quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Crítica | Assassin’s Creed

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Assassin’s Creed‘ chegou para mudar o cenário das adaptações de games no cinema. Justin Kurzel, diretor do filme, consegue estabelecer uma possível franquia cheia de potencial. Parte disso se deve pela própria história, que é mais atrativa do que maioria dos filmes do gênero e não requer a apresentação de um universo muito complexo, como ‘Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos‘.

A história torna-se interessante quando o conflito entre os Assassinos do Credo e os Templários (que ocorre 500 anos antes dos dias atuais) se mostra como o carro chefe da trama. A batalha pela Maça do Éden (que segundo os Templários, pode ajudar a erradicar a violência) move as motivações ideológicas de cada lado da batalha. Na premissa central, há algumas diferenças para com o jogo original, que no game fazem sentido para aumentar a emoção da experiência, mas que no filme seriam mais alguns clichês dos clichês. Sendo assim, seriam apenas fan service, mas a intenção do filme é de claramente conquistar o público geral, e não apenas os fãs da franquia.



No presente, Cal (Michael Fassbender) foi condenado a morte e é “salvo” pela Abstergo (uma organização fundamental para a história). Ele é inserido nas regressões que o fazem ter contato com o seu antepassado, Aguilar. No geral, os personagens não necessitam de um vasto desenvolvimentos, pois as descobertas “históricas” que o longa apresenta são o suficiente para saber o porquê de cada um estar ali, ou quais são as motivações. Isso é fruto de um roteiro diferenciado, que gosta de trabalhar e de construir elementos que façam o público pensar naquilo que está assistindo. Sendo assim, poucas explicações são feitas com o intuito de situar o público naquele universo.  

Os problemas do enredo se dão ao simples fato de ser uma adaptação de Hollywood, sendo assim, o longa caí em alguns clichês e em momentos que a história precisava de um impulso para andar, cria-se inesperadamente uma motivação instantânea, exatamente como o macarrão intantâneo: ferva a água e aguarde 3 minutos – e assim está pronto o incentivo que faltava para o protagonista. É uma ação totalmente artificial, mas ainda assim é um clichê que funciona para o bem da história.

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Fassbender tem um personagem que traz uma carga semelhante ao Magneto na nova trilogia dos ‘X-Men‘. Cal traz traumas do passado e usa da violência para viver, e é visível que o peso dos acontecimentos fica cada vez mais enraizado nas suas ações. Além disso, visualmente o ator casa perfeitamente com Aguilar, o antepassado de Cal. Marion Cotillard funciona bem para o filme, a personagem traz uma dinâmica interessante à história, mas assim como o pai (interpretado por Jeremy Irons) ela vai decaindo a medida que os fatos se desenvolvem. Irons, por outro lado, é o típico antagonista que se esconde atrás de seus argumentos até que de fato seja transformado em vilão, tendo seu único momento útil no fim do terceiro ato.

Justin Kurzel administra bem o enredo, mas a direção é o ponto fraco do longa. Por trazer uma proposta diferente, com ação frenética, um visual empoeirado e uma trilha sonora que mescla rock e músicas medievais, ‘Assassin’s Creed‘ torna-se limitado quando deveria dar o espetáculo.

As lutas são mal coreografadas e mal filmadas, a câmera do diretor não consegue captar a ação dos golpes, que combinada com a edição excessivamente picotada, fazendo o longa apenas mais do mesmo na ação.

Assassin’s Creed‘ tem potencial para o futuro, mas a história é prejudicada pela direção preguiçosa de Justin Kurzel (‘Macbeth: Ambição e Guerra’). Com uma trama que consegue instigar a curiosidade do público, o longa se perde em sua execução, mas ainda assim acende uma luz de esperança para as adaptações de jogos em Hollywood, um gênero muito desgastado ao longo dos anos.

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Assassin’s Creed‘ chegou para mudar o cenário das adaptações de games no cinema. Justin Kurzel, diretor do filme, consegue estabelecer uma possível franquia cheia de potencial. Parte disso se deve pela própria história, que é mais atrativa do que maioria dos filmes do gênero e não requer a apresentação de um universo muito complexo, como ‘Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos‘.

A história torna-se interessante quando o conflito entre os Assassinos do Credo e os Templários (que ocorre 500 anos antes dos dias atuais) se mostra como o carro chefe da trama. A batalha pela Maça do Éden (que segundo os Templários, pode ajudar a erradicar a violência) move as motivações ideológicas de cada lado da batalha. Na premissa central, há algumas diferenças para com o jogo original, que no game fazem sentido para aumentar a emoção da experiência, mas que no filme seriam mais alguns clichês dos clichês. Sendo assim, seriam apenas fan service, mas a intenção do filme é de claramente conquistar o público geral, e não apenas os fãs da franquia.

No presente, Cal (Michael Fassbender) foi condenado a morte e é “salvo” pela Abstergo (uma organização fundamental para a história). Ele é inserido nas regressões que o fazem ter contato com o seu antepassado, Aguilar. No geral, os personagens não necessitam de um vasto desenvolvimentos, pois as descobertas “históricas” que o longa apresenta são o suficiente para saber o porquê de cada um estar ali, ou quais são as motivações. Isso é fruto de um roteiro diferenciado, que gosta de trabalhar e de construir elementos que façam o público pensar naquilo que está assistindo. Sendo assim, poucas explicações são feitas com o intuito de situar o público naquele universo.  

Os problemas do enredo se dão ao simples fato de ser uma adaptação de Hollywood, sendo assim, o longa caí em alguns clichês e em momentos que a história precisava de um impulso para andar, cria-se inesperadamente uma motivação instantânea, exatamente como o macarrão intantâneo: ferva a água e aguarde 3 minutos – e assim está pronto o incentivo que faltava para o protagonista. É uma ação totalmente artificial, mas ainda assim é um clichê que funciona para o bem da história.

Fassbender tem um personagem que traz uma carga semelhante ao Magneto na nova trilogia dos ‘X-Men‘. Cal traz traumas do passado e usa da violência para viver, e é visível que o peso dos acontecimentos fica cada vez mais enraizado nas suas ações. Além disso, visualmente o ator casa perfeitamente com Aguilar, o antepassado de Cal. Marion Cotillard funciona bem para o filme, a personagem traz uma dinâmica interessante à história, mas assim como o pai (interpretado por Jeremy Irons) ela vai decaindo a medida que os fatos se desenvolvem. Irons, por outro lado, é o típico antagonista que se esconde atrás de seus argumentos até que de fato seja transformado em vilão, tendo seu único momento útil no fim do terceiro ato.

Justin Kurzel administra bem o enredo, mas a direção é o ponto fraco do longa. Por trazer uma proposta diferente, com ação frenética, um visual empoeirado e uma trilha sonora que mescla rock e músicas medievais, ‘Assassin’s Creed‘ torna-se limitado quando deveria dar o espetáculo.

As lutas são mal coreografadas e mal filmadas, a câmera do diretor não consegue captar a ação dos golpes, que combinada com a edição excessivamente picotada, fazendo o longa apenas mais do mesmo na ação.

Assassin’s Creed‘ tem potencial para o futuro, mas a história é prejudicada pela direção preguiçosa de Justin Kurzel (‘Macbeth: Ambição e Guerra’). Com uma trama que consegue instigar a curiosidade do público, o longa se perde em sua execução, mas ainda assim acende uma luz de esperança para as adaptações de jogos em Hollywood, um gênero muito desgastado ao longo dos anos.

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