domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Última Dança – Simpático filme suíço que bate na tecla da arte no combate ao ócio [Festival do Rio 2022]

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O luto e as maneiras que o protagonista encontra para passar por essa situação acabam sendo o grande ponto de partida do projeto que foi exibido no Festival de Locarno, Festival do Rio 2022 e foi o filme de abertura do Nono Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo, Última Dança. Escrito e dirigido pela cineasta suíça Delphine Lehericey, o filme possui um leve toque de comédia mas não chega às barreiras do melodrama, leva o público por um caminho bastante objetivo encontrando soluções lógicas para os conflitos, além de refletir sobre a aproximação para um universo das artes através da saudade.

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Na trama, conhecemos o ocioso Germain (François Berléand), um homem já com certa idade, beirando aos 70 e poucos anos, que gosta de escrever e vive dias tranquilos com a esposa em uma casa confortável. Quando ela é chamada para uma remontagem de um espetáculo de dança, dias antes de começar os ensaios, acaba falecendo. Seus filhos se mobilizam para ajudá-lo a passar por essa perda tão recente. Germain fica arrasado e para lidar com o luto, passando por todos os seus estágios, resolve participar do espetáculo no lugar da esposa. Só que ele faz isso escondendo a informação dos filhos, situação que gera mais alguns conflitos.

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Há um certo romantismo durante esse recorte sobre o luto, também nas maneiras que o corpo pode representar os sentimentos. Esse rompimento do vínculo do amor, da pessoa que está mais próxima de Germain durante toda sua vida, é a força dessa história. O roteiro explora o abstrato (buscando encontrar sentidos), amor, a ausência, uma redescoberta do viver, também a saudade em alguns momentos. Há um protagonista em conflito, confuso, que usa de sua teimosia para cumprir com o desejo da esposa. A sua caminhada chegando pela arte no combate ao ócio é uma questão existencialista que fica implícita.

Delphine Lehericey conduz com muita delicadeza essa história que esbarra nos clichês mas sem deixar de lado um carisma contagiante. O desabrochar para o fascinante universo da dança não deixa de ser uma inspiração. Germain, que antes de ter coragem para convidar a futura esposa para sair pela primeira vez, trocou cartas com a amada por um ano, era um acomodado, descrente, que acaba descobrindo na dança uma maneira de sempre estar com as lembranças presentes de um alguém que nunca deixará de amar.

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O luto e as maneiras que o protagonista encontra para passar por essa situação acabam sendo o grande ponto de partida do projeto que foi exibido no Festival de Locarno, Festival do Rio 2022 e foi o filme de abertura do Nono Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo, Última Dança. Escrito e dirigido pela cineasta suíça Delphine Lehericey, o filme possui um leve toque de comédia mas não chega às barreiras do melodrama, leva o público por um caminho bastante objetivo encontrando soluções lógicas para os conflitos, além de refletir sobre a aproximação para um universo das artes através da saudade.

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Na trama, conhecemos o ocioso Germain (François Berléand), um homem já com certa idade, beirando aos 70 e poucos anos, que gosta de escrever e vive dias tranquilos com a esposa em uma casa confortável. Quando ela é chamada para uma remontagem de um espetáculo de dança, dias antes de começar os ensaios, acaba falecendo. Seus filhos se mobilizam para ajudá-lo a passar por essa perda tão recente. Germain fica arrasado e para lidar com o luto, passando por todos os seus estágios, resolve participar do espetáculo no lugar da esposa. Só que ele faz isso escondendo a informação dos filhos, situação que gera mais alguns conflitos.

Há um certo romantismo durante esse recorte sobre o luto, também nas maneiras que o corpo pode representar os sentimentos. Esse rompimento do vínculo do amor, da pessoa que está mais próxima de Germain durante toda sua vida, é a força dessa história. O roteiro explora o abstrato (buscando encontrar sentidos), amor, a ausência, uma redescoberta do viver, também a saudade em alguns momentos. Há um protagonista em conflito, confuso, que usa de sua teimosia para cumprir com o desejo da esposa. A sua caminhada chegando pela arte no combate ao ócio é uma questão existencialista que fica implícita.

Delphine Lehericey conduz com muita delicadeza essa história que esbarra nos clichês mas sem deixar de lado um carisma contagiante. O desabrochar para o fascinante universo da dança não deixa de ser uma inspiração. Germain, que antes de ter coragem para convidar a futura esposa para sair pela primeira vez, trocou cartas com a amada por um ano, era um acomodado, descrente, que acaba descobrindo na dança uma maneira de sempre estar com as lembranças presentes de um alguém que nunca deixará de amar.

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