quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Apaixonada – Giovanna Antonelli Empoderada em Comédia Romântica sobre e para Mulheres

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O mês de março é internacionalmente conhecido como o mês da mulher. É o tempo reservado para pensar nas questões, nas angústias, nas reinvindicações, nas pautas, nos anseios e nos desejos das mulheres – todas elas. E também a indústria cinematográfica pensa nessa data com carinho, disponibilizando mais filmes com protagonismo ou pauta feminina nos cinemas e nos streamings. E como carro-chefe para marcar a data nas salas do cinema, estreia, no próximo dia 7 de março, a comédia romântica brasileiraApaixonada’.



Bia (Giovanna Antonelli, que volta a brilhar ao transitar entre a comédia e o drama) está triste porque sua filha, Júlia (Rayssa Bratillieri), viajou para a Argentina para estudar, e ficará um bom tempo por lá. Por outro lado, Bia está animada porque agora ela e o marido, Alfredo (Danton Mello), terão a casa só para eles, e, portanto, pretende apimentar a relação. Porém, para sua imensa surpresa, tão logo a filha viaja, Alfredo comunica à Bia que quer se separar dela. Sem saber o que fazer da própria vida, Bia conta com os conselhos e suporte de seus melhores amigos, Dora (a maravilhosa Polly Marinho) e Jeff (o ótimo Pedroca Monteiro, rostinho novo no mercado) para voltar a aprumar sua bússola emocional, mas Bia não faz ideia de como se reconectar consigo mesma, uma vez que tudo está acontecendo ao mesmo tempo e nada fora planejado.

O que mais chama a atenção em ‘Apaixonada’ é uma atmosfera leve que perpassa toda a narrativa da produção. E o motivo fica evidente ao subir dos créditos: não só o elenco, mas boa parte da ficha técnica é composta por mulheres – e, principalmente, mulheres em posição de comando, como a diretora de arte Priga Costa, a diretora de fotografia Luz Guerra, a diretora de produção Patricia Chamon e o figurino por Natalia Duran e Júlia Melo. Para um filme com essa temática, ter uma equipe essencialmente mulheril realmente imprime a leveza no resultado final.

Em uma hora e meia de duração, ‘Apaixonada’ é aquele filme que mais parece uma conversa entre melhores amigas, bem estilo ‘Sex and The City‘ versão carioca e reunindo todas as personagens em uma única protagonista. As situações são comuns ao universo feminino, os diálogos, naturais, os erros e acertos, válidos. Até mesmo quando as coisas não dão certo para a protagonista, o roteiro de Ana Abreu e Sabrina Garcia baseado na obra ‘Apaixonada Após os 40’, de Cris Souza Fontês – encontra soluções mais suaves para os embates que Bia encontra ao sair novamente para a vida.

Com locações paradisíacas da mureta da Urca, no Rio de Janeiro, a passeios em Buenos Aires, o filme de Natalia Warth surpreende por realizar gravações no país portenho e trazer o ator Nicolás Pauls para diárias no Brasil, além de contar com participações luxuosas de renomados atores como Jonas Bloch e Claudia Ohana e de Rodrigo Simas como a nova experiência vivida pela protagonista.

Carismático e colorido como um entardecer de verão e numa vibe novela das sete, ‘Apaixonada’ é um filme tranquilo, que toca em temas recorrentes ao universo da mulher madura sem ser muito clichê e sem ser muito dramático, mostrando que é possível ter as rédeas da própria vida sem esperar algo dramático provocar uma mudança. Ideal para um programinha entre amigas no fim de semana do Dia da Mulher.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Bia (Giovanna Antonelli, que volta a brilhar ao transitar entre a comédia e o drama) está triste porque sua filha, Júlia (Rayssa Bratillieri), viajou para a Argentina para estudar, e ficará um bom tempo por lá. Por outro lado, Bia está animada porque agora ela e o marido, Alfredo (Danton Mello), terão a casa só para eles, e, portanto, pretende apimentar a relação. Porém, para sua imensa surpresa, tão logo a filha viaja, Alfredo comunica à Bia que quer se separar dela. Sem saber o que fazer da própria vida, Bia conta com os conselhos e suporte de seus melhores amigos, Dora (a maravilhosa Polly Marinho) e Jeff (o ótimo Pedroca Monteiro, rostinho novo no mercado) para voltar a aprumar sua bússola emocional, mas Bia não faz ideia de como se reconectar consigo mesma, uma vez que tudo está acontecendo ao mesmo tempo e nada fora planejado.

O que mais chama a atenção em ‘Apaixonada’ é uma atmosfera leve que perpassa toda a narrativa da produção. E o motivo fica evidente ao subir dos créditos: não só o elenco, mas boa parte da ficha técnica é composta por mulheres – e, principalmente, mulheres em posição de comando, como a diretora de arte Priga Costa, a diretora de fotografia Luz Guerra, a diretora de produção Patricia Chamon e o figurino por Natalia Duran e Júlia Melo. Para um filme com essa temática, ter uma equipe essencialmente mulheril realmente imprime a leveza no resultado final.

Em uma hora e meia de duração, ‘Apaixonada’ é aquele filme que mais parece uma conversa entre melhores amigas, bem estilo ‘Sex and The City‘ versão carioca e reunindo todas as personagens em uma única protagonista. As situações são comuns ao universo feminino, os diálogos, naturais, os erros e acertos, válidos. Até mesmo quando as coisas não dão certo para a protagonista, o roteiro de Ana Abreu e Sabrina Garcia baseado na obra ‘Apaixonada Após os 40’, de Cris Souza Fontês – encontra soluções mais suaves para os embates que Bia encontra ao sair novamente para a vida.

Com locações paradisíacas da mureta da Urca, no Rio de Janeiro, a passeios em Buenos Aires, o filme de Natalia Warth surpreende por realizar gravações no país portenho e trazer o ator Nicolás Pauls para diárias no Brasil, além de contar com participações luxuosas de renomados atores como Jonas Bloch e Claudia Ohana e de Rodrigo Simas como a nova experiência vivida pela protagonista.

Carismático e colorido como um entardecer de verão e numa vibe novela das sete, ‘Apaixonada’ é um filme tranquilo, que toca em temas recorrentes ao universo da mulher madura sem ser muito clichê e sem ser muito dramático, mostrando que é possível ter as rédeas da própria vida sem esperar algo dramático provocar uma mudança. Ideal para um programinha entre amigas no fim de semana do Dia da Mulher.

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