sábado, abril 27, 2024

Crítica | A Batalha de Natal – Eddie Murphy Estrela e Produz Filme Natalino Visualmente Lindo, Mas de História Fraca

Durante a década de 1990 aqui no Brasil houve um costume em muitas casas de se enfeitar completamente para o Natal. Em muitas localidades havia, inclusive, concursos e competições que estimulavam os moradores a investirem na decoração de Natal de suas casas e apartamentos, com o vencedor recebendo uma premiação bem bacana no fim. Tal costume, além de tornar os locais mais bonitos, também estimulava os passeios em família, que saía de casa para ver as decorações nas ruas. Com a queda do poder econômico nas últimas décadas, esses concursos foram diminuindo aqui no Brasil, embora muitas casas ainda se enfeitem (e bastante) para o fim de ano. Nos Estados Unidos, porém, essa cultura permanece em alta, e é o tema da aposta natalina da Prime Video para este ano, a comédiaA Batalha de Natal’.

Chris Carver (Eddie Murphy) é um pai de família super dedicado e que todo ano tem um único sonho: ganhar a competição de decoração de Natal na sua rua. Acontece que, diferentemente de seus outros vizinhos, ele acredita numa decoração mais artesanal e sustentável, critérios que geralmente não são levados em conta pelos avaliadores, por isso ele guarda certo rancor de seu vizinho Bruce (Ken Marino), que sempre vem com muitas luzes e maquinária para a sua decoração. Às vésperas do Natal Chris é mandado embora, mas, para não estragar as festas da família, decide não contar a verdade para seus filhos Joy (Genneya Walton), Nick (Thaddeus J. Mixson) e Holly (Madison Thomas). Então, a competição deste ano é anunciada e com uma premiação de cem mil dólares. Diante de um valor tão alto, Chris está decidido a ganhar esse ano, e, na sua busca desenfreada por alguma novidade, acaba esbarrando com a loja de Pepper (Jillian Bell), uma elfa natalina meio suspeita que lhe vende artefatos mágicos. Só que Chris não percebe as condições da compra, e, em troca de ter uma linda decoração para a sua casa, acaba se colocando em risco e agora ele tem apenas até as 20 horas da véspera de Natal para reverter a situação.

Das duas horas de duração de ‘A Batalha de Natal’, daria pra enxergar pelo menos uma meia hora de um enredo acaba indo pra outros lados e não na trama principal – o que acaba dando uma cansada no espectador. O roteiro de Kelly Younger parte da questão pessoal do protagonista mas parece lembrar em algum momento que existem outros personagens ao redor e que precisam ser desenvolvidos – a família –, aí a trama de cada um surge de repente na história e acaba sendo mal desenvolvida, deixando a sensação de que o filme não precisava desse drama paralelo, pois só ajudou a tumultuar o enredo.

Agora, o ponto principal de ‘A Batalha de Natal’ é definitivamente a produção de arte. O diretor Reginald Hudlin não economiza na criatividade, na produção e na confecção de um set de filmagem totalmente imersivo no Natal. Para dar vida à tal competição, as casas são tão belamente decoradas, que preenchem a tela com cores e luzes no melhor estilo estadunidense de viver o Natal. Assim, toda a parte artística do filme – maquiagem, figurino, props, efeitos visuais, pós-produção, etc – se torna não só o ponto alto da produção, como também é o núcleo que mais dá certo no filme.

Esteticamente bonito, totalmente natalino e com a surpreendente participação do grupo Pentatonix como criaturinhas de um coro, ‘A Batalha de Natal’ é um filme de encher os olhos, mas com uma história fraca e tumultuada.

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