domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | A Sereia: Lago dos Mortos – Você se lembra de ‘A Noiva’? Pois é…

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Splash – Um Terror Genérico em Minha Vida

Ao descobrir que o recente A Sereia: Lago dos Mortos é o novo trabalho de Svyatoslav Podgaevskiy, diretor de A Noiva (2017), tudo fez sentido. Ambos filmes russos, trazidos para o Brasil pela Paris Filmes, e exibidos para a imprensa com uma horrenda dublagem norte-americana. Não é exagero, o trabalho é extremamente caricato. Não que os atores na tela pareçam estar encenando Shakespeare – muito pelo contrário. Ah sim, os dois longas são protagonizados Viktoriya Agalakova, musa do cineasta (dá para ver na forma como foca em sua retaguarda – a la Michael Bay), e uma atriz que, digamos, está lá por sua boa forma.

De fato, estas duas obras são muito parecidas. Antes de escrever este texto, decidi inclusive voltar e ler minha crítica do pavoroso (no mau sentido) A Noiva – que você pode conferir ao final deste parágrafo – para relembrar um pouco minhas impressões sobre o terror. É incrível como todos os argumentos apresentados lá podem ser incluídos aqui também. A Sereia é uma produção igualmente genérica, recheada de jump scares mal ajambrados e com um roteiro pífio, a todo instante se segurando por um fiapo. Não me perguntem se tenho vontade de conferir A Dama do Espelho: O Ritual das Trevas (2015), primeiro longa do sujeito…



Crítica | A Noiva – Terror russo aposta em berros, mas esquece do medo

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Assim como em A Noiva, o diretor Podgaevskiy – que também assina o roteiro – usa uma premissa curiosa, mas esta parece ser a única arma que ele tem. Ao termos uma boa ideia para um longa, é preciso desenvolvê-la para que permaneça cativante durante toda a projeção. Desta forma, podemos ter premissas cansadas desenvolvidas em bons roteiros e vice versa. Infelizmente, esta é a segunda bola na trave consecutiva para o cineasta russo. Jovem, nascido em Moscou, aos 35 anos, Podgaevskiy tem muita vontade, isso dá para notar. E seu talento é promissor. A parte técnica novamente precisa ser enaltecida, assim como em A Noiva. O diretor cria uma boa atmosfera e um clima verdadeiramente gélido para compôr suas cenas – muito tirado diretamente do cinemão Hollywoodiano do gênero.

Na trama, uma família é amaldiçoada por uma figura feminina, que parece hipnotizar os homens e levar seus entes queridos. A maldição da moça ainda envolve elementos com água. Assim como em A Noiva, a personagem de Agalakova, a mocinha, entra de gaiata nesta história, já que a tal família amaldiçoada é a de seu namorado. A loirinha provavelmente disputa o título de Scream Queen russa. Mas sua personagem é tão tapada quanto a de A Noiva. Os mesmos elementos estão presentes nos dois filmes: uma família desajustada que esconde um segredo nefasto e sobrenatural, uma casa sinistra no meio do mato, uma mocinha totalmente alheia a tudo, e uma figura feminina assombrada como antagonista.

Como dito, o roteiro não faz muito para desenvolver esta mitologia. Ou sequer explora propriamente a lenda em volta da mulher. Nada de novo é minimamente tentado, e o filme apenas reedita tudo o que você já imagina dos mais batidos clichês de filmes do gênero. No entanto, não é apenas o roteiro que deixa a desejar, a edição é igualmente capenga. Até mesmo para se criar jump scares eficientes é preciso dominar a técnica. Coisa que a edição não faz muito bem. Em determinados momentos, após o susto, a cena é cortada automaticamente para outra – sem dar tempo para a audiência reagir ao susto. Seria o mesmo que cortar na punch line de uma piada, sem deixar o público rir dela. Fora isso, é de deixar pasmo perceber que A Sereia tenta assustar com uma porta de armário fechando em uma mão.

Não bastasse todo este mau agouro – obviamente, fora das telas para nós, os espectadores, A Sereia tem a maior das caras de pau ao não cumprir sequer a proposta de seu título. Em A Noiva ao menos tínhamos uma noiva amaldiçoada. Em A Sereia, a criatura marinha, metade mulher, metade peixe, foi deixada no churrasco, e tudo o que temos aqui é uma mulher assombrada na água. Seria o mesmo que dizer que a menina de O Chamado é uma seria por estar na água. Bem, por mais este engodo, é necessário tirar o meio ponto contido em A Noiva. Dias melhores para o diretor e o terror russo…

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De fato, estas duas obras são muito parecidas. Antes de escrever este texto, decidi inclusive voltar e ler minha crítica do pavoroso (no mau sentido) A Noiva – que você pode conferir ao final deste parágrafo – para relembrar um pouco minhas impressões sobre o terror. É incrível como todos os argumentos apresentados lá podem ser incluídos aqui também. A Sereia é uma produção igualmente genérica, recheada de jump scares mal ajambrados e com um roteiro pífio, a todo instante se segurando por um fiapo. Não me perguntem se tenho vontade de conferir A Dama do Espelho: O Ritual das Trevas (2015), primeiro longa do sujeito…

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Assim como em A Noiva, o diretor Podgaevskiy – que também assina o roteiro – usa uma premissa curiosa, mas esta parece ser a única arma que ele tem. Ao termos uma boa ideia para um longa, é preciso desenvolvê-la para que permaneça cativante durante toda a projeção. Desta forma, podemos ter premissas cansadas desenvolvidas em bons roteiros e vice versa. Infelizmente, esta é a segunda bola na trave consecutiva para o cineasta russo. Jovem, nascido em Moscou, aos 35 anos, Podgaevskiy tem muita vontade, isso dá para notar. E seu talento é promissor. A parte técnica novamente precisa ser enaltecida, assim como em A Noiva. O diretor cria uma boa atmosfera e um clima verdadeiramente gélido para compôr suas cenas – muito tirado diretamente do cinemão Hollywoodiano do gênero.

Na trama, uma família é amaldiçoada por uma figura feminina, que parece hipnotizar os homens e levar seus entes queridos. A maldição da moça ainda envolve elementos com água. Assim como em A Noiva, a personagem de Agalakova, a mocinha, entra de gaiata nesta história, já que a tal família amaldiçoada é a de seu namorado. A loirinha provavelmente disputa o título de Scream Queen russa. Mas sua personagem é tão tapada quanto a de A Noiva. Os mesmos elementos estão presentes nos dois filmes: uma família desajustada que esconde um segredo nefasto e sobrenatural, uma casa sinistra no meio do mato, uma mocinha totalmente alheia a tudo, e uma figura feminina assombrada como antagonista.

Como dito, o roteiro não faz muito para desenvolver esta mitologia. Ou sequer explora propriamente a lenda em volta da mulher. Nada de novo é minimamente tentado, e o filme apenas reedita tudo o que você já imagina dos mais batidos clichês de filmes do gênero. No entanto, não é apenas o roteiro que deixa a desejar, a edição é igualmente capenga. Até mesmo para se criar jump scares eficientes é preciso dominar a técnica. Coisa que a edição não faz muito bem. Em determinados momentos, após o susto, a cena é cortada automaticamente para outra – sem dar tempo para a audiência reagir ao susto. Seria o mesmo que cortar na punch line de uma piada, sem deixar o público rir dela. Fora isso, é de deixar pasmo perceber que A Sereia tenta assustar com uma porta de armário fechando em uma mão.

Não bastasse todo este mau agouro – obviamente, fora das telas para nós, os espectadores, A Sereia tem a maior das caras de pau ao não cumprir sequer a proposta de seu título. Em A Noiva ao menos tínhamos uma noiva amaldiçoada. Em A Sereia, a criatura marinha, metade mulher, metade peixe, foi deixada no churrasco, e tudo o que temos aqui é uma mulher assombrada na água. Seria o mesmo que dizer que a menina de O Chamado é uma seria por estar na água. Bem, por mais este engodo, é necessário tirar o meio ponto contido em A Noiva. Dias melhores para o diretor e o terror russo…

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