terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | ‘20.000 Espécies de Abelhas’ – Comovente longa espanhol traz para reflexão a identidade de gênero [Festival do Rio 2023]

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A imaginação também é parte da realidade. Exibido no Festival de Málaga, San Sebastian e Berlim esse ano, o longa-metragem espanhol 20.000 Espécies de Abelhas traz para reflexão a identidade de gênero contando um recorte na vida de uma criança de oito anos, seus medos e suas descobertas. Escrito e dirigido pela cineasta espanhola de 39 anos Estibaliz Urresola Solaguren, em seu primeiro longa-metragem da carreira, o projeto foi o vencedor do Urso de Prata de Melhor Atuação Principal em Berlim.

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Na trama, conhecemos uma criança (Sofía Otero) que ao lado dos dois irmãos mais velhos e sua mãe Ane (Patricia López Arnaiz), uma artista plástica que busca lecionar novamente, saem de viagem da França (região de Baiona) para um vilarejo nos países bascos em visita a parentes maternos. Essa criança durante a viagem irá passar por situações que irão lhe aproximar de sua feminilidade, fato que vai deixar em conflito sua família.

O tocante longa-metragem parte de uma série de descobertas da protagonista sobre si através também do olhar do outro. A narrativa consegue transportar para seu contexto os medos e angústias que buscam virar certezas. Mas nada é tão simples para a protagonista. Como se encaixar em um mundo que parece não te enxergar? Os conflitos dos adultos que a cercam, para entender e apoiar, são cheios de obstáculos, passam pela fé, as interrogações, até mesmo o preconceito. Muitas vezes em um labirinto solitário, a criança se vê constantemente perdida.

A mãe aos poucos se torna peça chave nesse entendimento. A história também passa muito por essa personagem, em um casamento em ruínas, também num momento de total instabilidade financeira, a artista plástica busca soluções, e luta contra conflitos impostos por uma sociedade discriminatória, para ajudar a sua criança mais nova. Estibaliz Urresola Solaguren brilha na condução de uma narrativa com um forte conflito que impacta, cada qual de uma forma, todos os personagens.

Nada melhor do que as lindas mensagens de um roteiro, que trata de um tema ainda difícil para alguns entenderem sem o olhar preconceituoso, para se mostrar uma luta que pode ser a de tanta gente em busca do olhar para sua própria verdade.

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Na trama, conhecemos uma criança (Sofía Otero) que ao lado dos dois irmãos mais velhos e sua mãe Ane (Patricia López Arnaiz), uma artista plástica que busca lecionar novamente, saem de viagem da França (região de Baiona) para um vilarejo nos países bascos em visita a parentes maternos. Essa criança durante a viagem irá passar por situações que irão lhe aproximar de sua feminilidade, fato que vai deixar em conflito sua família.

O tocante longa-metragem parte de uma série de descobertas da protagonista sobre si através também do olhar do outro. A narrativa consegue transportar para seu contexto os medos e angústias que buscam virar certezas. Mas nada é tão simples para a protagonista. Como se encaixar em um mundo que parece não te enxergar? Os conflitos dos adultos que a cercam, para entender e apoiar, são cheios de obstáculos, passam pela fé, as interrogações, até mesmo o preconceito. Muitas vezes em um labirinto solitário, a criança se vê constantemente perdida.

A mãe aos poucos se torna peça chave nesse entendimento. A história também passa muito por essa personagem, em um casamento em ruínas, também num momento de total instabilidade financeira, a artista plástica busca soluções, e luta contra conflitos impostos por uma sociedade discriminatória, para ajudar a sua criança mais nova. Estibaliz Urresola Solaguren brilha na condução de uma narrativa com um forte conflito que impacta, cada qual de uma forma, todos os personagens.

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