terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | A Era do Gelo: A Era de Buck – Filme derivado da franquia abre nova vertente para os coadjuvantes

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Não é de hoje que as franquias de sucesso de Hollywood voltam seus olhos para seus vilões e personagens secundários, buscando criar novas vertentes nas histórias para mantê-las vivas e vendendo produtos. Isso tem especialmente acontecido com as franquias de animação e de super-heróis, e tem sido uma das diretrizes da década do conglomerado Disney. Assim, após ter comprado a 20th Century Fox e aglutinado todas as produtoras do grupo (como a Blue Sky) sob o selo Mickey Mouse, era questão de tempo até aparecer uma nova produção da saga ‘A Era do Gelo’ – que chega agora aos assinantes da DisneyPlus sob o título ‘A Era do Gelo: As Aventuras de Buck’.

Crash (na voz original de Vincent Tong) e Eddie (Aaron Harris) cresceram com Ellie (Dominique Jennings) desde que a encontraram sozinha. Por isso, formaram uma família meio mamute, meio gambá. Acontece que agora Ellie encontrou uma nova família, junto com Manny (Sean Kenin), Diego (Skyler Stone) e Sid (Jake Green), e Crash e Eddie sentem vontade de explorar o mundo e fazer bagunça o tempo todo, enquanto a irmã está mais na vibe caseira com seu novo parceiro. Isso causa um racha no grupo, e a dupla de gambás resolve sair para ser independente, mas, no caminho, encontram Buck (Simon Pegg) e muitos desafios nessa nova vida por conta própria.

Como dá para ver pela sinopse, ‘A Era do Gelo: As Aventuras de Buck’ é, na verdade, as aventuras de Crash e Eddie, e não do Buck. Essa é a principal crítica a se fazer de um filme cujo título promete o desenvolvimento de um personagem e, na prática, entrega outra coisa. Buck mesmo só entra na história quase no minuto 20 do longa, que tem 1 hora e 22 de duração. Muito tempo sem um dito protagonista da história, né?

Na versão brasileira, o elenco da dublagem sofreu alterações, e isso pode ser sentido por aqueles que acompanham a franquia desde seu início, em 2002. Uma das mudanças pode ser observada na voz de Buck, que, depois de ser apresentado ao público em ‘A Era do Gelo 3’, dessa vez recebeu a voz do mesmo dublador que faz a voz do Drac, de ‘Hotel Transilvânia’. E essa não é a única mudança brasileira: o criador da franquia, Carlos Saldanha, não fez parte do atual projeto; sem ele, os carismáticos personagens que tanto nos fizeram rir ficaram apáticos, menos delineados e quase sem close.

Numa bagunça típica de quando uma empresa compra a outra e tenta manter em alta o sucesso conquistado anteriormente, ‘A Era do Gelo: As Aventuras de Buck’ é uma animação que só vai agradar às crianças pequenas, por conta das diversas cenas de ação estilo videogame. Os mais velhos e adultos, que há vinte anos acompanham a sobrevivência desse grupo pré-histórico, provavelmente serão tomados pelo tédio, junto com a inevitável saudade do trio principal. Nem o timing das piadas funciona, atropeladas por uma pressa absurda de terminar logo a cena, sem nos dar tempo de rir.

A Era do Gelo: As Aventuras de Buck’ é um filme para ligar para a criançada pequena assistir na sala, enquanto papai e mamãe mexem no celular.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Crash (na voz original de Vincent Tong) e Eddie (Aaron Harris) cresceram com Ellie (Dominique Jennings) desde que a encontraram sozinha. Por isso, formaram uma família meio mamute, meio gambá. Acontece que agora Ellie encontrou uma nova família, junto com Manny (Sean Kenin), Diego (Skyler Stone) e Sid (Jake Green), e Crash e Eddie sentem vontade de explorar o mundo e fazer bagunça o tempo todo, enquanto a irmã está mais na vibe caseira com seu novo parceiro. Isso causa um racha no grupo, e a dupla de gambás resolve sair para ser independente, mas, no caminho, encontram Buck (Simon Pegg) e muitos desafios nessa nova vida por conta própria.

Como dá para ver pela sinopse, ‘A Era do Gelo: As Aventuras de Buck’ é, na verdade, as aventuras de Crash e Eddie, e não do Buck. Essa é a principal crítica a se fazer de um filme cujo título promete o desenvolvimento de um personagem e, na prática, entrega outra coisa. Buck mesmo só entra na história quase no minuto 20 do longa, que tem 1 hora e 22 de duração. Muito tempo sem um dito protagonista da história, né?

Na versão brasileira, o elenco da dublagem sofreu alterações, e isso pode ser sentido por aqueles que acompanham a franquia desde seu início, em 2002. Uma das mudanças pode ser observada na voz de Buck, que, depois de ser apresentado ao público em ‘A Era do Gelo 3’, dessa vez recebeu a voz do mesmo dublador que faz a voz do Drac, de ‘Hotel Transilvânia’. E essa não é a única mudança brasileira: o criador da franquia, Carlos Saldanha, não fez parte do atual projeto; sem ele, os carismáticos personagens que tanto nos fizeram rir ficaram apáticos, menos delineados e quase sem close.

Numa bagunça típica de quando uma empresa compra a outra e tenta manter em alta o sucesso conquistado anteriormente, ‘A Era do Gelo: As Aventuras de Buck’ é uma animação que só vai agradar às crianças pequenas, por conta das diversas cenas de ação estilo videogame. Os mais velhos e adultos, que há vinte anos acompanham a sobrevivência desse grupo pré-histórico, provavelmente serão tomados pelo tédio, junto com a inevitável saudade do trio principal. Nem o timing das piadas funciona, atropeladas por uma pressa absurda de terminar logo a cena, sem nos dar tempo de rir.

A Era do Gelo: As Aventuras de Buck’ é um filme para ligar para a criançada pequena assistir na sala, enquanto papai e mamãe mexem no celular.

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