quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | A Caverna Azul – Melodrama Turco na Prime Video Tem Reviravolta Surpreendente

YouTube video

Que os filmes e novelas turcas estão tomando conta da América Latina, todo bom observador já percebeu isso. Há anos países como o Peru e o Chile já consomem o audiovisual produzido naquele país, mas foi só recentemente que o mercado brasileiro se abriu para os filmes, séries e novelas da região do leste europeu. O motivo? Talvez seja a semelhança fisionômica com os brasileiros, talvez seja o elenco sempre muito elegante e bonito, ou talvez seja simplesmente aquele ar de novela dos anos 90, com muito clichê e estereótipo que tanto fez sucesso no passado, mas que hoje já não é mais produzido com tanta frequência no Brasil. Daí podemos entender o sucesso imediato de ‘A Caverna Azul’ (Mavi Magara, no original), mais novo romance dramático turco que chegou esse final de semana na Prime Video e já emplacou o terceiro lugar do Top 10 da plataforma.

A Caverna Azul



Cem (Kerem Bürsin, de ‘Cidade Proibida’) é um soldado da marinha que se aventura em missões perigosas, mas, no fundo, é um romântico em busca de um lar para seu coração. Certa noite, ao sair para se divertir com amigos, vê Alara (Devrim Özkan, de ‘O Jogo da Vida’) e se apaixona imediatamente por ela, mas a jovem mulher não lhe dá muita bola. Com seu charme e persistência galante, Cem consegue o telefone de Alara, e assim, pouco a pouco, os dois vão se envolvendo amorosamente. Porém, eventualidades do destino fará com que a vida a dois do casal seja curta, e Cem passa a ter um único objetivo: ir até ‘A Caverna Azul’, o local favorito de Alara, para, lá, entender melhor sua esposa e se sentir próximo a ela.

Escrito pelo próprio protagonista Kerem Bürsin, com colaboração de Osman Kaya, o roteiro é, como esperado, recheadíssimo de clichês. Em poucos minutos já dá para adivinhar quase tudo o que acontece no filme, e quando, e na verdade o roteiro não está nem um pouco preocupado com isso; ao contrário, ele antecipa os fatos para o espectador desde o início, com uma narrativa não linear que vai e vem no tempo, de modo que um fator crucial para a evolução dos episódios no enredo é apresentado ao espectador ainda no primeiro ato, estragando toda a surpresa para a gente.

Mulher de camisa branca ao lado de uma fogueira.

Mas o filme de Kerem Bürsin (que além de roteirizar e estrelar, também dirige a produção) esconde uma grande reviravolta já no finzinho do terceiro ato, e ele vem de maneira tão inesperada que, pela surpresa, faz a gente ter que tirar o chapéu e aplaudir a jogada sorrateira do roteiro. Por essa reviravolta, tudo que ‘A Caverna Azul’ vai entregando de maneira tão gratuita em suas uma hora e trinta de duração, ao final de contar era tudo estratégia para enganar a gente. Ponto pra produção.

A Caverna Azul’ é um filme de romance dramático bem meloso, com um elenco lindo, locações paradisíacas e uma história de sofrência que pode arrancar lágrimas de alguns. Uma alternativa turca das saudosas histórias de Nicholas Sparks.

Homem sentado, apoiado em árvore perto do mar.

YouTube video

Mais notícias...

Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
372,000SeguidoresSeguir
1,620,000SeguidoresSeguir
195,000SeguidoresSeguir
162,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS

Crítica | A Caverna Azul – Melodrama Turco na Prime Video Tem Reviravolta Surpreendente

YouTube video

Que os filmes e novelas turcas estão tomando conta da América Latina, todo bom observador já percebeu isso. Há anos países como o Peru e o Chile já consomem o audiovisual produzido naquele país, mas foi só recentemente que o mercado brasileiro se abriu para os filmes, séries e novelas da região do leste europeu. O motivo? Talvez seja a semelhança fisionômica com os brasileiros, talvez seja o elenco sempre muito elegante e bonito, ou talvez seja simplesmente aquele ar de novela dos anos 90, com muito clichê e estereótipo que tanto fez sucesso no passado, mas que hoje já não é mais produzido com tanta frequência no Brasil. Daí podemos entender o sucesso imediato de ‘A Caverna Azul’ (Mavi Magara, no original), mais novo romance dramático turco que chegou esse final de semana na Prime Video e já emplacou o terceiro lugar do Top 10 da plataforma.

A Caverna Azul

Cem (Kerem Bürsin, de ‘Cidade Proibida’) é um soldado da marinha que se aventura em missões perigosas, mas, no fundo, é um romântico em busca de um lar para seu coração. Certa noite, ao sair para se divertir com amigos, vê Alara (Devrim Özkan, de ‘O Jogo da Vida’) e se apaixona imediatamente por ela, mas a jovem mulher não lhe dá muita bola. Com seu charme e persistência galante, Cem consegue o telefone de Alara, e assim, pouco a pouco, os dois vão se envolvendo amorosamente. Porém, eventualidades do destino fará com que a vida a dois do casal seja curta, e Cem passa a ter um único objetivo: ir até ‘A Caverna Azul’, o local favorito de Alara, para, lá, entender melhor sua esposa e se sentir próximo a ela.

Escrito pelo próprio protagonista Kerem Bürsin, com colaboração de Osman Kaya, o roteiro é, como esperado, recheadíssimo de clichês. Em poucos minutos já dá para adivinhar quase tudo o que acontece no filme, e quando, e na verdade o roteiro não está nem um pouco preocupado com isso; ao contrário, ele antecipa os fatos para o espectador desde o início, com uma narrativa não linear que vai e vem no tempo, de modo que um fator crucial para a evolução dos episódios no enredo é apresentado ao espectador ainda no primeiro ato, estragando toda a surpresa para a gente.

Mulher de camisa branca ao lado de uma fogueira.

Mas o filme de Kerem Bürsin (que além de roteirizar e estrelar, também dirige a produção) esconde uma grande reviravolta já no finzinho do terceiro ato, e ele vem de maneira tão inesperada que, pela surpresa, faz a gente ter que tirar o chapéu e aplaudir a jogada sorrateira do roteiro. Por essa reviravolta, tudo que ‘A Caverna Azul’ vai entregando de maneira tão gratuita em suas uma hora e trinta de duração, ao final de contar era tudo estratégia para enganar a gente. Ponto pra produção.

A Caverna Azul’ é um filme de romance dramático bem meloso, com um elenco lindo, locações paradisíacas e uma história de sofrência que pode arrancar lágrimas de alguns. Uma alternativa turca das saudosas histórias de Nicholas Sparks.

Homem sentado, apoiado em árvore perto do mar.

YouTube video
Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
372,000SeguidoresSeguir
1,620,000SeguidoresSeguir
195,000SeguidoresSeguir
162,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS