domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | ‘As Feras’ – Longa-metragem argentino nos leva até um passo a passo que precede o esporro [Bonito CineSur 2024]

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O passo a passo que precede o esporro. Com uma construção lenta, proposital, que apresenta um local e todo seu alcance, palco esse de uma certeza para um conflito, o longa-metragem argentino As Feras (Las Fieras, no original), dirigido pelo cineasta Juan Agustín Flores, joga um curioso olhar para as dúvidas e incertezas de personagens. Essa imersão gradativa ao campo abstrato de sentimentos obsessivos, de forma contemplativa, requer a atenção do espectador que pode ser fisgado ou não pela obviedade do desfecho.

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Na trama, ambientada na parte da Argentina na região da Patagônia, conhecemos o casal Clara (Mariana Anghileri) e Julián (Andrés Ciavaglia), que resolvem fazer uma viagem até as terras do pai do primeiro já que o mesmo está em estado terminal. A questão que se soma é a de que algumas questões mal resolvidas pelo dono daquelas terras acabam explodindo em Julián, o levando para um provável dilema e relações conturbadas, distantes e inconsequentes com os funcionários do pai.

As Feras
As Feras

Em seus curtos 75 minutos de projeção, somos guiados por uma narrativa que dá pistas dos próximos passos mas que demora a acontecer. Muito bem filmado, encaixa-se no quadro e na composição das cenas, cores que levam o público até um clima de drama que surfa num suspense. Mas acontece uma situação inusitada, o trunfo e o calcanhar de aquiles são o mesmo elemento, o tempo de absorção de uma situação em iminente conflito.

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As Feras
As Feras

Aqui, a graça é entender e refletir sobre os meios que se seguem até os conflitos. Longe de ser um filme descartável, o projeto encontra um clímax quase constante através dos deslizes dos acoados, ampliando assim o leque reflexivo através dos personagens, que mesmo não tendo um profundo desenvolvimento, chegam até o ponto para entendermos razões e emoções que se seguem.

Selecionado para a Mostra Competitiva Filmes Sul-Americanos de Longa-Metragem do Bonito CineSur 2024, As Feras mostra o passo a passo para um caminhar até o precipício e a amargura de um labirinto social.

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O passo a passo que precede o esporro. Com uma construção lenta, proposital, que apresenta um local e todo seu alcance, palco esse de uma certeza para um conflito, o longa-metragem argentino As Feras (Las Fieras, no original), dirigido pelo cineasta Juan Agustín Flores, joga um curioso olhar para as dúvidas e incertezas de personagens. Essa imersão gradativa ao campo abstrato de sentimentos obsessivos, de forma contemplativa, requer a atenção do espectador que pode ser fisgado ou não pela obviedade do desfecho.

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Na trama, ambientada na parte da Argentina na região da Patagônia, conhecemos o casal Clara (Mariana Anghileri) e Julián (Andrés Ciavaglia), que resolvem fazer uma viagem até as terras do pai do primeiro já que o mesmo está em estado terminal. A questão que se soma é a de que algumas questões mal resolvidas pelo dono daquelas terras acabam explodindo em Julián, o levando para um provável dilema e relações conturbadas, distantes e inconsequentes com os funcionários do pai.

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Em seus curtos 75 minutos de projeção, somos guiados por uma narrativa que dá pistas dos próximos passos mas que demora a acontecer. Muito bem filmado, encaixa-se no quadro e na composição das cenas, cores que levam o público até um clima de drama que surfa num suspense. Mas acontece uma situação inusitada, o trunfo e o calcanhar de aquiles são o mesmo elemento, o tempo de absorção de uma situação em iminente conflito.

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Aqui, a graça é entender e refletir sobre os meios que se seguem até os conflitos. Longe de ser um filme descartável, o projeto encontra um clímax quase constante através dos deslizes dos acoados, ampliando assim o leque reflexivo através dos personagens, que mesmo não tendo um profundo desenvolvimento, chegam até o ponto para entendermos razões e emoções que se seguem.

Selecionado para a Mostra Competitiva Filmes Sul-Americanos de Longa-Metragem do Bonito CineSur 2024, As Feras mostra o passo a passo para um caminhar até o precipício e a amargura de um labirinto social.

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