sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | A Diplomata: Série de thriller político com Keri Russell precisa ser sua nova maratona na Netflix

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Cabelos desajeitados, passos largos e uma bolsa a tiracolo fazem de Keri Russell quase uma esquete bem elaborada de Claire Danes em Homeland. Mas sem toda a pesada tensão que essa carregava, A Diplomata chega à Netflix como uma espécie de dramédia/thriller político que esmiúça dilemas pessoais, em contraste com conflitos geopolíticos de uma habilidosa funcionária pública que se vê transferida dos bastidores para a linha de frente das negociações entre os Estados Unidos e poderosos chefes de Estado. Com astúcia, mas muitas vezes falta de tato e tino social, Kate é aqui a face da política contemporânea, uma mulher avessa ao poder, com um complicado e influente esposo.



A Diplomata é uma daquelas apostas certeiras para os amantes de séries politizadas. Com ares de House of Cards, Homeland e Tudo Pelo Poder – com um toque cômico, a produção passeia entre um humor peculiar, (que muito reside na dinâmica entre Keri Russell e Rufus Sewell), e no drama efervescente nascido das tensões entre líderes mundiais e seus egos. Na trama, entraves reais que desafiam estudiosos de ciência política se misturam com uma pitada de melodrama relacional, gerando uma combinação inusitada que funciona lindamente em tela. Aqui, Debora Cahn traz toda sua expertise com a icônica série West Wing – Bastidores do Poder e com Homeland para os átrios da gigante do streaming, nos presenteando com uma produção envolvente e viciante.

E mesmo quando os debates políticos parecem ostensivos e embolados demais para uma audiência mais leiga compreender em sua totalidade, a série também produzida por Russell sabe nos manter interessados. Ao explorar a psique, motivações e personalidade de seus protagonistas, A Diplomata se permite cruzar a fronteira do subgênero de thriller político, equilibrando seu ritmo narrativo. E com excelentes performances de Russell, Sewell e Ato Essandoh, a série nos conquista ainda mais, nos levando a nos envolver com as crises de identidade e de Estado vividas pelos personagens.

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De ritmo frenético e com episódios dinâmicos que escalonam rapidamente, a original Netflix sabe dosar a acidez de seus diálogos, sempre garantindo uma comédia às avessas, que ora flerta com o estilo de Aaron Sorkin, ora traz resquícios suaves do pastelão. Fazendo isso sem reduzir a densidade narrativa por trás de toda a ardilosa diplomacia exigida no âmbito das relações internacionais, A Diplomata é um mix de gêneros que abrange um público muito maior do que apenas os fãs de thrillers políticos. Com um valor de produção riquíssimo, que se revela nas diversas locações europeias e no engenhoso e requintado design de produção, a série pode muito bem ser a sua nova e maravilhosa maratona para o feriado prolongado.

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Cabelos desajeitados, passos largos e uma bolsa a tiracolo fazem de Keri Russell quase uma esquete bem elaborada de Claire Danes em Homeland. Mas sem toda a pesada tensão que essa carregava, A Diplomata chega à Netflix como uma espécie de dramédia/thriller político que esmiúça dilemas pessoais, em contraste com conflitos geopolíticos de uma habilidosa funcionária pública que se vê transferida dos bastidores para a linha de frente das negociações entre os Estados Unidos e poderosos chefes de Estado. Com astúcia, mas muitas vezes falta de tato e tino social, Kate é aqui a face da política contemporânea, uma mulher avessa ao poder, com um complicado e influente esposo.

A Diplomata é uma daquelas apostas certeiras para os amantes de séries politizadas. Com ares de House of Cards, Homeland e Tudo Pelo Poder – com um toque cômico, a produção passeia entre um humor peculiar, (que muito reside na dinâmica entre Keri Russell e Rufus Sewell), e no drama efervescente nascido das tensões entre líderes mundiais e seus egos. Na trama, entraves reais que desafiam estudiosos de ciência política se misturam com uma pitada de melodrama relacional, gerando uma combinação inusitada que funciona lindamente em tela. Aqui, Debora Cahn traz toda sua expertise com a icônica série West Wing – Bastidores do Poder e com Homeland para os átrios da gigante do streaming, nos presenteando com uma produção envolvente e viciante.

E mesmo quando os debates políticos parecem ostensivos e embolados demais para uma audiência mais leiga compreender em sua totalidade, a série também produzida por Russell sabe nos manter interessados. Ao explorar a psique, motivações e personalidade de seus protagonistas, A Diplomata se permite cruzar a fronteira do subgênero de thriller político, equilibrando seu ritmo narrativo. E com excelentes performances de Russell, Sewell e Ato Essandoh, a série nos conquista ainda mais, nos levando a nos envolver com as crises de identidade e de Estado vividas pelos personagens.

De ritmo frenético e com episódios dinâmicos que escalonam rapidamente, a original Netflix sabe dosar a acidez de seus diálogos, sempre garantindo uma comédia às avessas, que ora flerta com o estilo de Aaron Sorkin, ora traz resquícios suaves do pastelão. Fazendo isso sem reduzir a densidade narrativa por trás de toda a ardilosa diplomacia exigida no âmbito das relações internacionais, A Diplomata é um mix de gêneros que abrange um público muito maior do que apenas os fãs de thrillers políticos. Com um valor de produção riquíssimo, que se revela nas diversas locações europeias e no engenhoso e requintado design de produção, a série pode muito bem ser a sua nova e maravilhosa maratona para o feriado prolongado.

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