domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | A Escolha

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“O Outro Lado da Escuridão”

Larry David e Jerry Seinfeld são gênios da comédia. Seu auge indiscutivelmente foi o programa humorístico Seinfeld, a melhor série do gênero de todos os tempos.  Dentre tantos detalhes criativos e engraçados produzidos pela dupla para o programa, estão os hilários filmes fictícios que os personagens vira e mexe mencionavam. O programa preferia utilizar filmes que nunca foram produzidos de fato e tirar um sarro traçando um paralelo com obras e gêneros existentes.

Mas você se pergunta, porque estou eu falando sobre Seinfeld quando o assunto é a nova produção cinematográfica baseada num livro do romancista Nicholas Sparks? Bem, porque A Escolha, o novo filme, assim como a maioria das adaptações do autor para o cinema, soa muito como as tais sátiras produzida em Senfeild.



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Mais uma vez recomendado para os românticos e as românticas inveterados, A Escolha utiliza os temas recorrentes de Sparks: uma paixão avassaladora entre pessoas bem diferentes, ou que não se suportam inicialmente, o cenário de uma cidadezinha bucólica, protagonistas e coadjuvantes que passariam tranquilamente por modelos de roupas íntimas, idosos de bom coração e, é claro, a (ou as) grande tragédia a ser superada – afinal melodrama poderia ser o sobrenome do autor.

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Aqui, Teresa Palmer (clone loira de Kristen Stewart) é Gabby Holland, jovem “caxias”, que só pensa em estudar. Ela mora numa bela casa tendo apenas a companhia do cachorro. Tudo muda na vidinha da jovem quando ela conhece o vizinho, o sedutor Travis Parker, papel de Benjamin Walker (clone mais novo de Liam Neeson), protagonista do malfadado Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros. O sujeito, obviamente, é um bon vivant querido na cidade, mas para quem responsabilidade de relacionamento passa bem longe. Nem mesmo a bela Monica (a estonteante Alexandra Daddario) consegue segurar o sujeito.

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O que faltava na vida do protagonista era mesmo uma jovem “sem sal” saída da cidade grande. A falta de tempero, aliás, é uma qualidade aplicável ao longa todo. Dirigido por Ross Katz – produtor dos filmes de Sofia Coppola, como Encontros e Desencontros e Maria AntonietaA Escolha é levado na forma de um comercial de margarina, no qual todos são sorrisos o tempo todo e a felicidade parece não ter fim.

Nesse universo de Frank Capra, onde a vida é perfeita, se encontram a maioria dos contos de Sparks, que nos últimos anos presenteou o público com obras como Querido John (2010), Um Homem de Sorte (2012), Um Porto Seguro (2013), O Melhor de Mim (2014) e Uma Longa Jornada (2015).

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É claro que após algumas trocas de farpas entre o casal protagonista, eles irão se amar intensamente. No entanto, ambos possuem em suas vidas outros casos românticos mal resolvidos. Anos se passam e as coisas parecem encaixadas para eles, porém, lembrando que este ainda é um conto de Sparks, a tragédia irá se abater – ao menos, desta vez, apenas uma.

Como dito, as histórias do autor concentram-se numa utopia, passando-se pela maior das ficções científicas. Tudo é perfeito e os problemas são criados apenas para serem superados. De certa forma, pode-se dizer que Spakrs dá o que todos queremos, afinal poucos não almejariam tal calmaria. Voltando aos primeiros parágrafos e às sátiras de filmes, quem é fã do programa jamais esquecerá “The Other Side of Darkness”, ou O Outro Lado da Escuridão, filme fictício, lançado direto em vídeo, sobre uma mulher que entra e sai do coma de maneira espantosa, nova e renovada, e que contava com um “desempenho inesquecível” de Eric Roberts. Impossível não lembrar e dar umas risadas. Só estou dizendo…

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Mas você se pergunta, porque estou eu falando sobre Seinfeld quando o assunto é a nova produção cinematográfica baseada num livro do romancista Nicholas Sparks? Bem, porque A Escolha, o novo filme, assim como a maioria das adaptações do autor para o cinema, soa muito como as tais sátiras produzida em Senfeild.

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Mais uma vez recomendado para os românticos e as românticas inveterados, A Escolha utiliza os temas recorrentes de Sparks: uma paixão avassaladora entre pessoas bem diferentes, ou que não se suportam inicialmente, o cenário de uma cidadezinha bucólica, protagonistas e coadjuvantes que passariam tranquilamente por modelos de roupas íntimas, idosos de bom coração e, é claro, a (ou as) grande tragédia a ser superada – afinal melodrama poderia ser o sobrenome do autor.

Aqui, Teresa Palmer (clone loira de Kristen Stewart) é Gabby Holland, jovem “caxias”, que só pensa em estudar. Ela mora numa bela casa tendo apenas a companhia do cachorro. Tudo muda na vidinha da jovem quando ela conhece o vizinho, o sedutor Travis Parker, papel de Benjamin Walker (clone mais novo de Liam Neeson), protagonista do malfadado Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros. O sujeito, obviamente, é um bon vivant querido na cidade, mas para quem responsabilidade de relacionamento passa bem longe. Nem mesmo a bela Monica (a estonteante Alexandra Daddario) consegue segurar o sujeito.

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O que faltava na vida do protagonista era mesmo uma jovem “sem sal” saída da cidade grande. A falta de tempero, aliás, é uma qualidade aplicável ao longa todo. Dirigido por Ross Katz – produtor dos filmes de Sofia Coppola, como Encontros e Desencontros e Maria AntonietaA Escolha é levado na forma de um comercial de margarina, no qual todos são sorrisos o tempo todo e a felicidade parece não ter fim.

Nesse universo de Frank Capra, onde a vida é perfeita, se encontram a maioria dos contos de Sparks, que nos últimos anos presenteou o público com obras como Querido John (2010), Um Homem de Sorte (2012), Um Porto Seguro (2013), O Melhor de Mim (2014) e Uma Longa Jornada (2015).

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É claro que após algumas trocas de farpas entre o casal protagonista, eles irão se amar intensamente. No entanto, ambos possuem em suas vidas outros casos românticos mal resolvidos. Anos se passam e as coisas parecem encaixadas para eles, porém, lembrando que este ainda é um conto de Sparks, a tragédia irá se abater – ao menos, desta vez, apenas uma.

Como dito, as histórias do autor concentram-se numa utopia, passando-se pela maior das ficções científicas. Tudo é perfeito e os problemas são criados apenas para serem superados. De certa forma, pode-se dizer que Spakrs dá o que todos queremos, afinal poucos não almejariam tal calmaria. Voltando aos primeiros parágrafos e às sátiras de filmes, quem é fã do programa jamais esquecerá “The Other Side of Darkness”, ou O Outro Lado da Escuridão, filme fictício, lançado direto em vídeo, sobre uma mulher que entra e sai do coma de maneira espantosa, nova e renovada, e que contava com um “desempenho inesquecível” de Eric Roberts. Impossível não lembrar e dar umas risadas. Só estou dizendo…

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