domingo , 24 novembro , 2024

Crítica | Adorável Louise: 38ª Mostra de Cinema de SP

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ADORÁVEL E ELEGANTE

 

Nem só de filmes chocantes, bizarros ou que busquem quebrar a narrativa clássica se faz uma Mostra de Cinema. Nem todos entram na clássica ideia de “filme de festival”. Adorável Louise (Lovely Louise), da diretora suíça Bettina Oberli, não entraria na classe que minha mãe chama de “esses filmes malucos”. Ele nem parece um filme de festival. Com uma narrativa clássica, Adorável Louise faria razoável sucesso no circuitão.



Oberli, que também é roteirista, em tudo adota uma linguagem clássica, e saiu-se muito bem. A direção adota quase uma câmera invisível, com cortes que não se notam, movimentações comedidas e, no geral, planos clássicos. Em termos de enquadramentos, chama atenção a similaridade de alguns planos conjuntos usados por Oberli com aqueles que vemos nos filmes de Wes Anderson.

Mas, o que deve chamar mais a atenção do espectador é a história. Adorável Louise segue, claro, um roteiro clássico. No primeiro ato, conhecemos André (Stefan Kurt), um taxista na casa dos 50, que mora com sua mãe, Louise (Annemarie Düringer), uma atriz de cinema aposentada. André tem toda sua vida dedicada à sua mãe, o que dificultará o envolvimento com Steffi (Nina Proll).

Devidamente aclimatados, surge Bill (Stanley Townsend), supostamente, filho que Louise teve quando morou nos Estados Unidos. E eis que conhecemos o problema essencial da trama. Claro, haverá confusões, uma suposta resolução dos conflitos, até que a questão é encerrada. No terceiro ato, um novo acontecimento conclui a transformação de André. Enfim, um roteiro clássico.

Além de suas qualidades técnicas, o filme mantém-se por personagens cativantes e história de fácil identificação. Não chega a ser uma obra-prima, não é um estonteante filme de festival, mas é um agradável filme normal.

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Oberli, que também é roteirista, em tudo adota uma linguagem clássica, e saiu-se muito bem. A direção adota quase uma câmera invisível, com cortes que não se notam, movimentações comedidas e, no geral, planos clássicos. Em termos de enquadramentos, chama atenção a similaridade de alguns planos conjuntos usados por Oberli com aqueles que vemos nos filmes de Wes Anderson.

Mas, o que deve chamar mais a atenção do espectador é a história. Adorável Louise segue, claro, um roteiro clássico. No primeiro ato, conhecemos André (Stefan Kurt), um taxista na casa dos 50, que mora com sua mãe, Louise (Annemarie Düringer), uma atriz de cinema aposentada. André tem toda sua vida dedicada à sua mãe, o que dificultará o envolvimento com Steffi (Nina Proll).

Devidamente aclimatados, surge Bill (Stanley Townsend), supostamente, filho que Louise teve quando morou nos Estados Unidos. E eis que conhecemos o problema essencial da trama. Claro, haverá confusões, uma suposta resolução dos conflitos, até que a questão é encerrada. No terceiro ato, um novo acontecimento conclui a transformação de André. Enfim, um roteiro clássico.

Além de suas qualidades técnicas, o filme mantém-se por personagens cativantes e história de fácil identificação. Não chega a ser uma obra-prima, não é um estonteante filme de festival, mas é um agradável filme normal.

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