domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | A Porta ao Lado – Filme de Julia Rezende tem ótimas atuações, mas sem momentos brilhantes

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As dores de um viver no sufocamento constante. Explorando as relações amorosas, as formas de enxergar o amor, o companheirismo, as duras batalhas pela liberdade dentro de um autoconhecimento, a cineasta Julia Rezende nos apresenta uma história guiada por uma protagonista em crise no seu presente que acaba se jogando em uma nova estrada de oportunidades ligadas ao desejo. Caminhando em passos largos dentro de uma previsibilidade, há ótimas atuações mas sem momentos brilhantes, guiados por um roteiro que se atrapalha no detalhismo e demora para acontecer.

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Na trama, que teve sua primeira exibição nacional no Festival do Rio 2022, conhecemos Mari (Letícia Colin), uma jovem chef de cozinha, que tem seu próprio restaurante e vive seus dias monótonos e até mesmo distantes com o marido Rafa (Dan Ferreira) em um apartamento confortável de uma grande cidade do Brasil. Um dia, Fred (Túlio Starling) e Isis (Bárbara Paz), se mudam para o prédio dela, o que acaba mexendo com sua rotina, principalmente quando começa a demonstrar interesse por Fred e automaticamente se distanciando ainda mais do marido. Há um olhar profundo para a complexa protagonista, interpretada pela excelente Letícia Colin. Mesclando em partes momentos dentro de uma não lineariedade, vai sendo construída essa personalidade marcante que se enxerga presa (mas não demonstra) em um relacionamento onde ela tem tudo e mesmo assim fica longe de ser feliz. Mas o que seria esse tudo?

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A desconstrução do casamento vai sendo vista aos poucos, o estopim chega na maneira de enxergar a relação dos novos vizinhos, esses com um relacionamento aberto. E essa tal liberdade acaba sendo algo que a protagonista nunca experimentou, talvez caminhando nesse sentido em um presente impulsionada pela desconfiança das mensagens que o marido troca, até mesmo dos compromissos dele até tarde no trabalho. O roteiro consegue chegar em seu objetivo que pode ser entendido como mostrar a desconstrução e um início da construção dessa personagem dentro de um processo de autoconsciência, mesmo que o excesso de detalhes direcionado somente à uma personagem acabem atrapalhando o topo dessa jornada que seria a compreensão pelo público de seu estado emocional.

A iminência acaba se encontrando com a previsibilidade. Com coadjuvantes apenas sendo vistos de forma superficial (há pouco desenvolvimento do importante conflito que enfrenta Isis, por exemplo), vemos uma protagonista em processo de se libertar de uma aflição que teve na porta ao lado seu início, seu meio e quem sabe seu recomeço.

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Na trama, que teve sua primeira exibição nacional no Festival do Rio 2022, conhecemos Mari (Letícia Colin), uma jovem chef de cozinha, que tem seu próprio restaurante e vive seus dias monótonos e até mesmo distantes com o marido Rafa (Dan Ferreira) em um apartamento confortável de uma grande cidade do Brasil. Um dia, Fred (Túlio Starling) e Isis (Bárbara Paz), se mudam para o prédio dela, o que acaba mexendo com sua rotina, principalmente quando começa a demonstrar interesse por Fred e automaticamente se distanciando ainda mais do marido. Há um olhar profundo para a complexa protagonista, interpretada pela excelente Letícia Colin. Mesclando em partes momentos dentro de uma não lineariedade, vai sendo construída essa personalidade marcante que se enxerga presa (mas não demonstra) em um relacionamento onde ela tem tudo e mesmo assim fica longe de ser feliz. Mas o que seria esse tudo?

A desconstrução do casamento vai sendo vista aos poucos, o estopim chega na maneira de enxergar a relação dos novos vizinhos, esses com um relacionamento aberto. E essa tal liberdade acaba sendo algo que a protagonista nunca experimentou, talvez caminhando nesse sentido em um presente impulsionada pela desconfiança das mensagens que o marido troca, até mesmo dos compromissos dele até tarde no trabalho. O roteiro consegue chegar em seu objetivo que pode ser entendido como mostrar a desconstrução e um início da construção dessa personagem dentro de um processo de autoconsciência, mesmo que o excesso de detalhes direcionado somente à uma personagem acabem atrapalhando o topo dessa jornada que seria a compreensão pelo público de seu estado emocional.

A iminência acaba se encontrando com a previsibilidade. Com coadjuvantes apenas sendo vistos de forma superficial (há pouco desenvolvimento do importante conflito que enfrenta Isis, por exemplo), vemos uma protagonista em processo de se libertar de uma aflição que teve na porta ao lado seu início, seu meio e quem sabe seu recomeço.

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