quarta-feira , 25 dezembro , 2024

Crítica | American Horror Story – 8ª Temporada ganha em alguns quesitos e fracassa em outros

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Durante sete anos, a série criada por Ryan Murphy (Glee) e Brad Falchuk (Pose) trouxe diferentes enredos e situações para suas temporadas. O público vivenciou uma casa mal-assombrada, um asilo demoníaco, a era das bruxas, entre tantas outras coisas incluindo fobias e eleições presidenciais. Com pequenos crossovers acontecendo durante essas etapas, eis que finalmente surgiu a oitava temporada trazendo a ideia de um SUPER crossover envolver dois dos mais elogiados anos da produção

‘Apocalypse’ foi ousado ao juntar ‘Murder House’ e ‘Coven’, com ênfase para a última, e apresentar tantos personagens em somente dez episódios. Murphy e Falchuk acertaram em alguns pontos, entretanto, erraram em outros. Vamos lá:



A produção deu início à temporada com três episódios que nada acrescentaram para a trama. Com personagens descartáveis, que mesmo sendo utilizados mais à frente não apresentaram nada de novo ou interessante (e calma, pois chegarei em Timothy (Kyle Allen) e Emily (Ash Santos)). A chegada do querido e admirado Coven conseguiu agitar as coisas e trazer uma perspectiva do que esperar para a finalização desta etapa.

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A verdade é que ‘Apocalypse’ construiu uma temporada boa para se maratonar. Assistir capítulo por capítulo semanalmente causa certa exaustão no espectador e até mesmo perda de interesse. Com muitos elementos sendo apresentados, por algumas vezes, de maneira desordenada, causando desconforto e uma falta de criação de identidade com o todo. É como se assistíssemos o crossover de ‘Coven’ e ‘Murder House’ e ao mesmo tempo um enredo lateral que não deveria nem estar ali em primeiro lugar.

O grande flashback que se construiu até chegar a “batalha final” conta com as melhores cenas desta oitava etapa. É inegável que as bruxas, especialmente Cordelia (Sarah Paulson), Myrtle Snow (Frances Conroy), Madison Montgomery (Emma Roberts) e Mallory (Billie Lourd) foram fundamentais para deixar o roteiro tragável e entregar momentos inesquecíveis ao público. Toda a construção de relacionamento, amizade e irmandade entre as personagens foram fundamentais para entregar a sensação de dever cumprido.

Dito isso, se colocar na lateral os detalhes e personagens acrescentados sem um propósito enriquecedor, ou, como no caso de Jeff Pfister (Evan Peters) e Mutt Nutter (Billy Eichner), sem tantas cenas necessárias, é possível admitir que o roteiro teve uma construção decente ao conectar todos os acontecimentos pré-apocalipse e entregar respostas para as perguntas deixadas em aberto como é o exemplo do retorno de Myrtle. Outro detalhe são as personalidades e importância de Mallory e Coco St. Pierre Vanderbilt (Leslie Grossman) para a narrativa, em evidência a atuação de ambas que estavam no ponto certo o tempo todo. Grossman, inclusive, vai de insuportável e descartável para peça necessária para a conclusão da trama.

Michael Langdon (Cody Fern) versão fim do mundo é uma espécie de Lestat menos assustador. Os momentos do garoto nos flashbacks não conseguem alcançar o mesmo interesse que as bruxas provocam, o que causa inquietação do telespectador que assiste, pois era esperado um vilão mais amedrontador e intrigante do que o rapaz. Fica a dúvida se a culpa está no roteiro ou na atuação de Fern  – que não apresentou grandes coisas desde o início da temporada.

O parágrafo final surpreendeu ao trazer, mesmo que somente por alguns poucos minutos, a realeza do vodu Marie Laveau (Angela Bassett). Uma pena, de fato, que foi por tão pouco tempo. Outro detalhe a destacar é a participação de Constance (Jessica Lange) quando Mallory retorna ao passado para destruir a possibilidade daquele futuro cavernoso. Apesar da morte de Michael não ter sido algo tão estarrecedor quanto se era esperado, a batalha tem coerência com a forma como as bruxas costumam agir: sempre enxergando lá na frente e com cautela.

Por fim, ‘Apocalypse’ deixa abertura para um futuro portador dos últimos dias e com isso justificando a presença dos personagens de Allen e Santos no início da série, quase como se o anticristo já tivesse planejado o encontro. Fato é que não acrescenta em muito na história e deixa uma reticências sem gosto de quero mais. A oitava temporada está longe de ser perfeita, entretanto, é preciso admitir que supera em muito outras que American Horror Story já apresentou e também conta com uma chuva de boas atuações, especialmente por parte do elenco que construí o admirado Coven.

E vocês, gostaram desta temporada?

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Durante sete anos, a série criada por Ryan Murphy (Glee) e Brad Falchuk (Pose) trouxe diferentes enredos e situações para suas temporadas. O público vivenciou uma casa mal-assombrada, um asilo demoníaco, a era das bruxas, entre tantas outras coisas incluindo fobias e eleições presidenciais. Com pequenos crossovers acontecendo durante essas etapas, eis que finalmente surgiu a oitava temporada trazendo a ideia de um SUPER crossover envolver dois dos mais elogiados anos da produção

‘Apocalypse’ foi ousado ao juntar ‘Murder House’ e ‘Coven’, com ênfase para a última, e apresentar tantos personagens em somente dez episódios. Murphy e Falchuk acertaram em alguns pontos, entretanto, erraram em outros. Vamos lá:

A produção deu início à temporada com três episódios que nada acrescentaram para a trama. Com personagens descartáveis, que mesmo sendo utilizados mais à frente não apresentaram nada de novo ou interessante (e calma, pois chegarei em Timothy (Kyle Allen) e Emily (Ash Santos)). A chegada do querido e admirado Coven conseguiu agitar as coisas e trazer uma perspectiva do que esperar para a finalização desta etapa.

A verdade é que ‘Apocalypse’ construiu uma temporada boa para se maratonar. Assistir capítulo por capítulo semanalmente causa certa exaustão no espectador e até mesmo perda de interesse. Com muitos elementos sendo apresentados, por algumas vezes, de maneira desordenada, causando desconforto e uma falta de criação de identidade com o todo. É como se assistíssemos o crossover de ‘Coven’ e ‘Murder House’ e ao mesmo tempo um enredo lateral que não deveria nem estar ali em primeiro lugar.

O grande flashback que se construiu até chegar a “batalha final” conta com as melhores cenas desta oitava etapa. É inegável que as bruxas, especialmente Cordelia (Sarah Paulson), Myrtle Snow (Frances Conroy), Madison Montgomery (Emma Roberts) e Mallory (Billie Lourd) foram fundamentais para deixar o roteiro tragável e entregar momentos inesquecíveis ao público. Toda a construção de relacionamento, amizade e irmandade entre as personagens foram fundamentais para entregar a sensação de dever cumprido.

Dito isso, se colocar na lateral os detalhes e personagens acrescentados sem um propósito enriquecedor, ou, como no caso de Jeff Pfister (Evan Peters) e Mutt Nutter (Billy Eichner), sem tantas cenas necessárias, é possível admitir que o roteiro teve uma construção decente ao conectar todos os acontecimentos pré-apocalipse e entregar respostas para as perguntas deixadas em aberto como é o exemplo do retorno de Myrtle. Outro detalhe são as personalidades e importância de Mallory e Coco St. Pierre Vanderbilt (Leslie Grossman) para a narrativa, em evidência a atuação de ambas que estavam no ponto certo o tempo todo. Grossman, inclusive, vai de insuportável e descartável para peça necessária para a conclusão da trama.

Michael Langdon (Cody Fern) versão fim do mundo é uma espécie de Lestat menos assustador. Os momentos do garoto nos flashbacks não conseguem alcançar o mesmo interesse que as bruxas provocam, o que causa inquietação do telespectador que assiste, pois era esperado um vilão mais amedrontador e intrigante do que o rapaz. Fica a dúvida se a culpa está no roteiro ou na atuação de Fern  – que não apresentou grandes coisas desde o início da temporada.

O parágrafo final surpreendeu ao trazer, mesmo que somente por alguns poucos minutos, a realeza do vodu Marie Laveau (Angela Bassett). Uma pena, de fato, que foi por tão pouco tempo. Outro detalhe a destacar é a participação de Constance (Jessica Lange) quando Mallory retorna ao passado para destruir a possibilidade daquele futuro cavernoso. Apesar da morte de Michael não ter sido algo tão estarrecedor quanto se era esperado, a batalha tem coerência com a forma como as bruxas costumam agir: sempre enxergando lá na frente e com cautela.

Por fim, ‘Apocalypse’ deixa abertura para um futuro portador dos últimos dias e com isso justificando a presença dos personagens de Allen e Santos no início da série, quase como se o anticristo já tivesse planejado o encontro. Fato é que não acrescenta em muito na história e deixa uma reticências sem gosto de quero mais. A oitava temporada está longe de ser perfeita, entretanto, é preciso admitir que supera em muito outras que American Horror Story já apresentou e também conta com uma chuva de boas atuações, especialmente por parte do elenco que construí o admirado Coven.

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