domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | A Química que Há Entre Nós: Drama com Lili Reinhart explora o peso do luto na adolescência

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Essas combinações químicas que transbordam em um emocional naturalmente problemático e intenso, a inadvertida transformação hormonal que rompe literalmente pelos poros e a constante sensação de desajuste social…A adolescência é um dos ápices da complexidade da vida humana, onde padrões são estabelecidos, traumas podem ser gerados e identidades gradativamente são formadas. E essa implosão catártica ganha vida aqui em A Química que Há Entre Nós (Chemical Hearts), novo drama coming of age da Amazon Studios, estrelado por Lili Reinhart (Riverdale) e Austin Abrams (Euforia). E como uma convulsão biológica que se extravasa em sentimentos, a produção cruza as barreiras do raso, entregando uma adaptação cinematográfica que dá voz aos tormentos juvenis que tantas vezes são abafados em batidos estereótipos teens.



Sob a direção e roteiro de Richard Tanne, a adaptação do popular livro de Krystal Sutherland tenta fazer um raio X das emoções adolescentes aprisionadas. Trazendo um contraste entre dois personagens que (teoricamente) emanam apatia por perspectivas bem opostas, o longa tenta entender a problemática hormonal e emocional que rege essa fase da vida. E à medida que o diretor busca dar um nome científico às emoções afloradas dessa faixa etária – como o amor, o ódio, o rancor, o medo e a solidão -, mais ele se rende ao fato de que, em essência, alguns sentimentos são apenas pesados demais para lidar aos 16 anos de idade.

Com uma trama que explora uma jovem que ainda lida com a dor da perda do seu primeiro amor, A Química que Há Entre Nós (Chemical Hearts) faz um relato sensível sobre as durezas do luto durante a adolescência e o peso que ele é capaz de trazer para a vida, afetando tudo ao redor. Apresentando uma versão mais frágil e desnuda de Lili Reinhart, o drama mostra o potencial que a popular atriz de Riverdale possui, destacando ainda Austin Abrams, que ajuda a dar corpo à dramaticidade da história, como um garoto que lamenta as poucas experiência da sua juventude e que acaba sendo confrontado pelo fardo emocional dessa misteriosa garota.

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Fazendo um contraponto entre o amor e o sofrimento – que nasce dessa paixão teen, o drama ainda aborda a depressão juvenil, abrindo espaço para uma reflexão sábia e delicada a respeito de como as pressões impostas à juventude estão contribuindo para uma geração cada vez mais fatigada antes mesmo dos 18 anos. E embora não seja suficientemente ousado em sua narrativa e tão pouco inovador, A Química que Há Entre Nós (Chemical Hearts) não perde o seu brilho como uma boa história sobre amadurecimento e consegue cativar a audiência durante todo o tempo de tela, ainda que sua trama seja bem previsível.

Explorando também o quão tortuoso e problemático é projetar a cura emocional em um novo relacionamento amoroso, o drama adolescente acerta por não romantizar o sofrimento e por não glamourizar a solução mágica de um trauma, a partir da dependência afetiva. Simbólico do começo ao fim, A Química que Há Entre Nós (Chemical Hearts) não tem receio de tocar e expor as feridas da alma e pode até mesmo se tornar uma experiência catártica para aqueles que ainda sufocam as dores e as perdas do passado ou até mesmo do presente.

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Essas combinações químicas que transbordam em um emocional naturalmente problemático e intenso, a inadvertida transformação hormonal que rompe literalmente pelos poros e a constante sensação de desajuste social…A adolescência é um dos ápices da complexidade da vida humana, onde padrões são estabelecidos, traumas podem ser gerados e identidades gradativamente são formadas. E essa implosão catártica ganha vida aqui em A Química que Há Entre Nós (Chemical Hearts), novo drama coming of age da Amazon Studios, estrelado por Lili Reinhart (Riverdale) e Austin Abrams (Euforia). E como uma convulsão biológica que se extravasa em sentimentos, a produção cruza as barreiras do raso, entregando uma adaptação cinematográfica que dá voz aos tormentos juvenis que tantas vezes são abafados em batidos estereótipos teens.

Sob a direção e roteiro de Richard Tanne, a adaptação do popular livro de Krystal Sutherland tenta fazer um raio X das emoções adolescentes aprisionadas. Trazendo um contraste entre dois personagens que (teoricamente) emanam apatia por perspectivas bem opostas, o longa tenta entender a problemática hormonal e emocional que rege essa fase da vida. E à medida que o diretor busca dar um nome científico às emoções afloradas dessa faixa etária – como o amor, o ódio, o rancor, o medo e a solidão -, mais ele se rende ao fato de que, em essência, alguns sentimentos são apenas pesados demais para lidar aos 16 anos de idade.

Com uma trama que explora uma jovem que ainda lida com a dor da perda do seu primeiro amor, A Química que Há Entre Nós (Chemical Hearts) faz um relato sensível sobre as durezas do luto durante a adolescência e o peso que ele é capaz de trazer para a vida, afetando tudo ao redor. Apresentando uma versão mais frágil e desnuda de Lili Reinhart, o drama mostra o potencial que a popular atriz de Riverdale possui, destacando ainda Austin Abrams, que ajuda a dar corpo à dramaticidade da história, como um garoto que lamenta as poucas experiência da sua juventude e que acaba sendo confrontado pelo fardo emocional dessa misteriosa garota.

Fazendo um contraponto entre o amor e o sofrimento – que nasce dessa paixão teen, o drama ainda aborda a depressão juvenil, abrindo espaço para uma reflexão sábia e delicada a respeito de como as pressões impostas à juventude estão contribuindo para uma geração cada vez mais fatigada antes mesmo dos 18 anos. E embora não seja suficientemente ousado em sua narrativa e tão pouco inovador, A Química que Há Entre Nós (Chemical Hearts) não perde o seu brilho como uma boa história sobre amadurecimento e consegue cativar a audiência durante todo o tempo de tela, ainda que sua trama seja bem previsível.

Explorando também o quão tortuoso e problemático é projetar a cura emocional em um novo relacionamento amoroso, o drama adolescente acerta por não romantizar o sofrimento e por não glamourizar a solução mágica de um trauma, a partir da dependência afetiva. Simbólico do começo ao fim, A Química que Há Entre Nós (Chemical Hearts) não tem receio de tocar e expor as feridas da alma e pode até mesmo se tornar uma experiência catártica para aqueles que ainda sufocam as dores e as perdas do passado ou até mesmo do presente.

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