domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | A Verdade em Segredo – Péssimo suspense sobre terrorismo com Jamie Lee Curtis

YouTube video

Depois de lançar seus primeiros filmes originais – em sua maioria, comédias – a TNT chegou essa semana com o suspense político ‘A Verdade em Segredo’, que, já nos primeiros minutos já levanta a suspeita de ser um dos piores filmes lançados esse ano em todas as plataformas.

Elizabeth Lamm (a monótona Tika Sumpter), ou Libby, é uma pessoa que fez alguma coisa no passado e que, nos primeiros momentos, a gente não sabe o que é, mas aparentemente é algo muito grave e tem alguma coisa a ver com a alta cúpula do governo estadunidense, encabeçado pela vice-presidente (Jamie Lee Curtis, tão forçada que faz a gente se perguntar o que a fez aceitar esse papel). Corta para: Elizabeth entrando em uma universidade, há um protesto na porta, a gente não sabe o que está acontecendo. Elizabeth vai dar aula nessa universidade, a gente não sabe como ela foi do alto-escalão do governo pra se tornar uma professora, mas segue o baile. A câmera foca num estudante com um semblante de chuchu, Martin Salhi (Ben Tavassoli completamente entediado), e fica seguindo ele pra cima e pra baixo, às vezes alternando para Elizabeth – e a conexão entre eles só vai ser revelada no terceiro arco do filme.



Olha… fica complicado. O roteiro é construído dessa forma aí que dissemos, alternando o momento atual com flashbacks do episódio decisivo ocorrido quatro anos antes, em 19 de junho, e isso é extremamente confuso, até porque o filme não revela o que foi o que aconteceu nem o porquê de Elizabeth temer pela própria vida o tempo todo. Sem contar pro espectador o que é, a gente não consegue criar uma conexão com a história. As revelações só aparecem na meia hora final, e, quando ocorrem, impacta em zero por cento o espectador.

Assista também:
YouTube video


O trabalho do diretor Joe Chappelle poderia ter sido bem mais firme, afinal, mesmo com um roteiro estranho, é papel do diretor conseguir um melhor resultado do conjunto da obra, então, entre outras coisas, poderia ter cobrado melhor entrega de seu elenco, que parece desconfortável e sem uma orientação básica sobre como atribuir emoção aos seus personagens.

Sem querer dar spoilers (afinal, descobrir qual é o tal segredo de ‘A Verdade em Segredo’ é o grande acontecimento deste filme, que não traz nada de novo, e, pior, reforça a construção paranoica estadunidense de que existe um grande inimigo à espreita doido para destruir a hegemonia daquele país), ‘A Verdade em Segredo’ é um desses filmes que devem ser vistos na parte da noite, pois funciona como um ótimo potencializador de sono – algo que estamos precisando nesses dias de reclusão.

YouTube video

Mais notícias...

Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
372,000SeguidoresSeguir
1,620,000SeguidoresSeguir
195,000SeguidoresSeguir
162,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS

Crítica | A Verdade em Segredo – Péssimo suspense sobre terrorismo com Jamie Lee Curtis

Depois de lançar seus primeiros filmes originais – em sua maioria, comédias – a TNT chegou essa semana com o suspense político ‘A Verdade em Segredo’, que, já nos primeiros minutos já levanta a suspeita de ser um dos piores filmes lançados esse ano em todas as plataformas.

Elizabeth Lamm (a monótona Tika Sumpter), ou Libby, é uma pessoa que fez alguma coisa no passado e que, nos primeiros momentos, a gente não sabe o que é, mas aparentemente é algo muito grave e tem alguma coisa a ver com a alta cúpula do governo estadunidense, encabeçado pela vice-presidente (Jamie Lee Curtis, tão forçada que faz a gente se perguntar o que a fez aceitar esse papel). Corta para: Elizabeth entrando em uma universidade, há um protesto na porta, a gente não sabe o que está acontecendo. Elizabeth vai dar aula nessa universidade, a gente não sabe como ela foi do alto-escalão do governo pra se tornar uma professora, mas segue o baile. A câmera foca num estudante com um semblante de chuchu, Martin Salhi (Ben Tavassoli completamente entediado), e fica seguindo ele pra cima e pra baixo, às vezes alternando para Elizabeth – e a conexão entre eles só vai ser revelada no terceiro arco do filme.

Olha… fica complicado. O roteiro é construído dessa forma aí que dissemos, alternando o momento atual com flashbacks do episódio decisivo ocorrido quatro anos antes, em 19 de junho, e isso é extremamente confuso, até porque o filme não revela o que foi o que aconteceu nem o porquê de Elizabeth temer pela própria vida o tempo todo. Sem contar pro espectador o que é, a gente não consegue criar uma conexão com a história. As revelações só aparecem na meia hora final, e, quando ocorrem, impacta em zero por cento o espectador.

O trabalho do diretor Joe Chappelle poderia ter sido bem mais firme, afinal, mesmo com um roteiro estranho, é papel do diretor conseguir um melhor resultado do conjunto da obra, então, entre outras coisas, poderia ter cobrado melhor entrega de seu elenco, que parece desconfortável e sem uma orientação básica sobre como atribuir emoção aos seus personagens.

Sem querer dar spoilers (afinal, descobrir qual é o tal segredo de ‘A Verdade em Segredo’ é o grande acontecimento deste filme, que não traz nada de novo, e, pior, reforça a construção paranoica estadunidense de que existe um grande inimigo à espreita doido para destruir a hegemonia daquele país), ‘A Verdade em Segredo’ é um desses filmes que devem ser vistos na parte da noite, pois funciona como um ótimo potencializador de sono – algo que estamos precisando nesses dias de reclusão.

YouTube video
Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
372,000SeguidoresSeguir
1,620,000SeguidoresSeguir
195,000SeguidoresSeguir
162,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS