domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | 47 Meters Down – Ótimo suspense com tubarões e Mandy Moore

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Sem ajuda acima. Sem esperança abaixo.

Depois do grande sucesso de Águas Rasas no ano passado, 47 Meters Down – ainda sem título ou distribuidora oficiais no Brasil –, foi resgatado de ser lançado sem grande destaque, direto nas plataformas on-line e vídeo, e recebeu um lançamento nas telonas. Surpreendendo a todos, o filme conseguiu arrecadar mais de US$ 40 milhões nos EUA. O que torna o feito ainda mais impressionante é o fato que o filme já havia sido liberado na internet há mais de um ano com o título In the Deep, mas aparentemente não impediu as pessoas de conferi-lo nos cinemas, transformando-o em mais um grande sucesso do gênero.



Na trama, duas irmãs, Lisa e Kate, viajam para o México depois que Lisa é largada pelo noivo. Ele a acusou de ser entediante, e sua irmã está disposta a fazê-la provar o contrário. Elas decidem então nadar com tubarões, seguras dentro de uma gaiola de aço. Porém, quando o cabo que as prendiam ao barco arrebenta, as duas são arrastadas direto para o fundo do oceano, a 47 metros da superfície.

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Agora, fora do alcance de comunicação, cercadas por tubarões e com uma reserva limitada de oxigênio, as duas terão que se unir para saírem com vida dessa situação mortal. O grande problema, no entanto, gira em torno da pressão atmosférica, que as matará caso elas emerjam rápido demais. Para subirem à superfície, elas teriam que parar por diversos minutos no meio do oceano, sem grade de proteção e à mercê dos predadores ao seu redor. Nesta situação desesperadora, cada decisão pode custar sua vida e cada respiração pode ser a última.

O filme foca a maior parte do tempo nas duas personagens principais, dividindo a tela no desespero da dupla tentando a todo custo sair daquela situação. O enredo, por si só, é bastante tenso! Imaginem vocês ficarem presos no fundo do oceano, sem assistência, conhecimento necessário e cercados por tubarões? Acredito que qualquer um surtaria nesta situação, então quando as personagens perdem sua cabeça logo no começo de sua jornada de terror, é extremamente compreensível; mesmo que você esteja apontando racionalmente no conforto da sua casa sobre o gasto desnecessário de oxigênio. O mais interessante é que o desenvolvimento do filme nunca fica cansativo porque o roteiro soube introduzir diversas situações para que as protagonistas tivessem que sair da gaiola de proteção.

É justamente nesses momentos em que elas estão desprotegidas que o diretor consegue criar um excelente clima de suspense. Ao fazer uso de ataques repentinos, ficamos com a sensação de que um tubarão pode aparecer e matá-las a qualquer momento. O fundo do oceano, com as suas águas turvas e ambiente escuro, ajudam na criação do clima tenso, contribuindo para os ataques surpresa. O fato do enredo apresentar duas personagens ao invés de uma também acrescenta no suspense, já que uma delas pode morrer a qualquer momento, deixando para a outra continuar o filme. Essa sensação não se encontra em Águas Rasas, por exemplo; ficamos tensos sim, mas sabemos que o roteiro precisa da personagem até o final para desenvolver sua história, logo, ela não irá morrer a qualquer momento. E é justamente essa sensação de morte pairando no ar que nos deixa apreensivos toda vez que uma delas sai da gaiola.

Apesar de ser um filme de baixo orçamento, 47 Meters Down tem uma excelente produção. Os tubarões estão muito bem feitos, assim como os ataques brutais – especialmente na reta final, onde temos algumas das melhores sequências do filme. A produção é encabeçada pelos conhecidos rostos de Mandy Moore (do icônico Um Amor para Recordar) e Claire Holt (da série The Originals), e ambas estão muito bem em seus respectivos papéis. O único ponto que eu realmente não gostei foi o desfecho, marcado por uma reviravolta que não precisava existir. Apesar de ser uma manobra inteligente do roteiro, também é responsável por deixar obsoletos alguns dos melhores momentos do filme, além de quebrar o desenvolvimento pessoal de uma das personagens. Pelo menos serve para preencher alguns dos buracos deixados pelo enredo, seguindo um caminho bem mais realista.

Sei que muitos irão adorar o desfecho, mesmo que à primeira vista eu não tenha encarado com bons olhos. Gostando ou não, os últimos minutos estão longe de estragar os ótimos momentos que filme nos proporcionou. No final de tudo, 47 Meters Down é um filme sólido e extremamente tenso, e representa muito bem o gênero. Não merece ficar à sombra do já citado Águas Rasas, porque ambos constroem suas próprias identidades, seguindo por caminhos ironicamente opostos. Tenho certeza que os que gostam de filmes envolvendo animais assassinos irão adorar essa nova produção e ficar sem fôlego, assim como as suas personagens. E, para quem não sabe ainda, uma sequência já foi anunciada, e sua trama se passará no Brasil! Depois de US$ 40 milhões, vocês realmente acharam que as águas estariam seguras de novo?

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Na trama, duas irmãs, Lisa e Kate, viajam para o México depois que Lisa é largada pelo noivo. Ele a acusou de ser entediante, e sua irmã está disposta a fazê-la provar o contrário. Elas decidem então nadar com tubarões, seguras dentro de uma gaiola de aço. Porém, quando o cabo que as prendiam ao barco arrebenta, as duas são arrastadas direto para o fundo do oceano, a 47 metros da superfície.

Agora, fora do alcance de comunicação, cercadas por tubarões e com uma reserva limitada de oxigênio, as duas terão que se unir para saírem com vida dessa situação mortal. O grande problema, no entanto, gira em torno da pressão atmosférica, que as matará caso elas emerjam rápido demais. Para subirem à superfície, elas teriam que parar por diversos minutos no meio do oceano, sem grade de proteção e à mercê dos predadores ao seu redor. Nesta situação desesperadora, cada decisão pode custar sua vida e cada respiração pode ser a última.

O filme foca a maior parte do tempo nas duas personagens principais, dividindo a tela no desespero da dupla tentando a todo custo sair daquela situação. O enredo, por si só, é bastante tenso! Imaginem vocês ficarem presos no fundo do oceano, sem assistência, conhecimento necessário e cercados por tubarões? Acredito que qualquer um surtaria nesta situação, então quando as personagens perdem sua cabeça logo no começo de sua jornada de terror, é extremamente compreensível; mesmo que você esteja apontando racionalmente no conforto da sua casa sobre o gasto desnecessário de oxigênio. O mais interessante é que o desenvolvimento do filme nunca fica cansativo porque o roteiro soube introduzir diversas situações para que as protagonistas tivessem que sair da gaiola de proteção.

É justamente nesses momentos em que elas estão desprotegidas que o diretor consegue criar um excelente clima de suspense. Ao fazer uso de ataques repentinos, ficamos com a sensação de que um tubarão pode aparecer e matá-las a qualquer momento. O fundo do oceano, com as suas águas turvas e ambiente escuro, ajudam na criação do clima tenso, contribuindo para os ataques surpresa. O fato do enredo apresentar duas personagens ao invés de uma também acrescenta no suspense, já que uma delas pode morrer a qualquer momento, deixando para a outra continuar o filme. Essa sensação não se encontra em Águas Rasas, por exemplo; ficamos tensos sim, mas sabemos que o roteiro precisa da personagem até o final para desenvolver sua história, logo, ela não irá morrer a qualquer momento. E é justamente essa sensação de morte pairando no ar que nos deixa apreensivos toda vez que uma delas sai da gaiola.

Apesar de ser um filme de baixo orçamento, 47 Meters Down tem uma excelente produção. Os tubarões estão muito bem feitos, assim como os ataques brutais – especialmente na reta final, onde temos algumas das melhores sequências do filme. A produção é encabeçada pelos conhecidos rostos de Mandy Moore (do icônico Um Amor para Recordar) e Claire Holt (da série The Originals), e ambas estão muito bem em seus respectivos papéis. O único ponto que eu realmente não gostei foi o desfecho, marcado por uma reviravolta que não precisava existir. Apesar de ser uma manobra inteligente do roteiro, também é responsável por deixar obsoletos alguns dos melhores momentos do filme, além de quebrar o desenvolvimento pessoal de uma das personagens. Pelo menos serve para preencher alguns dos buracos deixados pelo enredo, seguindo um caminho bem mais realista.

Sei que muitos irão adorar o desfecho, mesmo que à primeira vista eu não tenha encarado com bons olhos. Gostando ou não, os últimos minutos estão longe de estragar os ótimos momentos que filme nos proporcionou. No final de tudo, 47 Meters Down é um filme sólido e extremamente tenso, e representa muito bem o gênero. Não merece ficar à sombra do já citado Águas Rasas, porque ambos constroem suas próprias identidades, seguindo por caminhos ironicamente opostos. Tenho certeza que os que gostam de filmes envolvendo animais assassinos irão adorar essa nova produção e ficar sem fôlego, assim como as suas personagens. E, para quem não sabe ainda, uma sequência já foi anunciada, e sua trama se passará no Brasil! Depois de US$ 40 milhões, vocês realmente acharam que as águas estariam seguras de novo?

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