quinta-feira , 19 dezembro , 2024

Crítica | Às Cegas: Thriller com atriz de Riverdale estreia hoje à noite na TNT

Às Cegas estreia nesta sexta-feira (11), às 22h30, na TNT

Relacionamentos abusivos e obsessivos – e suas inevitáveis consequências, têm se transformado em temáticas cada vez mais comuns no cinema. Na era do #MeToo, onde já não há mais espaço e brechas para a supressão dos anseios e dores das mulheres, a indústria tem dado sua própria resposta, unindo o seu papel denunciante ao fator entretenimento. E o novo thriller original do selo Particular Crowd – da TNT, intitulado Às Cegas, tenta fazer justamente isso. Com Madelaine Petsch (Riverdale) à frente de um elenco pouco conhecido, o suspense mira em assuntos interessantes, derrapa na maior parte de sua narrativa, mas se ergue com um plot twist que (parcialmente) compensa os seus tropeços.



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Após sofrer um misterioso ataque que lhe custou sua visão, uma aclamada e jovem violinista cambaleia em uma nova realidade, onde os seus demais sentidos terão que guiá-la em direção à verdade dos fatos. Sem seus olhos e confiando nas palavras de um desconhecido, ela terá que lutar entre a paranoia e a terrível sensação de que nem tudo que lhe dizem é genuinamente real. Se concentrando mais nas consequências de seu atentado, o longa de Cooper Karl está mais preocupado em nos levar para a mente da protagonista – que ao longo de quase 1h30 de filme se digladia com suas próprias percepções e pensamentos.

Entregando pequenas pistas enganosas a respeito da possível motivação do crime, Às Cegas tenta nos atribuir a mesma confusão mental da personagem, com o thriller se apresentando a nós pela sua própria perspectiva. Essa abordagem é um dos pequenos acertos da primeira metade do filme, que patina em encontrar o seu ritmo e caminha de forma excessivamente lenta no começo. Ainda assim, conseguindo nos intrigar a querer ir mais além, o cineasta tem em mãos uma história que realmente nos cativa, mas insiste em segurar o seu desenvolvimento em seu ato de abertura, tornando parte da experiência exaustiva.

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Se transformando em seu segundo e terceiro atos, o thriller começa a ganhar vida diante dos nossos olhos a partir do seu clímax, que confere dinamismo e agilidade para o roteiro, compensando as derrapadas de seu começo. Com Madeleine Petsch trazendo uma perspectiva diferente da sua atuação, a narrativa nos envolve a partir da sua construção, que consegue prender a audiência para uma reviravolta que revela uma abordagem bem mais madura e até mesmo inesperada.

Trazendo em seu esqueleto assuntos como a cultura do stalking, relacionamentos obsessivos, compulsão e até mesmo traços do machismo, Às Cegas não se aprofunda em suas constatações, mas também não parece tão preocupado com isso. Escalonando sua trama ao ponto de torná-la eletrizante em seus 45 minutos finais, o thriller psicológico fortalece suas protagonistas femininas, garante o divertimento de uma sexta-feira à noite e entre erros e acertos, faz o seu final compensar toda a jornada.

 

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Após sofrer um misterioso ataque que lhe custou sua visão, uma aclamada e jovem violinista cambaleia em uma nova realidade, onde os seus demais sentidos terão que guiá-la em direção à verdade dos fatos. Sem seus olhos e confiando nas palavras de um desconhecido, ela terá que lutar entre a paranoia e a terrível sensação de que nem tudo que lhe dizem é genuinamente real. Se concentrando mais nas consequências de seu atentado, o longa de Cooper Karl está mais preocupado em nos levar para a mente da protagonista – que ao longo de quase 1h30 de filme se digladia com suas próprias percepções e pensamentos.

Entregando pequenas pistas enganosas a respeito da possível motivação do crime, Às Cegas tenta nos atribuir a mesma confusão mental da personagem, com o thriller se apresentando a nós pela sua própria perspectiva. Essa abordagem é um dos pequenos acertos da primeira metade do filme, que patina em encontrar o seu ritmo e caminha de forma excessivamente lenta no começo. Ainda assim, conseguindo nos intrigar a querer ir mais além, o cineasta tem em mãos uma história que realmente nos cativa, mas insiste em segurar o seu desenvolvimento em seu ato de abertura, tornando parte da experiência exaustiva.

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Se transformando em seu segundo e terceiro atos, o thriller começa a ganhar vida diante dos nossos olhos a partir do seu clímax, que confere dinamismo e agilidade para o roteiro, compensando as derrapadas de seu começo. Com Madeleine Petsch trazendo uma perspectiva diferente da sua atuação, a narrativa nos envolve a partir da sua construção, que consegue prender a audiência para uma reviravolta que revela uma abordagem bem mais madura e até mesmo inesperada.

Trazendo em seu esqueleto assuntos como a cultura do stalking, relacionamentos obsessivos, compulsão e até mesmo traços do machismo, Às Cegas não se aprofunda em suas constatações, mas também não parece tão preocupado com isso. Escalonando sua trama ao ponto de torná-la eletrizante em seus 45 minutos finais, o thriller psicológico fortalece suas protagonistas femininas, garante o divertimento de uma sexta-feira à noite e entre erros e acertos, faz o seu final compensar toda a jornada.

 

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