domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica 2 | X-Men: Fênix Negra – Desfecho da franquia é decepcionante

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A franquia X-Men foi um dos fatores para boom dos filmes de super-heróis que vivemos hoje, com personagens reunidos em grandes times, lutas épicas contra grandes vilões, e efeitos especiais de tirar o fôlego. A primeira trilogia, lançada em 2000, tinha atores grandes em Hollywood, como Hugh Jackman, Ian McKellen, Patrick Stewart e Halle Berry, e que ganharam um pouco mais de fama ao vestirem uniformes colados com um X em destaque. E graças aos filmes, nesses quase 20 anos, os X-Men entraram na casa de milhares de pessoas, fizeram parte do imaginário popular, e sempre foram presentes na cultura pop de uma forma geral.

Muitos filmes depois, alguns spin-offs de sucesso para o Wolverine de Jackman, e até mesmo produções para a TV, a franquia X-Men, como conhecemos, acaba aqui com X-Men: Fênix Negra (X-Men: Dark Phoenix, 2019). Assim, a 20th Century FOX que por anos esteve com os direitos dos personagens da Marvel nas mãos, após a fusão com a Disney, entrega o capítulo final que começou seu arco de histórias lá em X-Men: Primeira Classe (2011). X-Men: Fênix Negra é um filme com uma sensação amarga de término, onde o fim da Era X-Men, que poderia ser em alto e bom som, acaba por entregar, trocadilhos à parte, um filme final dos X-Meh.



Diferentemente de Logan, que lá em 2017 fez uma produção mais robusta para encerrar a história de Wolverine e fugiu um poucos das regras de ser um filme genérico de super heróis, Fênix Negra termina a jornada desses heróis de uma forma confusa e atrapalhada. Aqui, não vemos o filme ser marcado como uma celebração dos personagens, e do que os X-Men representam, e sim, por parecer um novo capítulo dentro da já cansada franquia.

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Ao assistir o filme parece que nem conseguimos, ao menos, nos importar com o que vai acontecer em tela, por mais cativante e intensa que a presença da Jean Grey de Sophie Turner possa ser. A atriz, felizmente, consegue aqui, recém saída do furação Game Of Thrones, se distanciar da personagem que colocou seu nome em destaque em Hollywood. Turner até consegue nos mostrar uma atuação digna e toda a história de Fênix Negra gira em torno da personagem, que absorve um poder cósmico durante uma viagem de resgate no espaço que dá muito errado. Ver Turner se dividir, entre a sua personalidade de Jean, e a da força que começa a comandar suas ações é no mínimo curioso de acompanhar, coisa que a atriz domina bem.

Assim, Jean vê a figura da Fênix tomar conta de seu corpo, onde o filme se desenrola com a necessidade da poderosa mutante desenvolver e amplificar seus poderes, e ainda precisar lidar com essa nova sensação. E, mesmo que o filme dê algumas patinadas para contar sua história, uma coisa é certa, X-Men: Fênix Negra compensa no visual, onde todos os efeitos especiais são muito bem mostrados, seja quando Jean absorve a força misteriosa dentro si, ou quando a personagem começa efetivamente a usar seus novos poderes. Nessa parte, parece que o dinheiro do filme foi muito bem gasto, já em outros momentos…

O filme acerta também em entregar uma produção com a cara e o DNA que a franquia sempre teve. Vemos novamente problemas que são a essência dos mutantes, como os conflitos com os humanos apaziguado por um sempre atormentado Professor Charles Xavier (James McAvoy, já marcado por outras produções como Fragmentado de 2016).

O roteiro baseado na história The Dark Phoenix Saga não tem tempo de aprofundar em todas as principais questões para propriamente e efetivamente conseguirmos, desenvolver uma certa conexão com todos os problemas que a história nos oferece. Tudo parece corrido demais, sem emoção ou um senso de urgência nenhuma. Desta vez, o inimigo não é Magneto (Michael Fassbender, mal aproveitado), algum empresário de uma corporação mega evil ou algum governo que quer prender os mutantes por considerá-los uma ameaça, e sim, o conflito se cria por conta de um membro da própria família chamada X-Men, que busca desesperadamente um refúgio para tentar entender e compreender seus novos poderes.

X-Men: Fênix Negra ainda erra monstruosamente com a misteriosa figura interpretada pela atriz Jessica Chastain, que o material de divulgação nunca deixou claro o quê a personagem seria, e aqui no filme, infelizmente, o roteiro também não nos dá muitas respostas. Parece que o texto, apenas cria e insere a personagem da atriz na trama para ser uma figura que tem a necessidade de ser algum tipo de fraco obstáculo para o grupo dos personagens dos X-Men. A figura de Chastain está ali, pelo visto, para recitar diálogos com frases de efeito para Jean Grey, e que parecem ter saído de um perfil de Instagram motivacional. Em um ano com Capitã Marvel, Shazam! e até mesmo Vingadores: Ultimato, a saída encontrada pelo roteiro acaba por ser bastante falha ao optar pelo caminho escolhido. Ainda mais numa era pós-Me Too, onde vemos claramente, a indecisão dos produtores de colocar duas mulheres lutando entre si para ver quem dominará a Terra com seus poderes. Atenção, pessoal, sempre há espaço para mais de uma mulher ser bad-ass, poderosa e dona de tudo!

Mesmo assim, os trancos e barrancos, X-Men: Fênix Negra consegue, pelo menos, tentar criar um sentimento de finalização para a franquia, onde temos cenas em que vemos, com total certeza, que foram colocadas ali no filme, apenas para isso ficar completamente claro para o espectador, seja uma conversa no meio da Mansão Xavier, ou numa praça num café, que esse é o último filme mesmo.

No final, o filme parece ser um grande trem em movimento e que teve seu freio puxado de última hora por uma mão invisível de algum produtor de Hollywood. Se comparado com seus antecessores, X-Men: Fênix Negra não faz um longa melhor que X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014), mas entrega uma produção muito mais interessante que o difícil e problemático X-Men: Apocalipse (2016).

Sem muito carisma ou originalidade, X-Men: Fênix Negra apenas cumpre seu papel de finalizar uma das maiores franquias do cinema, mesmo que não faça o filme ideal e na altura que o legado dos X-Men merecesse. Apenas esperamos ver os X-Men novamente, e em breve, renascer como uma grande e majestosa fênix, lá no futuro, e dentro do Universo Cinematográfico da Marvel comandado por Kevin Feige.

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Crítica 2 | X-Men: Fênix Negra – Desfecho da franquia é decepcionante

A franquia X-Men foi um dos fatores para boom dos filmes de super-heróis que vivemos hoje, com personagens reunidos em grandes times, lutas épicas contra grandes vilões, e efeitos especiais de tirar o fôlego. A primeira trilogia, lançada em 2000, tinha atores grandes em Hollywood, como Hugh Jackman, Ian McKellen, Patrick Stewart e Halle Berry, e que ganharam um pouco mais de fama ao vestirem uniformes colados com um X em destaque. E graças aos filmes, nesses quase 20 anos, os X-Men entraram na casa de milhares de pessoas, fizeram parte do imaginário popular, e sempre foram presentes na cultura pop de uma forma geral.

Muitos filmes depois, alguns spin-offs de sucesso para o Wolverine de Jackman, e até mesmo produções para a TV, a franquia X-Men, como conhecemos, acaba aqui com X-Men: Fênix Negra (X-Men: Dark Phoenix, 2019). Assim, a 20th Century FOX que por anos esteve com os direitos dos personagens da Marvel nas mãos, após a fusão com a Disney, entrega o capítulo final que começou seu arco de histórias lá em X-Men: Primeira Classe (2011). X-Men: Fênix Negra é um filme com uma sensação amarga de término, onde o fim da Era X-Men, que poderia ser em alto e bom som, acaba por entregar, trocadilhos à parte, um filme final dos X-Meh.

Diferentemente de Logan, que lá em 2017 fez uma produção mais robusta para encerrar a história de Wolverine e fugiu um poucos das regras de ser um filme genérico de super heróis, Fênix Negra termina a jornada desses heróis de uma forma confusa e atrapalhada. Aqui, não vemos o filme ser marcado como uma celebração dos personagens, e do que os X-Men representam, e sim, por parecer um novo capítulo dentro da já cansada franquia.

Ao assistir o filme parece que nem conseguimos, ao menos, nos importar com o que vai acontecer em tela, por mais cativante e intensa que a presença da Jean Grey de Sophie Turner possa ser. A atriz, felizmente, consegue aqui, recém saída do furação Game Of Thrones, se distanciar da personagem que colocou seu nome em destaque em Hollywood. Turner até consegue nos mostrar uma atuação digna e toda a história de Fênix Negra gira em torno da personagem, que absorve um poder cósmico durante uma viagem de resgate no espaço que dá muito errado. Ver Turner se dividir, entre a sua personalidade de Jean, e a da força que começa a comandar suas ações é no mínimo curioso de acompanhar, coisa que a atriz domina bem.

Assim, Jean vê a figura da Fênix tomar conta de seu corpo, onde o filme se desenrola com a necessidade da poderosa mutante desenvolver e amplificar seus poderes, e ainda precisar lidar com essa nova sensação. E, mesmo que o filme dê algumas patinadas para contar sua história, uma coisa é certa, X-Men: Fênix Negra compensa no visual, onde todos os efeitos especiais são muito bem mostrados, seja quando Jean absorve a força misteriosa dentro si, ou quando a personagem começa efetivamente a usar seus novos poderes. Nessa parte, parece que o dinheiro do filme foi muito bem gasto, já em outros momentos…

O filme acerta também em entregar uma produção com a cara e o DNA que a franquia sempre teve. Vemos novamente problemas que são a essência dos mutantes, como os conflitos com os humanos apaziguado por um sempre atormentado Professor Charles Xavier (James McAvoy, já marcado por outras produções como Fragmentado de 2016).

O roteiro baseado na história The Dark Phoenix Saga não tem tempo de aprofundar em todas as principais questões para propriamente e efetivamente conseguirmos, desenvolver uma certa conexão com todos os problemas que a história nos oferece. Tudo parece corrido demais, sem emoção ou um senso de urgência nenhuma. Desta vez, o inimigo não é Magneto (Michael Fassbender, mal aproveitado), algum empresário de uma corporação mega evil ou algum governo que quer prender os mutantes por considerá-los uma ameaça, e sim, o conflito se cria por conta de um membro da própria família chamada X-Men, que busca desesperadamente um refúgio para tentar entender e compreender seus novos poderes.

X-Men: Fênix Negra ainda erra monstruosamente com a misteriosa figura interpretada pela atriz Jessica Chastain, que o material de divulgação nunca deixou claro o quê a personagem seria, e aqui no filme, infelizmente, o roteiro também não nos dá muitas respostas. Parece que o texto, apenas cria e insere a personagem da atriz na trama para ser uma figura que tem a necessidade de ser algum tipo de fraco obstáculo para o grupo dos personagens dos X-Men. A figura de Chastain está ali, pelo visto, para recitar diálogos com frases de efeito para Jean Grey, e que parecem ter saído de um perfil de Instagram motivacional. Em um ano com Capitã Marvel, Shazam! e até mesmo Vingadores: Ultimato, a saída encontrada pelo roteiro acaba por ser bastante falha ao optar pelo caminho escolhido. Ainda mais numa era pós-Me Too, onde vemos claramente, a indecisão dos produtores de colocar duas mulheres lutando entre si para ver quem dominará a Terra com seus poderes. Atenção, pessoal, sempre há espaço para mais de uma mulher ser bad-ass, poderosa e dona de tudo!

Mesmo assim, os trancos e barrancos, X-Men: Fênix Negra consegue, pelo menos, tentar criar um sentimento de finalização para a franquia, onde temos cenas em que vemos, com total certeza, que foram colocadas ali no filme, apenas para isso ficar completamente claro para o espectador, seja uma conversa no meio da Mansão Xavier, ou numa praça num café, que esse é o último filme mesmo.

No final, o filme parece ser um grande trem em movimento e que teve seu freio puxado de última hora por uma mão invisível de algum produtor de Hollywood. Se comparado com seus antecessores, X-Men: Fênix Negra não faz um longa melhor que X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014), mas entrega uma produção muito mais interessante que o difícil e problemático X-Men: Apocalipse (2016).

Sem muito carisma ou originalidade, X-Men: Fênix Negra apenas cumpre seu papel de finalizar uma das maiores franquias do cinema, mesmo que não faça o filme ideal e na altura que o legado dos X-Men merecesse. Apenas esperamos ver os X-Men novamente, e em breve, renascer como uma grande e majestosa fênix, lá no futuro, e dentro do Universo Cinematográfico da Marvel comandado por Kevin Feige.

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