfecho que envolva a temível criatura, irá se desapontar, digamos apenas isso. Explorando o filão do 3D, Peter Jackson nos leva, talvez pela última vez, por mais uma incursão na Terra Média.

O início é eletrizante, com o combate ao dragão. Depois, A Batalha dos Cinco Exércitos se desenvolve estranhamente em um drama psicológico, envolvendo um dos maiores pecados capitais, a ganância. Ela consome o líder dos anões, Thorin Escudo de Carvalho, interpretado por Richard Armitage (do prazer culposo No Olho do Tornado). Esse é o momento de maior destaque da obra, um forte estudo de personagem e situações. A Oscarizada Cate Blanchett aparece num momento chave eletrizante, ao lado do nonagenário Christopher Lee e de Hugo Weaving. Existe também muito fan service aqui, ligando esta trilogia com a amada trilogia do Anel. Os fãs irão adorar.

CinePop 2

Orlando Bloom e Evangeline Lilly dão sequência ao seu arco dramático, envolvendo um triângulo amoroso com o anão Kili (Aidan Turner). O desfecho desta subtrama é interessante e amargo. O novo Hobbit é o mais curto da saga, o que não quer dizer muito. Com duas horas e vinte minutos, o filme poderia ser mais podado e enxuto. As cenas de ação e batalhas se excedem, dando aos escolados exatamente o que querem, porém, alienando todo resto do público com intermináveis combates.

Como resultado, A Batalha dos Cinco Exércitos sobressai ao bonitinho e aguado primeiro Hobbit, no entanto, fica abaixo do vivo e perspicaz segundo episódio. Talvez só um pouco abaixo. Com um visual de cair o queixo, o fim da saga de Jackson deverá conquistar indicações de efeitos no próximo Oscar. E para finalizar, alguém poderia nos comentários abaixo explicar o porque do título, já que contamos apenas quatro exércitos (dos anões, dos humanos, dos elfos e dos orcs).

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A trilogia original de Jackson, no entanto, parecia mais adulta, digna e urgente. O impacto foi tanto, já que era a volta por cima do gênero da fantasia (seguido pelos musicais), que até mesmo a Academia se curvava indicando os três filmes ao prêmio máximo do cinema. A nova trilogia não teve esse aval de prestígio, somente os muitos bilhões de dólares em caixa. Na verdade, pode-se dizer que a segunda trilogia é considerada por muitos um grande caça-níquel.

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Baseada não apenas no menor dos livros, mas em anotações extras do escritor, a trilogia do Hobbit foi, a partir do primeiro filme, mais infantil, ingênua e mais artificial. A coisa engatou mesmo no segundo exemplar, apresentando talvez um dos astros da série, o Dragão Smaug, voz de Benedict Cumberbatch. Quem for esperando um desfecho que envolva a temível criatura, irá se desapontar, digamos apenas isso. Explorando o filão do 3D, Peter Jackson nos leva, talvez pela última vez, por mais uma incursão na Terra Média.

O início é eletrizante, com o combate ao dragão. Depois, A Batalha dos Cinco Exércitos se desenvolve estranhamente em um drama psicológico, envolvendo um dos maiores pecados capitais, a ganância. Ela consome o líder dos anões, Thorin Escudo de Carvalho, interpretado por Richard Armitage (do prazer culposo No Olho do Tornado). Esse é o momento de maior destaque da obra, um forte estudo de personagem e situações. A Oscarizada Cate Blanchett aparece num momento chave eletrizante, ao lado do nonagenário Christopher Lee e de Hugo Weaving. Existe também muito fan service aqui, ligando esta trilogia com a amada trilogia do Anel. Os fãs irão adorar.

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Orlando Bloom e Evangeline Lilly dão sequência ao seu arco dramático, envolvendo um triângulo amoroso com o anão Kili (Aidan Turner). O desfecho desta subtrama é interessante e amargo. O novo Hobbit é o mais curto da saga, o que não quer dizer muito. Com duas horas e vinte minutos, o filme poderia ser mais podado e enxuto. As cenas de ação e batalhas se excedem, dando aos escolados exatamente o que querem, porém, alienando todo resto do público com intermináveis combates.

Como resultado, A Batalha dos Cinco Exércitos sobressai ao bonitinho e aguado primeiro Hobbit, no entanto, fica abaixo do vivo e perspicaz segundo episódio. Talvez só um pouco abaixo. Com um visual de cair o queixo, o fim da saga de Jackson deverá conquistar indicações de efeitos no próximo Oscar. E para finalizar, alguém poderia nos comentários abaixo explicar o porque do título, já que contamos apenas quatro exércitos (dos anões, dos humanos, dos elfos e dos orcs).

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