domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Camping – comédia pura forçação de barra

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Dentro das produções audiovisuais existem diversos gêneros diferentes e na minha concepção de crítica, por mais que não aparente, comédia é um dos mais difíceis de se fazer. Ser engraçado não é fácil e deve ser mais difícil ainda quando se tem um roteiro definindo suas falas e passos. Nas primeiras impressões sobre Camping, criada por Lena Dunham (Girls) e Jenni Konner (In the Motherhood), cheguei a comentar que a produção despertava o interesse e a curiosidade do público para continuar conferindo os episódios, entretanto, isto mudou ao longo dos capítulos.

A série de TV é uma adaptação de uma produção britânica de mesmo nome e mostra a história de um casal cuja esposa planeja uma viagem para um acampamento, juntamente a antigos amigos do marido, para comemorar o aniversário do mesmo, entretanto, os problemas pessoais de cada um e entre si acabam fazendo com que o programa na mata saia do controle.



Protagonizado por Jennifer Garner e David Tennant nos papeis de Kathryn McSorley-Jodell e Walt Jodell, Camping tem um começo positivo, despertando de fato o interesse de quem assiste para conferir o que virá a calhar nos episódios seguintes. Entretanto, o roteiro começa a desandar a partir do quarto capítulo e perde cada vez mais força ao longo dos próximos. A narrativa torna-se forçada, revelando problema atrás de problema entre seus personagens –  com alguns até parecendo desinteressados em estar atuando ali.

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Por mais realismo que algumas situações ofereçam, afinal, confinar este número de adultos diferentes em personalidade e conflituosos em um só ambiente sem redes sociais ou interações com o mundo lá de fora, de fato, poderia resultar em alguns surtos de algumas pessoas. Contudo, isso é elevado em um nível que acaba não funcionando de maneira totalmente coerente com a trama e desinteressando o telespectador rapidamente. Afinal, para que continuar assistindo isso se posso fazer algo melhor com o meu tempo?

Ademais, os personagens que antes causavam simpatia e até identificação com público –  afinal, quem não conhece algumas dessas pessoas que estão construindo a narrativa da série de TV?! -,  agora parecem forçados, como é o caso de Nina-Joy (Janicza Bravo), Joe (Chris Sullivan) e Miguel (Arturo Del Puerto). Por outro lado, Garner e Tennant tentam trabalhar com o roteiro que possuem e entregar a melhor performance possível.

O mesmo pode-se dizer sobre Juliette Lewis como Jandice, contudo, sua personagem é tão insuportável que só faz com que as pessoas que estão assistindo desejem que o Drogon apareça em algum momento e a consuma em chamas. A personagem é ambígua, ou seja, é difícil saber o que Dunham e Konner realmente gostariam de passar com ela, o que se torna mais um desfalque dentro da narrativa. De longe, Sol (Cheyenne Haynes) e Carleen (Ione Skye) possuem os melhores arcos da série, por menor que eles sejam. São as que evoluem coerentemente ao longo dos episódios.

Em quesitos técnicos, a produção realiza uma boa direção em cada capítulo, explorando os diferentes ângulos que somente um cenário de floresta poderia causar. A arte também faz um trabalho coeso e realmente permite ao telespectador adentrar aquele universo por meio dos objetos escolhidos para compor as cenas. O misto de modernidade com a ideia de passar um período outside – fora – para fortalecer os laços também é um dos pontos positivos na construção do ambiente.

No geral, Camping é uma série de comédia com um roteiro forçado demais que, provavelmente, vai causar no público a sensação de que poderia estar fazendo algo melhor com o seu tempo, ao invés de estar investindo em personagens que irá esquecer na semana seguinte (ou não, devido a chatice e forçação de barra de alguns). Seguimos na torcida por uma boa produção com o nome de Jennifer Garner estampado!

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Dentro das produções audiovisuais existem diversos gêneros diferentes e na minha concepção de crítica, por mais que não aparente, comédia é um dos mais difíceis de se fazer. Ser engraçado não é fácil e deve ser mais difícil ainda quando se tem um roteiro definindo suas falas e passos. Nas primeiras impressões sobre Camping, criada por Lena Dunham (Girls) e Jenni Konner (In the Motherhood), cheguei a comentar que a produção despertava o interesse e a curiosidade do público para continuar conferindo os episódios, entretanto, isto mudou ao longo dos capítulos.

A série de TV é uma adaptação de uma produção britânica de mesmo nome e mostra a história de um casal cuja esposa planeja uma viagem para um acampamento, juntamente a antigos amigos do marido, para comemorar o aniversário do mesmo, entretanto, os problemas pessoais de cada um e entre si acabam fazendo com que o programa na mata saia do controle.

Protagonizado por Jennifer Garner e David Tennant nos papeis de Kathryn McSorley-Jodell e Walt Jodell, Camping tem um começo positivo, despertando de fato o interesse de quem assiste para conferir o que virá a calhar nos episódios seguintes. Entretanto, o roteiro começa a desandar a partir do quarto capítulo e perde cada vez mais força ao longo dos próximos. A narrativa torna-se forçada, revelando problema atrás de problema entre seus personagens –  com alguns até parecendo desinteressados em estar atuando ali.

Por mais realismo que algumas situações ofereçam, afinal, confinar este número de adultos diferentes em personalidade e conflituosos em um só ambiente sem redes sociais ou interações com o mundo lá de fora, de fato, poderia resultar em alguns surtos de algumas pessoas. Contudo, isso é elevado em um nível que acaba não funcionando de maneira totalmente coerente com a trama e desinteressando o telespectador rapidamente. Afinal, para que continuar assistindo isso se posso fazer algo melhor com o meu tempo?

Ademais, os personagens que antes causavam simpatia e até identificação com público –  afinal, quem não conhece algumas dessas pessoas que estão construindo a narrativa da série de TV?! -,  agora parecem forçados, como é o caso de Nina-Joy (Janicza Bravo), Joe (Chris Sullivan) e Miguel (Arturo Del Puerto). Por outro lado, Garner e Tennant tentam trabalhar com o roteiro que possuem e entregar a melhor performance possível.

O mesmo pode-se dizer sobre Juliette Lewis como Jandice, contudo, sua personagem é tão insuportável que só faz com que as pessoas que estão assistindo desejem que o Drogon apareça em algum momento e a consuma em chamas. A personagem é ambígua, ou seja, é difícil saber o que Dunham e Konner realmente gostariam de passar com ela, o que se torna mais um desfalque dentro da narrativa. De longe, Sol (Cheyenne Haynes) e Carleen (Ione Skye) possuem os melhores arcos da série, por menor que eles sejam. São as que evoluem coerentemente ao longo dos episódios.

Em quesitos técnicos, a produção realiza uma boa direção em cada capítulo, explorando os diferentes ângulos que somente um cenário de floresta poderia causar. A arte também faz um trabalho coeso e realmente permite ao telespectador adentrar aquele universo por meio dos objetos escolhidos para compor as cenas. O misto de modernidade com a ideia de passar um período outside – fora – para fortalecer os laços também é um dos pontos positivos na construção do ambiente.

No geral, Camping é uma série de comédia com um roteiro forçado demais que, provavelmente, vai causar no público a sensação de que poderia estar fazendo algo melhor com o seu tempo, ao invés de estar investindo em personagens que irá esquecer na semana seguinte (ou não, devido a chatice e forçação de barra de alguns). Seguimos na torcida por uma boa produção com o nome de Jennifer Garner estampado!

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