terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica | Beyoncé retorna ao mundo da música com o antêmico dance-house de “Break My Soul”

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Beyoncé é um dos nomes mais conhecidos da indústria do entretenimento e é responsável por comandar com sua impecável rendição vocal algumas das faixas mais icônicas do cenário fonográfico.

Nossa Queen-B, como ficou apelidada pelos fãs, é uma das cantoras e compositoras mais populares de todos os tempos e carrega um legado gigantesco que se concretizou essencialmente com o lançamento surpresa de seu álbum homônimo em 2013, promovendo uma grande mudança no escopo musical, e com a consecutiva estreia de Lemonade, que a eternizou como um símbolo da comunidade negra e da luta contra o racismo sistêmico da sociedade contemporânea, enaltecendo a cultura afroamericana com visuais esplêndidos e um compilado sonoro de tirar o fôlego (e que, na singela opinião deste que vos fala, é a melhor entrada de sua invejável discografia).

Depois de ter emprestado suas habilidades para o álbum ‘The Gift’, o filme ‘Black Is King’ e a canção Be Alive, da cinebiografia ‘King Richard: Criando Campeãs’ (que lhe rendeu uma indicação ao Oscar), Beyoncé fez seu tão esperado retorno solo com a estreia de “Break My Soul”lead single do vindouro Renaissance – Act I’. Como é de costume, a performer parou a internet com um simples aviso de que a música sairia muito em breve – e cá estamos, mergulhados na próxima sinestésica e nostálgica aventura que Bey tem aguardada para nós.

Beyoncé sabe como nos surpreender – e não é surpresa que, depois de ter se envolvido com os estilos supracitados, resolva explorar um lado que já havia deixado de lado há alguns anos. Aqui, ela se joga na diversão categórica do dance-pop e do house, tangenciando o deep-house que ganhou força expressiva no final da década da passada, marcado pelo uso contundente de sintetizadores e batidas que nos convidam à pista de dança.

Há várias referências aglutinadas na ótima e concisa abertura dessa nova era da artista, perpassando, por exemplo, a envolvência noventista de Crystal Waters e a nostalgia vibrante de Steve Angello – algo visto anteriormente com ‘CRASH‘, último álbum de Charli XCX. E, apesar de não sintetizar uma originalidade urgente, Beyoncé não abandona as peculiaridades estilísticas que a colocaram no centro dos holofotes e aproveita para transformar inflexões mercadológicas em uma antêmica e funcional narrativa (você não vai quebrar minha alma, direi a todo mundo).

Com a presença bem-vinda de Big Freedia e com a sutileza de um coro que nos agracia nos momentos finais da música, “Break My Soul” é um sólido comeback de um dos maiores ícones da música.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Depois de ter emprestado suas habilidades para o álbum ‘The Gift’, o filme ‘Black Is King’ e a canção Be Alive, da cinebiografia ‘King Richard: Criando Campeãs’ (que lhe rendeu uma indicação ao Oscar), Beyoncé fez seu tão esperado retorno solo com a estreia de “Break My Soul”lead single do vindouro Renaissance – Act I’. Como é de costume, a performer parou a internet com um simples aviso de que a música sairia muito em breve – e cá estamos, mergulhados na próxima sinestésica e nostálgica aventura que Bey tem aguardada para nós.

Beyoncé sabe como nos surpreender – e não é surpresa que, depois de ter se envolvido com os estilos supracitados, resolva explorar um lado que já havia deixado de lado há alguns anos. Aqui, ela se joga na diversão categórica do dance-pop e do house, tangenciando o deep-house que ganhou força expressiva no final da década da passada, marcado pelo uso contundente de sintetizadores e batidas que nos convidam à pista de dança.

Há várias referências aglutinadas na ótima e concisa abertura dessa nova era da artista, perpassando, por exemplo, a envolvência noventista de Crystal Waters e a nostalgia vibrante de Steve Angello – algo visto anteriormente com ‘CRASH‘, último álbum de Charli XCX. E, apesar de não sintetizar uma originalidade urgente, Beyoncé não abandona as peculiaridades estilísticas que a colocaram no centro dos holofotes e aproveita para transformar inflexões mercadológicas em uma antêmica e funcional narrativa (você não vai quebrar minha alma, direi a todo mundo).

Com a presença bem-vinda de Big Freedia e com a sutileza de um coro que nos agracia nos momentos finais da música, “Break My Soul” é um sólido comeback de um dos maiores ícones da música.

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