sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | ‘Acampamento Jurássico’ – Série de Animação Resgata o Melhor da Franquia ‘Jurassic Park’

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A franquia ‘Jurassic Park’, iniciada em 1993 e popularizada pela direção de Steven Spielberg, fez tanto sucesso à época de seu lançamento que ganhou mais duas sequências, as quais fecharam um importante ciclo. Aí então, por conta desse mesmo sucesso, a franquia ganhou um novo bloco sequencial, com ‘Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros’ em 2015 e, em 2018, ‘Jurassic World: Reino Ameaçado’, sendo que atualmente está em gravação a última parte dessa trilogia, ‘Jurassic World: Dominação’, com previsão de estreia em 2021. Diante de um projeto tão longevo e lucrativo, mais uma derivação chega ao público agora, dessa vez no formato de série animada original da Netflix, com o nome ‘Jurassic World: Acampamento Jurássico’.



Darius (Paul-Mikél Williams) é um jovem fanático por dinossauros. Um dia, ele descobre que quem zerar o jogo de ‘Jurassic Park’ ganhará um ingresso para visitar o ‘Jurassic World: Acampamento Jurássico’, e ele se dedica a isso até conseguir. Uma vez no acampamento, ele conhece Brooklynn (Jenna Ortega), Ben (Sean Giambrone), Yasmina (Kausar Mohammed), Kenji (Ryan Porter) e Sammy (Raini Rodriguez), com quem irá viver diversas aventuras num acampamento que deveria ser apenas diversão, mas acaba virando uma verdadeira jornada de sobrevivência.

Dividido em oito episódios curtinhos com menos de trinta minutos cada, o roteiro escrito por sete pessoas e desenvolvido por Zack Stenz (baseado no livro de Michael Crichton) apresenta uma subtrama (ou miniaventura) em cada capítulo, que, juntas, fazem a história da temporada andar. Isso significa que caso os capítulos sejam assistidos fora da ordem, o espectador pode perder alguma peça do quebra-cabeças.

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O roteiro geral de ‘Acampamento Jurássico’ é recheado de aventuras, um pouco até demais. Os jovens protagonistas ficam o tempo todo se metendo em uma enrascada, livres na Ilha Nublar sem a supervisão constante de um adulto. É sério! Eles se metem em tantas desventuras que, a partir do episódio 5, os próprios personagens começam a questionar a segurança e funcionalidade do parque, se perguntam por que os adultos os deixam sozinho e o quê estão fazendo ali. Isso é um pequeno sinal de que o enredo deu uma abusada nas subtramas – e, consequentemente, acabou encontrando algumas soluções meio óbvias e/ou forçando a barra para desenvolver os backgrounds dos personagens com histórias meio exageradas.

Chama atenção o fato de ‘Jurassic World: Acampamento Jurássico’ ter ganhado classificação livre na Netflix. Embora sua estética seja realmente incrível, com um alto grau de realismo tátil – tornando extremamente convincente as superfícies da pele dos T-rex, por exemplo, ou do cabelo de Darius –, a trama possui cenas ao mesmo tempo bastaaaante infantis (especialmente nos primeiros quatro episódios, com repetições de indução de vômitos e outras escatologias) e um bocado adultas (cenas que dão a entender que os dinossauros literalmente comeram pessoas, matando-as). Estas cenas são bastante evidentes, e, embora tenham esse visual meio de videogame, talvez as crianças muito pequenas se sintam incomodadas com a pegada mais de terror/adulto que ocorre na segunda metade da temporada.

Embora não consiga definir por qual público alvo quer atingir, ‘Jurassic World: Acampamento Jurássico’ é uma série super ágil, que resgata o que há de melhor das cenas mais marcantes dos filmes da franquia e as recria inserindo-as universo mais jovem e animado da série, o que garante não só a antecipação do espectador, como também a identificação memorialística e a torcida inconsciente de quem assiste. Assim, a trama ganha muito ritmo, que, associado ao deslumbrante trabalho dos efeitos visuais, faz a gente constantemente esquecer que está assistindo a um desenho animado.

Jurassic World: Acampamento Jurássico’, salvo alguns exageros, é uma aventura serial tão bem feita, que imerge o espectador de volta ao incrível mundo de ‘Jurassic Park’ e faz a gente acreditar que os dinossauros existem.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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A franquia ‘Jurassic Park’, iniciada em 1993 e popularizada pela direção de Steven Spielberg, fez tanto sucesso à época de seu lançamento que ganhou mais duas sequências, as quais fecharam um importante ciclo. Aí então, por conta desse mesmo sucesso, a franquia ganhou um novo bloco sequencial, com ‘Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros’ em 2015 e, em 2018, ‘Jurassic World: Reino Ameaçado’, sendo que atualmente está em gravação a última parte dessa trilogia, ‘Jurassic World: Dominação’, com previsão de estreia em 2021. Diante de um projeto tão longevo e lucrativo, mais uma derivação chega ao público agora, dessa vez no formato de série animada original da Netflix, com o nome ‘Jurassic World: Acampamento Jurássico’.

Darius (Paul-Mikél Williams) é um jovem fanático por dinossauros. Um dia, ele descobre que quem zerar o jogo de ‘Jurassic Park’ ganhará um ingresso para visitar o ‘Jurassic World: Acampamento Jurássico’, e ele se dedica a isso até conseguir. Uma vez no acampamento, ele conhece Brooklynn (Jenna Ortega), Ben (Sean Giambrone), Yasmina (Kausar Mohammed), Kenji (Ryan Porter) e Sammy (Raini Rodriguez), com quem irá viver diversas aventuras num acampamento que deveria ser apenas diversão, mas acaba virando uma verdadeira jornada de sobrevivência.

Dividido em oito episódios curtinhos com menos de trinta minutos cada, o roteiro escrito por sete pessoas e desenvolvido por Zack Stenz (baseado no livro de Michael Crichton) apresenta uma subtrama (ou miniaventura) em cada capítulo, que, juntas, fazem a história da temporada andar. Isso significa que caso os capítulos sejam assistidos fora da ordem, o espectador pode perder alguma peça do quebra-cabeças.

O roteiro geral de ‘Acampamento Jurássico’ é recheado de aventuras, um pouco até demais. Os jovens protagonistas ficam o tempo todo se metendo em uma enrascada, livres na Ilha Nublar sem a supervisão constante de um adulto. É sério! Eles se metem em tantas desventuras que, a partir do episódio 5, os próprios personagens começam a questionar a segurança e funcionalidade do parque, se perguntam por que os adultos os deixam sozinho e o quê estão fazendo ali. Isso é um pequeno sinal de que o enredo deu uma abusada nas subtramas – e, consequentemente, acabou encontrando algumas soluções meio óbvias e/ou forçando a barra para desenvolver os backgrounds dos personagens com histórias meio exageradas.

Chama atenção o fato de ‘Jurassic World: Acampamento Jurássico’ ter ganhado classificação livre na Netflix. Embora sua estética seja realmente incrível, com um alto grau de realismo tátil – tornando extremamente convincente as superfícies da pele dos T-rex, por exemplo, ou do cabelo de Darius –, a trama possui cenas ao mesmo tempo bastaaaante infantis (especialmente nos primeiros quatro episódios, com repetições de indução de vômitos e outras escatologias) e um bocado adultas (cenas que dão a entender que os dinossauros literalmente comeram pessoas, matando-as). Estas cenas são bastante evidentes, e, embora tenham esse visual meio de videogame, talvez as crianças muito pequenas se sintam incomodadas com a pegada mais de terror/adulto que ocorre na segunda metade da temporada.

Embora não consiga definir por qual público alvo quer atingir, ‘Jurassic World: Acampamento Jurássico’ é uma série super ágil, que resgata o que há de melhor das cenas mais marcantes dos filmes da franquia e as recria inserindo-as universo mais jovem e animado da série, o que garante não só a antecipação do espectador, como também a identificação memorialística e a torcida inconsciente de quem assiste. Assim, a trama ganha muito ritmo, que, associado ao deslumbrante trabalho dos efeitos visuais, faz a gente constantemente esquecer que está assistindo a um desenho animado.

Jurassic World: Acampamento Jurássico’, salvo alguns exageros, é uma aventura serial tão bem feita, que imerge o espectador de volta ao incrível mundo de ‘Jurassic Park’ e faz a gente acreditar que os dinossauros existem.

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