sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Adeus, Borboleta – Suspense alternativo chega para aluguel nas plataformas digitais

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Os fãs de um determinado gênero de filme costumam querer assistir a tudo que é lançado nesse nicho, seja um blockbuster ou uma produção alternativa. Quando abrimos a leque de possibilidades, as ofertas aumentam, e, no vasto mundo de produções de um gênero como o suspense, por exemplo, é possível encontrar verdadeiras pérolas espremidas entre um arrasta quarteirão e outro, ou, ainda, encontrar os primeiros trabalhos de um novo diretor ou diretora de cinema que, quem sabe, a longo prazo, pode se tornar alguém de renome no mercado. Exemplo desse segundo grupo, chega agora às plataformas de aluguel sob demanda o thrillerAdeus, Borboleta’.



Ryan (Adam Donshik), Jessie (Jennifer Adams) e Mia (Addison Ross) são a família perfeita. Mia é uma criança superinteligente e de opinião forte. Mas, quando Mia, que é o centro do mundo dessa família, desaparece, o que sobra? Para Ryan restam vingança, justiça ou apenas pura raiva quando sua filha, Mia, é sequestrada e brutalmente assassinada. O suspeito imediato é o vizinho, Stan Granger (Andy Lauer, de ‘Homem de Ferro 3’). Convencido de que vê um dos brinquedos favoritos de sua filha nas mãos de Granger, Ryan parte para um caminho de vingança. Ryan sabe que sozinho não conseguirá, então se volta para um velho companheiro de boxe e o único ex-presidiário que ele conhece para pôr em prática um plano completamente insano: sequestrar Stan e forçá-lo a confessar.

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Escrito e dirigido por Tyler Wayne – que também interpreta o melhor amigo e ex-presidiário que topa entrar na furada com Ryan sem se importar com o que isso poderia causar em sua vida –, em pouco mais de uma hora e meia de duração ‘Adeus, Borboleta’ demonstra ser um suspense bem, bem fraquinho, desses que a gente tem a nítida impressão de que é o primeiro (ou um dos primeiros) trabalhos do cara como diretor. E tudo bem que seja, pois é dando as caras mesmo que se ganha experiência no ramo e se aprende.

Acontece que, enquanto suspense, ‘Adeus, Borboleta’ deixa em muito a desejar. Todo o drama da criança desaparecida e o esperado desespero da família é acelerado no tempo logo no início, como se não fosse o cerne do longa; depois que a criança é dada como falecida, o protagonista parte numa missão de encontrar o verdadeiro culpado, e, logo de cara, recai em um suspeito que, por sua vez, se torna o único suspeito de todo o filme. Assim, todo aquele jogo de enganar o espectador, dar uma série de possibilidades e, no final, trazer uma reviravolta reveladora não acontece nesta produção.

Com uma direção bem irregular, que decidiu inserir uma mesma música enjoada de piano em todas as cenas dramáticas e de transição, ‘Adeus, Borboleta’ é um thriller bem sonolentinho, que tinha até potencial, mas cujo resultado final se aproxima mais de uma produção de fim de curso de um estudante que está ganhando firmeza no mercado de trabalho. Vale para assistir algo de um diretor novo na área, se você for desses que gosta de encontrar novos talentos no mundo da sétima arte.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Os fãs de um determinado gênero de filme costumam querer assistir a tudo que é lançado nesse nicho, seja um blockbuster ou uma produção alternativa. Quando abrimos a leque de possibilidades, as ofertas aumentam, e, no vasto mundo de produções de um gênero como o suspense, por exemplo, é possível encontrar verdadeiras pérolas espremidas entre um arrasta quarteirão e outro, ou, ainda, encontrar os primeiros trabalhos de um novo diretor ou diretora de cinema que, quem sabe, a longo prazo, pode se tornar alguém de renome no mercado. Exemplo desse segundo grupo, chega agora às plataformas de aluguel sob demanda o thrillerAdeus, Borboleta’.

Ryan (Adam Donshik), Jessie (Jennifer Adams) e Mia (Addison Ross) são a família perfeita. Mia é uma criança superinteligente e de opinião forte. Mas, quando Mia, que é o centro do mundo dessa família, desaparece, o que sobra? Para Ryan restam vingança, justiça ou apenas pura raiva quando sua filha, Mia, é sequestrada e brutalmente assassinada. O suspeito imediato é o vizinho, Stan Granger (Andy Lauer, de ‘Homem de Ferro 3’). Convencido de que vê um dos brinquedos favoritos de sua filha nas mãos de Granger, Ryan parte para um caminho de vingança. Ryan sabe que sozinho não conseguirá, então se volta para um velho companheiro de boxe e o único ex-presidiário que ele conhece para pôr em prática um plano completamente insano: sequestrar Stan e forçá-lo a confessar.

Escrito e dirigido por Tyler Wayne – que também interpreta o melhor amigo e ex-presidiário que topa entrar na furada com Ryan sem se importar com o que isso poderia causar em sua vida –, em pouco mais de uma hora e meia de duração ‘Adeus, Borboleta’ demonstra ser um suspense bem, bem fraquinho, desses que a gente tem a nítida impressão de que é o primeiro (ou um dos primeiros) trabalhos do cara como diretor. E tudo bem que seja, pois é dando as caras mesmo que se ganha experiência no ramo e se aprende.

Acontece que, enquanto suspense, ‘Adeus, Borboleta’ deixa em muito a desejar. Todo o drama da criança desaparecida e o esperado desespero da família é acelerado no tempo logo no início, como se não fosse o cerne do longa; depois que a criança é dada como falecida, o protagonista parte numa missão de encontrar o verdadeiro culpado, e, logo de cara, recai em um suspeito que, por sua vez, se torna o único suspeito de todo o filme. Assim, todo aquele jogo de enganar o espectador, dar uma série de possibilidades e, no final, trazer uma reviravolta reveladora não acontece nesta produção.

Com uma direção bem irregular, que decidiu inserir uma mesma música enjoada de piano em todas as cenas dramáticas e de transição, ‘Adeus, Borboleta’ é um thriller bem sonolentinho, que tinha até potencial, mas cujo resultado final se aproxima mais de uma produção de fim de curso de um estudante que está ganhando firmeza no mercado de trabalho. Vale para assistir algo de um diretor novo na área, se você for desses que gosta de encontrar novos talentos no mundo da sétima arte.

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