quarta-feira , 20 novembro , 2024

Crítica | Blackberry – Primeiro Smartphone do Mundo Ganha Filme Frenético [Festival do Rio 2023]

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Hoje em dia é praticamente impossível viver sem um celular. Ou melhor: é praticamente impossível viver sem um smartphone. O mundo altamente conectado faz com que milhares de pessoas sejam totalmente dependentes desse pequeno aparelho que conseguiu unir a funcionalidade de um telefone com os dados de um computador, utilizando a rede wireless da internet, permitindo, assim, que as pessoas se conectassem com seus e-mails, mensagens e redes sociais o tempo todo, mesmo sem estar em casa ou no trabalho. Essa é a história do primeiro smartphone do mundo, conhecido como ‘Blackberry’, cujo filme teve estreia antecipada na programação do Festival do Rio 2023 e chega a partir desta quinta-feira aos cinemas brasileiros.



Mike (Jay Baruchel) e Doug (Matt Johnson) são amigos de colégio e, juntos, possuem um sonho: querem vender um protótipo de modem para uma grande empresa, para assim, engrenarem sua própria startup de TI. Durante uma apresentação de pitching com Jim (Glenn Howerton), os dois amigos percebem que o cara não está prestando a mínima atenção no que estão falando e detesta o produto. Doug e Mike voltam para seu pequeno escritório desapontados, mas, no dia seguinte, recebem uma inesperada ligação de Jim, interessado não só no produto mas também em se tornar CEO da empresa, oferecendo, em troca, fazer o produto decolar no mercado, afinal, ele era o cara dos contatos. É assim que ganha forma na cidade de Waterloo o que mais tarde seria conhecido como a empresa BlackBerry, manufaturadora canadense do celular homônimo.

Em uma hora e quarenta ‘Blackberry’ acompanha a mesma vibe de filmes similares o que fizeram sucesso anteriormente, como ‘A Rede Social, ‘Tetris’ e ‘Steve Jobs’, pois todos têm mais ou menos o mesmo princípio: um ou mais adolescentes nerds no interior dos Estados Unidos ou na Califórnia construindo uma empresa de produtos tecnológicos na garagem, com quase nenhuma verba, tendo como funcionários seus próprios amigos e como motivação a vontade de criar algo nunca antes feito. Para quem gostou desses filmes, ‘Blackberry’ entrega exatamente esse tipo de narrativa.

A direção de Matt Johnson pode ser dividida por dois momentos distintos: as cenas internas da empresa (tanto no início quanto depois, já no sucesso), com aquele tipo de direção de câmera escondida que fez sucesso recentemente na série ‘The Office’, com gente gritando surtando quebrando coisas do nada, colocando o espectador como observador dos acontecimentos; e, num segundo momento, já com o drama individual dos personagens, do produto e as tomadas externas ao mundo tecnológico, o diretor opta por uma câmera parada. Traz certo alívio que haja essa mistura de técnicas para de certa forma atrair o público fã da série de comédia e também trazer conforto ocular àqueles que não curtem esse tipo de filmagem mais manual.

O que mais chama atenção em ‘Blackberry’ é a reconstrução de época, no final dos anos 90 e início dos anos 2000, transportando o espectador àquele tempo sem internet e sem smartphone. O filme convida o espectador a torcer pelo sucesso daqueles jovens inteligentes, deixando bem claro quem é vilão e quem é mocinho, e como, no final das contas, o BlackBerry foi do produto mais consumido do mundo ao total esquecimento em menos de cinco anos. Um bom filme para quem curte saber como os celulares são produzidos e para refletir como não basta ter talento para vender um bom produto.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Hoje em dia é praticamente impossível viver sem um celular. Ou melhor: é praticamente impossível viver sem um smartphone. O mundo altamente conectado faz com que milhares de pessoas sejam totalmente dependentes desse pequeno aparelho que conseguiu unir a funcionalidade de um telefone com os dados de um computador, utilizando a rede wireless da internet, permitindo, assim, que as pessoas se conectassem com seus e-mails, mensagens e redes sociais o tempo todo, mesmo sem estar em casa ou no trabalho. Essa é a história do primeiro smartphone do mundo, conhecido como ‘Blackberry’, cujo filme teve estreia antecipada na programação do Festival do Rio 2023 e chega a partir desta quinta-feira aos cinemas brasileiros.

Mike (Jay Baruchel) e Doug (Matt Johnson) são amigos de colégio e, juntos, possuem um sonho: querem vender um protótipo de modem para uma grande empresa, para assim, engrenarem sua própria startup de TI. Durante uma apresentação de pitching com Jim (Glenn Howerton), os dois amigos percebem que o cara não está prestando a mínima atenção no que estão falando e detesta o produto. Doug e Mike voltam para seu pequeno escritório desapontados, mas, no dia seguinte, recebem uma inesperada ligação de Jim, interessado não só no produto mas também em se tornar CEO da empresa, oferecendo, em troca, fazer o produto decolar no mercado, afinal, ele era o cara dos contatos. É assim que ganha forma na cidade de Waterloo o que mais tarde seria conhecido como a empresa BlackBerry, manufaturadora canadense do celular homônimo.

Em uma hora e quarenta ‘Blackberry’ acompanha a mesma vibe de filmes similares o que fizeram sucesso anteriormente, como ‘A Rede Social, ‘Tetris’ e ‘Steve Jobs’, pois todos têm mais ou menos o mesmo princípio: um ou mais adolescentes nerds no interior dos Estados Unidos ou na Califórnia construindo uma empresa de produtos tecnológicos na garagem, com quase nenhuma verba, tendo como funcionários seus próprios amigos e como motivação a vontade de criar algo nunca antes feito. Para quem gostou desses filmes, ‘Blackberry’ entrega exatamente esse tipo de narrativa.

A direção de Matt Johnson pode ser dividida por dois momentos distintos: as cenas internas da empresa (tanto no início quanto depois, já no sucesso), com aquele tipo de direção de câmera escondida que fez sucesso recentemente na série ‘The Office’, com gente gritando surtando quebrando coisas do nada, colocando o espectador como observador dos acontecimentos; e, num segundo momento, já com o drama individual dos personagens, do produto e as tomadas externas ao mundo tecnológico, o diretor opta por uma câmera parada. Traz certo alívio que haja essa mistura de técnicas para de certa forma atrair o público fã da série de comédia e também trazer conforto ocular àqueles que não curtem esse tipo de filmagem mais manual.

O que mais chama atenção em ‘Blackberry’ é a reconstrução de época, no final dos anos 90 e início dos anos 2000, transportando o espectador àquele tempo sem internet e sem smartphone. O filme convida o espectador a torcer pelo sucesso daqueles jovens inteligentes, deixando bem claro quem é vilão e quem é mocinho, e como, no final das contas, o BlackBerry foi do produto mais consumido do mundo ao total esquecimento em menos de cinco anos. Um bom filme para quem curte saber como os celulares são produzidos e para refletir como não basta ter talento para vender um bom produto.

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