domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Agente das Sombras – Um baqueado Liam Neeson estrela mais um Cansativo Filme de Ação

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Sim, ele está de volta novamente mais uma vez. O incansável Liam Neeson retorna aos cinemas brasileiros essa semana no filme de açãoAgente das Sombras’, para o deleite dos cinéfilos que adoram uma pipoquinha no escurinho do cinema enquanto acompanha as muitas estripulias do ator indicado ao Oscar em 1993. Só que dessa vez, o incansável Liam Neeson não está tão incansável assim.



Travis Block (Liam Neeson) trabalha em um emprego que não existe, e é bastante incomum: ele salva agentes infiltrados das encrencas em que se metem. E isso significa basicamente se colocar em risco o tempo todo, pois tem que resgatar agentes encurralados na linha de tiro e até mesmo cuidar da saúde mental deles depois. Um trabalho ingrato, é verdade, e isso desperta diversos gatilhos na cabeça do próprio Block, que se tornou um homem velho e paranoico-obsessivo, tendo que realizar cada tarefa três vezes para se certificar de que está tudo certinho. Porém, quando recebe a missão de livrar da prisão o agente Dusty (Taylor John Smith) após o atropelamento da candidata Sofia Flores (Mel Jarson), o rapaz decide abrir o bico para a repórter Mira (Emmy Raver-Lampman), o que complica para o seu lado. Assim, a mando de Robinson (Aidan Quinn), diretor do FBI, Block terá que consertar as coisas… até descobrir que nem tudo é o que parece ser.

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Felizmente com apenas uma hora e meia de duração, ‘Agente das Sombras’ se propõe ser um filme de ação com um quê de suspense conspiratório, mas não entrega um filme à altura da expectativa. A ação, propriamente dita, é muito pouquinha: a maioria das cenas são perseguições de carros sem grandes emoções ou perseguições a pé mesmo, quase sempre sendo interrompidas pelo evidente cansaço de seu protagonista; a conspiração ocupa a maior parte do enredo, mas é tão mal trabalhada que nada convence como empecilho nem como solução na trama. De fato, só há mesmo uma cena de ação legal, já quase no fim do filme.

O roteiro de Nick May e Brandon Reavis tenta construir um grande evento conspiratório, desses capazes de destruir uma importante organização dos EUA, mas tanto o elenco quanto a história não conseguem transmitir esse impacto todo. Com um argumento batido do espião que sabia demais versus governo, ‘Agente das Sombras’ coloca de lado toda essa possível conspiração para centrar o filme na história de um sujeito com mais de sessenta anos, que desde o início do filme pede pra se aposentar, que fica correndo com dificuldades e não transparece a segurança que deveria passar. Esse ponto é um dos muitos relapsos da direção de Mark Williams, que, ao final, parece ter pressa em encerrar sua produção e envelopa tudo rapidamente para arranjar uma solução digerível.

Agente das Sombras’ traz novamente Liam Neeson no protagonismo de um filme de ação, mas, dessa vez, não só a história é cansativa e batida, mas a própria atuação do ator dá uma cansada em quem está assistindo. Sem nos convencer de que ele ainda é o maioral do gênero e sem a boa vontade do próprio Liam, vai ficando difícil continuar acreditando que ele ainda consegue salvar o mundo nesse tipo de filme.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Travis Block (Liam Neeson) trabalha em um emprego que não existe, e é bastante incomum: ele salva agentes infiltrados das encrencas em que se metem. E isso significa basicamente se colocar em risco o tempo todo, pois tem que resgatar agentes encurralados na linha de tiro e até mesmo cuidar da saúde mental deles depois. Um trabalho ingrato, é verdade, e isso desperta diversos gatilhos na cabeça do próprio Block, que se tornou um homem velho e paranoico-obsessivo, tendo que realizar cada tarefa três vezes para se certificar de que está tudo certinho. Porém, quando recebe a missão de livrar da prisão o agente Dusty (Taylor John Smith) após o atropelamento da candidata Sofia Flores (Mel Jarson), o rapaz decide abrir o bico para a repórter Mira (Emmy Raver-Lampman), o que complica para o seu lado. Assim, a mando de Robinson (Aidan Quinn), diretor do FBI, Block terá que consertar as coisas… até descobrir que nem tudo é o que parece ser.

Felizmente com apenas uma hora e meia de duração, ‘Agente das Sombras’ se propõe ser um filme de ação com um quê de suspense conspiratório, mas não entrega um filme à altura da expectativa. A ação, propriamente dita, é muito pouquinha: a maioria das cenas são perseguições de carros sem grandes emoções ou perseguições a pé mesmo, quase sempre sendo interrompidas pelo evidente cansaço de seu protagonista; a conspiração ocupa a maior parte do enredo, mas é tão mal trabalhada que nada convence como empecilho nem como solução na trama. De fato, só há mesmo uma cena de ação legal, já quase no fim do filme.

O roteiro de Nick May e Brandon Reavis tenta construir um grande evento conspiratório, desses capazes de destruir uma importante organização dos EUA, mas tanto o elenco quanto a história não conseguem transmitir esse impacto todo. Com um argumento batido do espião que sabia demais versus governo, ‘Agente das Sombras’ coloca de lado toda essa possível conspiração para centrar o filme na história de um sujeito com mais de sessenta anos, que desde o início do filme pede pra se aposentar, que fica correndo com dificuldades e não transparece a segurança que deveria passar. Esse ponto é um dos muitos relapsos da direção de Mark Williams, que, ao final, parece ter pressa em encerrar sua produção e envelopa tudo rapidamente para arranjar uma solução digerível.

Agente das Sombras’ traz novamente Liam Neeson no protagonismo de um filme de ação, mas, dessa vez, não só a história é cansativa e batida, mas a própria atuação do ator dá uma cansada em quem está assistindo. Sem nos convencer de que ele ainda é o maioral do gênero e sem a boa vontade do próprio Liam, vai ficando difícil continuar acreditando que ele ainda consegue salvar o mundo nesse tipo de filme.

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