quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Crítica | Black Site: Thriller de ação com Michelle Monaghan e Jai Courtney tem potencial, mas patina em clichês cansativos

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As heroínas de ação gradativamente estão encontrando o seu espaço na indústria cinematográfica, entre excelentes longas como The Old Guard e Atômica e fracassos esquecidos, como A Vingança Perfeita e As Agentes 355. E em busca de um protagonismo que Missão Impossível infelizmente não lhe ofereceu, Michelle Monaghan faz de Black Site sua tentativa como uma líder durona que suporta pancadas, conforme se digladia com seus instintos maternais – dilacerados pela morte do seu esposo e de sua pequena filha. Mas ainda que o filme dirigido por Sophia Banks e roteirizado por John Collee e Jinder Ho possua um certo potencial, um roteiro mal finalizado faz do que poderia dar certo, mais um projeto de ação ruim estrelado por uma mulher.

Jai Courtney como Raymond Miller em Black Sit

Dizem as más e (preconceituosas) línguas de Hollywood que filmes de ação protagonizados por mulheres não vendem, por isso ainda paira uma disparidade de produções do gênero. Mas Black Site é mais uma vítima de um roteiro apressado e óbvio, que se apropria da já batida temática do terrorismo árabe, para construir a jornada de um herói, ou neste caso, de uma heroína. Apresentando mal os seus personagens, principalmente a agente Abby (Monaghan), o longa peca por não construir a conexão necessária com a audiência a partir da sua perda. Com ares de John Wick, a agente da CIA está em busca do terrorista responsável pela explosão do hospital onde seu esposo e filha se encontravam. Buscando vingança, ela faz do seu trabalho na agência sua trajetória de redenção.



Mas a falta de substância na trama e nos demais personagens coadjuvantes faz do filme um mero banho de sangue, que nem chega a ser tão visceral como gostaríamos que fosse – para compensar os desvios de um roteiro fraco e meia boca. Ainda assim, Monaghan, Jai Courtney (O Esquadrão Suicida) e Jason Clarke (cujo primeiro diálogo só acontece nos 30 minutos finais do filme) se esforçam, entregam bons combates corporais, mas comprometem suas performances com maneirismos cafonas, caricaturas bregas forçadas que fogem da sutileza necessária de uma boa atuação.

Jason Clarke como Hatchet em Black Site

Além disso, Black Site peca por repetir os clichês dos filmes de ação dos anos 80. Frases como “eu sou a morte” ecoam nos ouvidos nos dando calafrios, proporcionando uma curta epifania cringe de filmes B que apelam em todos os diálogos, para compensar a falta de profundidade mínima que até um filme de ação deveria ter. E será que existe frase mais cafona do que essa para ser dita por um vilão?

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Junte tudo isso a um orçamento bem restrito e temos um filme com um elenco caro, mas uma fraca execução. Ainda assim, Black Site não é de todo perdido. Ajustes no roteiro e um uso melhor dos recursos poderiam transformar o filme em uma franquia mediana. Mas infelizmente, o produto final de Sophia Banks estreará já ocupando um novo espaço na empoeirada prateleira de produções de ação ruins, estreladas por mulheres. E fica também sendo um outro lembrete de que muito mais do que simplesmente entregar projetos do gênero para protagonistas femininas, é necessário histórias melhores. O problema não está no protagonismo delas, mas sim nos roteiros superficiais demais para sequer serem notados.

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As heroínas de ação gradativamente estão encontrando o seu espaço na indústria cinematográfica, entre excelentes longas como The Old Guard e Atômica e fracassos esquecidos, como A Vingança Perfeita e As Agentes 355. E em busca de um protagonismo que Missão Impossível infelizmente não lhe ofereceu, Michelle Monaghan faz de Black Site sua tentativa como uma líder durona que suporta pancadas, conforme se digladia com seus instintos maternais – dilacerados pela morte do seu esposo e de sua pequena filha. Mas ainda que o filme dirigido por Sophia Banks e roteirizado por John Collee e Jinder Ho possua um certo potencial, um roteiro mal finalizado faz do que poderia dar certo, mais um projeto de ação ruim estrelado por uma mulher.

Jai Courtney como Raymond Miller em Black Sit

Dizem as más e (preconceituosas) línguas de Hollywood que filmes de ação protagonizados por mulheres não vendem, por isso ainda paira uma disparidade de produções do gênero. Mas Black Site é mais uma vítima de um roteiro apressado e óbvio, que se apropria da já batida temática do terrorismo árabe, para construir a jornada de um herói, ou neste caso, de uma heroína. Apresentando mal os seus personagens, principalmente a agente Abby (Monaghan), o longa peca por não construir a conexão necessária com a audiência a partir da sua perda. Com ares de John Wick, a agente da CIA está em busca do terrorista responsável pela explosão do hospital onde seu esposo e filha se encontravam. Buscando vingança, ela faz do seu trabalho na agência sua trajetória de redenção.

Mas a falta de substância na trama e nos demais personagens coadjuvantes faz do filme um mero banho de sangue, que nem chega a ser tão visceral como gostaríamos que fosse – para compensar os desvios de um roteiro fraco e meia boca. Ainda assim, Monaghan, Jai Courtney (O Esquadrão Suicida) e Jason Clarke (cujo primeiro diálogo só acontece nos 30 minutos finais do filme) se esforçam, entregam bons combates corporais, mas comprometem suas performances com maneirismos cafonas, caricaturas bregas forçadas que fogem da sutileza necessária de uma boa atuação.

Jason Clarke como Hatchet em Black Site

Além disso, Black Site peca por repetir os clichês dos filmes de ação dos anos 80. Frases como “eu sou a morte” ecoam nos ouvidos nos dando calafrios, proporcionando uma curta epifania cringe de filmes B que apelam em todos os diálogos, para compensar a falta de profundidade mínima que até um filme de ação deveria ter. E será que existe frase mais cafona do que essa para ser dita por um vilão?

Junte tudo isso a um orçamento bem restrito e temos um filme com um elenco caro, mas uma fraca execução. Ainda assim, Black Site não é de todo perdido. Ajustes no roteiro e um uso melhor dos recursos poderiam transformar o filme em uma franquia mediana. Mas infelizmente, o produto final de Sophia Banks estreará já ocupando um novo espaço na empoeirada prateleira de produções de ação ruins, estreladas por mulheres. E fica também sendo um outro lembrete de que muito mais do que simplesmente entregar projetos do gênero para protagonistas femininas, é necessário histórias melhores. O problema não está no protagonismo delas, mas sim nos roteiros superficiais demais para sequer serem notados.

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