domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Bem-Vinda, Violeta! não é um filme fácil, mas traz ÓTIMAS reflexões

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Para contar uma história é preciso desprender-se da realidade e embarcar na ficção? Partindo de uma análise bastante ampla sobre o universo sempre peculiar do processo criativo, Bem-Vinda, Violeta , inspirado no romance ‘Cordilheira’ do escritor brasileiro Daniel Galera, é um filme que navega nas turbulências emocionais de uma protagonista que se descobre em crise através da personagem que está criando para seu novo livro. Fernando Fraiha, um dos diretores do famoso programa Choque de Cultura, volta à direção de um longa-metragem de ficção, após o ótimo La Vingança (2016), nesse filme que é pura reflexão sobre os sentidos da existência humana.

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Filmado em Ushuaia, na Patagônia argentina, na trama conhecemos a escritora Ana (Débora Falabella) que resolve embarcar em uma viagem para uma espécie de laboratório criativo onde ela e outros escritores participam de dinâmicas comandadas pelo enigmático Holden (Darío Grandinetti), um homem cheio de personalidade que ficara famoso no mundo literário após queimar exemplares dos seus livros no dia do lançamento. Os dias nesse lugar são intensos e provocantes, há uma necessidade de um abandono de si mesmo e um embarque na personalidade dos principais personagens das respectivas obras. Aos poucos, a forte protagonista começa a se perder, se descontruindo em torno de uma de suas personagens do seu último livro.

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O maravilhoso nesse interessantíssimo projeto, que é ambientado na cordilheira dos andes, são as diferentes formas de enxergar todo esse processo criativo. Cada um de nós vai chegar ao desfecho (que tem uma cena emblemática) interpretando o que viu de maneiras diferentes. A produção de ideias em busca de uma certa originalidade é o foco de quem procura os aulões de Holden. Completamente isolados, os escritores passam o pente fino na sua própria personalidade e experiências de vida. A questão para Ana é: embarcar ou não na proposta? Voltar ao passado e enfrentar traumas e situações que estão presas num subconsciente pode ser uma jornada dolorosa que impactará com o seu presente (vemos isso com a desconfiguração do seu relacionamento com o marido).

Um misto de loucura em contraponto ao autoconhecimento chega para a personagem quando se vê perdida, curiosa sobre suas aflições. Bem-Vinda, Violeta não é um filme fácil, ele vai acontecendo aos poucos, então a atenção redobrada é necessária para uma melhor imersão nos momentos reflexivos que chegam pelas entrelinhas, na investigação artística, nos caminhos conflituosos da mente e emoções humanas. Profundo, reflexivo, aborda algumas das infinitas maneiras de explorar a criatividade e ao mesmo tempo chegar em incontroláveis abismos emocionais.

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Filmado em Ushuaia, na Patagônia argentina, na trama conhecemos a escritora Ana (Débora Falabella) que resolve embarcar em uma viagem para uma espécie de laboratório criativo onde ela e outros escritores participam de dinâmicas comandadas pelo enigmático Holden (Darío Grandinetti), um homem cheio de personalidade que ficara famoso no mundo literário após queimar exemplares dos seus livros no dia do lançamento. Os dias nesse lugar são intensos e provocantes, há uma necessidade de um abandono de si mesmo e um embarque na personalidade dos principais personagens das respectivas obras. Aos poucos, a forte protagonista começa a se perder, se descontruindo em torno de uma de suas personagens do seu último livro.

O maravilhoso nesse interessantíssimo projeto, que é ambientado na cordilheira dos andes, são as diferentes formas de enxergar todo esse processo criativo. Cada um de nós vai chegar ao desfecho (que tem uma cena emblemática) interpretando o que viu de maneiras diferentes. A produção de ideias em busca de uma certa originalidade é o foco de quem procura os aulões de Holden. Completamente isolados, os escritores passam o pente fino na sua própria personalidade e experiências de vida. A questão para Ana é: embarcar ou não na proposta? Voltar ao passado e enfrentar traumas e situações que estão presas num subconsciente pode ser uma jornada dolorosa que impactará com o seu presente (vemos isso com a desconfiguração do seu relacionamento com o marido).

Um misto de loucura em contraponto ao autoconhecimento chega para a personagem quando se vê perdida, curiosa sobre suas aflições. Bem-Vinda, Violeta não é um filme fácil, ele vai acontecendo aos poucos, então a atenção redobrada é necessária para uma melhor imersão nos momentos reflexivos que chegam pelas entrelinhas, na investigação artística, nos caminhos conflituosos da mente e emoções humanas. Profundo, reflexivo, aborda algumas das infinitas maneiras de explorar a criatividade e ao mesmo tempo chegar em incontroláveis abismos emocionais.

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