quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica 2ª temporada de ‘What If…?’ | Episódio natalino é mais chato que receber meia de presente

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[ANTES DE COMEÇAR A CRÍTICA, FIQUE CIENTE QUE ELA CONTÉM SPOILERS]

Se você ainda não assistiu o terceiro episódio da segunda temporada de What If…?, evite esta matéria, pois ela contém revelações sobre a trama.



Desde que foi anunciada a segunda temporada de What If…? veio com uma grande promessa que era o episódio de Natal. A expectativa ganhou ainda mais força com os materiais promocionais trazendo o Vigia (Jeffrey Wright) todo trajado como Papai Noel nos cartazes e banners. E agora que ele enfim estreou… Dá uma dorzinha no coração dizer, mas não correspondeu às expectativas.

Ele tem uma estrutura diferente por trazer o Vigia narrando a história tal qual um conto natalino, com direito a rimas e toda uma ‘embalagem’ especial. A trama gira em torno de uma festa de natal na Torre dos Vingadores. Nesta realidade, Tony Stark deu prosseguimento ao programa das armaduras de segurança e a Darcy (Kat Dennings) pegou um estágio com Stark. Só que é aquele negócio, com chefe pão duro, todo mundo trabalha desempenhando função pra qual não foi contratado. Então, Happy Hogan (Jon Favreau) e Darcy ficam responsáveis por garantir que a festa dos heróis saia toda nos conformes.

O problema é que Justin Hammer (Sam Rockwell) escapa da cadeia, bola um plano e invade a torre durante as festividades. E o resultado disso é uma confusão que termina com o Happy virando o Hulk. Por mais absurdo que isso pareça, até que se encaixa bem na proposta de comédia natalina. Ou vai me dizer que essa história é mais absurda que o Arnold Schwarzenegger invadindo uma parada de natal com uma mochila à jato para conseguir um boneco pro filho? Ok, talvez seja, mas você entendeu, né? As comédias natalinas gostam dessas tramas exageradas.

No entanto, a comédia perde a dose aqui. Há momentos brilhantes, como a sequência que acompanha o que cada Vingador está fazendo na véspera de natal – e mostrar Steve Rogers, vestido de duende, sendo assediado por um monte de mães solteiras me arrancou um riso sincero –, mas no resto do tempo, o roteiro parece saturar as piadas entre Happy e Hammer, que repete a famosa dancinha de Homem de Ferro 2 (2010) umas três ou quatro vezes. Ainda assim, Sam Rockwell consegue extrair um certo tipo de humor canalha com sua entonação que vez ou outra funciona.

Para complicar ainda mais as coisas, a direção procura pautar seu humor quase que exclusivamente nas piadas por meio de referências. Eles pegam as citações mais óbvias possíveis dos principais filmes natalinos e jogam uma atrás da outra, como se isso fosse garantir as risadas.

Por fim, para um episódio natalino, é tudo escuro demais. Há momentos em que fica difícil sequer enxergar o que está acontecendo em tela. E é um desperdício você ter a chance de brincar e explorar Nova York na época do ano em que a cidade vira praticamente um neon gigante com cenas escuras e sem vida. Infelizmente, prometeu muito e entregou pouco.

Os episódios da segunda temporada de What If…? estreiam diariamente até o dia 30 de dezembro, somente no Disney+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Ele tem uma estrutura diferente por trazer o Vigia narrando a história tal qual um conto natalino, com direito a rimas e toda uma ‘embalagem’ especial. A trama gira em torno de uma festa de natal na Torre dos Vingadores. Nesta realidade, Tony Stark deu prosseguimento ao programa das armaduras de segurança e a Darcy (Kat Dennings) pegou um estágio com Stark. Só que é aquele negócio, com chefe pão duro, todo mundo trabalha desempenhando função pra qual não foi contratado. Então, Happy Hogan (Jon Favreau) e Darcy ficam responsáveis por garantir que a festa dos heróis saia toda nos conformes.

O problema é que Justin Hammer (Sam Rockwell) escapa da cadeia, bola um plano e invade a torre durante as festividades. E o resultado disso é uma confusão que termina com o Happy virando o Hulk. Por mais absurdo que isso pareça, até que se encaixa bem na proposta de comédia natalina. Ou vai me dizer que essa história é mais absurda que o Arnold Schwarzenegger invadindo uma parada de natal com uma mochila à jato para conseguir um boneco pro filho? Ok, talvez seja, mas você entendeu, né? As comédias natalinas gostam dessas tramas exageradas.

No entanto, a comédia perde a dose aqui. Há momentos brilhantes, como a sequência que acompanha o que cada Vingador está fazendo na véspera de natal – e mostrar Steve Rogers, vestido de duende, sendo assediado por um monte de mães solteiras me arrancou um riso sincero –, mas no resto do tempo, o roteiro parece saturar as piadas entre Happy e Hammer, que repete a famosa dancinha de Homem de Ferro 2 (2010) umas três ou quatro vezes. Ainda assim, Sam Rockwell consegue extrair um certo tipo de humor canalha com sua entonação que vez ou outra funciona.

Para complicar ainda mais as coisas, a direção procura pautar seu humor quase que exclusivamente nas piadas por meio de referências. Eles pegam as citações mais óbvias possíveis dos principais filmes natalinos e jogam uma atrás da outra, como se isso fosse garantir as risadas.

Por fim, para um episódio natalino, é tudo escuro demais. Há momentos em que fica difícil sequer enxergar o que está acontecendo em tela. E é um desperdício você ter a chance de brincar e explorar Nova York na época do ano em que a cidade vira praticamente um neon gigante com cenas escuras e sem vida. Infelizmente, prometeu muito e entregou pouco.

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