domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Bright – Filme da Netflix é PIOR que ‘Esquadrão Suicida’

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A Netflix tem acertado em seus longas, sempre elevando a um tom interessante e o melhor: com uma trama aprofundada. Infelizmente, esse não é o caso da sua nova aposta, ‘Bright, uma espécie de O Senhor dos Anéis mascarado com drama policial norte-americano, dirigido por David Ayer e estrelado por Will Smith, Joel Edgerton e Noomi Rapace.

Por incrível que pareça, Ayer consegue realizar um filme mais confuso e desinteressante que seu antecessor, o infame ‘Esquadrão Suicida‘.



O longa começa de forma interessante, mostrando a vida de Daryl Ward (Smith), humano e policial, que é alvejado por um Orc enquanto estava distraído na pausa do trabalho. Durante a fuga do incidente, seu parceiro, Nick Jakoby (Edgerton), também Orc, comete uma série de erros e acaba deixando o criminoso escapar, criando certa rivalidade entre os dois amigos, aflorada pelo fato de serem de espécies diferentes. Até que seus caminhos cruzam com a de uma jovem elfa e uma relíquia que deveria estar esquecida – que, em mãos erradas, poderia destruir o mundo todo.

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A premissa é cuidadosa em ressaltar que, na verdade, o filme quer lidar com as diferenças, com a discriminação pela cor da pele e o bullying que alguém pode sofrer apenas por não ser igual aos demais. Esse fato é lembrando o tempo todo do roteiro, que mostra que os humanos e os Orcs são visivelmente rivais, assim como os Elfos, que possuem até bairros separados na cidade. Porém, apesar de profundo, o roteiro peca em diversos momentos dos dois primeiros atos, acertando o tom apenas no terceiro, mesmo assim não sendo o suficiente.

Nem mesmo Will Smith consegue segurar a trama, apesar do seu inegável talento e carisma. O filme mescla mundos tão distintos que às vezes soa surreal demais e difícil de absorver . O resultado final acaba pairando entre os dois gêneros, sem saber que caminho seguir.

Porém, um dos acertos fica por conta de Joel Edgerton, quase irreconhecível debaixo de tanta maquiagem e, diga-se de passagem, está impecável, rendendo até mesmo uma pré-indicação ao Oscar 2018. Seu personagem é o mais complexo, tendo que lidar com os dramas de ser discriminado dentro do seu local de trabalho e sempre precisando escolher entre os humanos e os Orcs, entre a grande maioria ou a sua espécie minoritária e oprimida, tornando-o a trama mais profunda. E só.

David Ayer erra mais uma vez no tom da ação, que apesar de momentos intensos de tiroteio, não passa disso, não existem cenas memoráveis e a grande maioria delas são previsíveis e/ou remetem a outros filmes. A marca do diretor está presente, como esteve em seu outro filme polêmico, Esquadrão Suicida. A falta de ritmo, a grande quantidade de ação no terceiro ato para compensar o expectador ter assistido até ali.

Nos minutos finais, algumas piadinhas até funcionam – mas não conseguem apagar o ódio do espectador de ter assistido a um filme raso. Por sorte, não foi necessário desembolsar o caro valor do ingresso do cinema, o que chega a ser um pouco confortante.

Brighttenta se passar por um drama cabeça, mas no fim das contas a fantasia e a “magia” novamente pesa e cai em todos os clichês do gênero, tornando-o apenas mais um potencial desperdiçado. Não foi dessa vez que David Ayer terá sua redenção.

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Thiago Munizhttp://cinepop.com.br/
Carioca, 26 anos, apaixonado por Cinema. Venho estudando e vivendo todas as partes da sétima arte à procura de conhecimento da área. Graduando no curso de Cinema e influenciador cinematográfico no Instagram.

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A Netflix tem acertado em seus longas, sempre elevando a um tom interessante e o melhor: com uma trama aprofundada. Infelizmente, esse não é o caso da sua nova aposta, ‘Bright, uma espécie de O Senhor dos Anéis mascarado com drama policial norte-americano, dirigido por David Ayer e estrelado por Will Smith, Joel Edgerton e Noomi Rapace.

Por incrível que pareça, Ayer consegue realizar um filme mais confuso e desinteressante que seu antecessor, o infame ‘Esquadrão Suicida‘.

O longa começa de forma interessante, mostrando a vida de Daryl Ward (Smith), humano e policial, que é alvejado por um Orc enquanto estava distraído na pausa do trabalho. Durante a fuga do incidente, seu parceiro, Nick Jakoby (Edgerton), também Orc, comete uma série de erros e acaba deixando o criminoso escapar, criando certa rivalidade entre os dois amigos, aflorada pelo fato de serem de espécies diferentes. Até que seus caminhos cruzam com a de uma jovem elfa e uma relíquia que deveria estar esquecida – que, em mãos erradas, poderia destruir o mundo todo.

A premissa é cuidadosa em ressaltar que, na verdade, o filme quer lidar com as diferenças, com a discriminação pela cor da pele e o bullying que alguém pode sofrer apenas por não ser igual aos demais. Esse fato é lembrando o tempo todo do roteiro, que mostra que os humanos e os Orcs são visivelmente rivais, assim como os Elfos, que possuem até bairros separados na cidade. Porém, apesar de profundo, o roteiro peca em diversos momentos dos dois primeiros atos, acertando o tom apenas no terceiro, mesmo assim não sendo o suficiente.

Nem mesmo Will Smith consegue segurar a trama, apesar do seu inegável talento e carisma. O filme mescla mundos tão distintos que às vezes soa surreal demais e difícil de absorver . O resultado final acaba pairando entre os dois gêneros, sem saber que caminho seguir.

Porém, um dos acertos fica por conta de Joel Edgerton, quase irreconhecível debaixo de tanta maquiagem e, diga-se de passagem, está impecável, rendendo até mesmo uma pré-indicação ao Oscar 2018. Seu personagem é o mais complexo, tendo que lidar com os dramas de ser discriminado dentro do seu local de trabalho e sempre precisando escolher entre os humanos e os Orcs, entre a grande maioria ou a sua espécie minoritária e oprimida, tornando-o a trama mais profunda. E só.

David Ayer erra mais uma vez no tom da ação, que apesar de momentos intensos de tiroteio, não passa disso, não existem cenas memoráveis e a grande maioria delas são previsíveis e/ou remetem a outros filmes. A marca do diretor está presente, como esteve em seu outro filme polêmico, Esquadrão Suicida. A falta de ritmo, a grande quantidade de ação no terceiro ato para compensar o expectador ter assistido até ali.

Nos minutos finais, algumas piadinhas até funcionam – mas não conseguem apagar o ódio do espectador de ter assistido a um filme raso. Por sorte, não foi necessário desembolsar o caro valor do ingresso do cinema, o que chega a ser um pouco confortante.

Brighttenta se passar por um drama cabeça, mas no fim das contas a fantasia e a “magia” novamente pesa e cai em todos os clichês do gênero, tornando-o apenas mais um potencial desperdiçado. Não foi dessa vez que David Ayer terá sua redenção.

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Thiago Munizhttp://cinepop.com.br/
Carioca, 26 anos, apaixonado por Cinema. Venho estudando e vivendo todas as partes da sétima arte à procura de conhecimento da área. Graduando no curso de Cinema e influenciador cinematográfico no Instagram.

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