domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica 2 | Corrente do Mal

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MAIS UM ÓTIMO FILME DA ATUAL SAFRA DO TERROR

Infelizmente, a maioria do público encara os filmes de terror como um subproduto, coisa de menor qualidade, que servem apenas para entreter os adolescentes os sádicos. Daí, quando aparece um excelente filme como Corrente do Mal (It Follows), dirigido e roteirizado pelo novato David Robert Mitchell, pouca gente dá atenção. Uma grande pena!

Corrente do Mal tem as características básicas dos filmes de terror de baixo orçamento e alta qualidade: roteiro original, atores (quase) desconhecidos, locações simples, direção inventiva e altas doses de tensão.



corrente-do-mal-2

O roteiro é bastante curioso: Jay (Maika Monroe) é uma jovem romântica que se envolve com Hugh (Jake Weary). Depois de alguns encontros, ela tem sua primeira transa. No lugar do abraço romântico, Hugh droga Jay. Ela acorda amarrada em uma cadeira de rodas. Hugh explica que ele lhe passou uma maldição. Uma entidade – que pode tomar a forma de uma pessoa conhecida ou de um desconhecido – vagarosamente irá segui-la. Se ela não conseguir fugir, será morta. Para se livrar, ou ao menos adiar a morte, ela precisa transmitir a maldição pelo sexo. Mas, se a outra pessoa for morta, a maldição volta a segui-la.

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Se o enredo pode soar tosco, o resultado final passa longe disso. Sem exagerar nos sustos, Mitchell foca no clima e consegue fazer o público sentir todo o pânico por qual passa Jay. Como a ameaça pode vir de qualquer lugar, a câmera de Mitchell dá tratamento especial aos espaços públicos, seja focalizando a multidão ou mesmo espaços abertos e vazios. Em um simples movimento de câmera, ficamos apreensivos com a possibilidade de ver a entidade. A trilha sonora, que remete aos filmes de John Carpenter, reforça a tensão.

correntedomal

Sem grandes efeitos especiais, sem grandes maneirismos, em sustos homéricos. Corrente do Mal pode ser considerado um filme de terror minimalista – minimalista inclusive na caracterização das entidades – que cumpre com louvou a missão principal de um filme do gênero: deixar o espectador com um mal-estar ao sair da sala de cinema.

P.S.: Neste domingo, 30 de agosto, morreu Wes Craven, diretor de clássicos como A Hora do Pesadelo e Pânico. Uma referência no gênero do horror, sua influência é perceptível em Corrente do Mal. Aproveitamos esta resenha para render homenagens ao grande Craven.

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O roteiro é bastante curioso: Jay (Maika Monroe) é uma jovem romântica que se envolve com Hugh (Jake Weary). Depois de alguns encontros, ela tem sua primeira transa. No lugar do abraço romântico, Hugh droga Jay. Ela acorda amarrada em uma cadeira de rodas. Hugh explica que ele lhe passou uma maldição. Uma entidade – que pode tomar a forma de uma pessoa conhecida ou de um desconhecido – vagarosamente irá segui-la. Se ela não conseguir fugir, será morta. Para se livrar, ou ao menos adiar a morte, ela precisa transmitir a maldição pelo sexo. Mas, se a outra pessoa for morta, a maldição volta a segui-la.

Se o enredo pode soar tosco, o resultado final passa longe disso. Sem exagerar nos sustos, Mitchell foca no clima e consegue fazer o público sentir todo o pânico por qual passa Jay. Como a ameaça pode vir de qualquer lugar, a câmera de Mitchell dá tratamento especial aos espaços públicos, seja focalizando a multidão ou mesmo espaços abertos e vazios. Em um simples movimento de câmera, ficamos apreensivos com a possibilidade de ver a entidade. A trilha sonora, que remete aos filmes de John Carpenter, reforça a tensão.

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Sem grandes efeitos especiais, sem grandes maneirismos, em sustos homéricos. Corrente do Mal pode ser considerado um filme de terror minimalista – minimalista inclusive na caracterização das entidades – que cumpre com louvou a missão principal de um filme do gênero: deixar o espectador com um mal-estar ao sair da sala de cinema.

P.S.: Neste domingo, 30 de agosto, morreu Wes Craven, diretor de clássicos como A Hora do Pesadelo e Pânico. Uma referência no gênero do horror, sua influência é perceptível em Corrente do Mal. Aproveitamos esta resenha para render homenagens ao grande Craven.

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