terça-feira , 3 dezembro , 2024

Crítica | Cangaço Novo – Explosivo seriado que mostra a saga do Robin Hood Sertanejo

É sempre política, até quando é guerra. Mostrando a saga de um homem, exonerado do exército, ex-bancário, que vira assaltante de banco, em total reconexão com um passado do qual só tinha lampejos de lembranças, Cangaço Novo, novo seriado brasileiro da Prime Video, com um total de oito episódios na sua primeira temporada, é um explosivo projeto que vai da violência até perdidos laços familiares. Com episódios dirigidos por Fábio Mendonça e Aly Muritiba, deixando fortes traços de críticas sociais e aos problemas estruturais, sociais, que atingem várias partes do Brasil, Cangaço Novo passa por cima de qualquer simples análise sobre heróis e bandidos mostrando que o buraco é mais embaixo.



Na trama, ambientada na Cidade fictícia de Cratará, no Ceará, conhecemos Ubaldo (Allan Souza Lima), um homem com um presente repleto de conflitos em São Paulo, cidade onde mora. Recém demitido de um banco onde trabalhava, apertado para pagar as despesas hospitalares do pai internado, atravessa o país por causa de uma carta dizendo sobre uma possível herança, fato que o leva para uma cidadezinha no sertão cearense onde descobre ser filho de um cangaceiro conhecido na região. Logo se vê em novos conflitos, com a violência inserida no cotidiano e entre vinganças, corrupções políticas em terras repletas de histórias ligadas à desgraças, acaba virando parte de um bando violento que assalta bancos por toda a região ao mesmo tempo que tenta se conectar com as duas irmãs que nem sabia que existiam, isso tudo em um lugar onde ele não é invisível.

O sentido de família aqui chega de diversas formas que vão desde a fé passando pelos traumas de um passado nunca esquecido, os problemas sociais enfrentados pela má administração do dinheiro público ferindo famílias pobres em um lugar com recursos limitados, até mesmo o sobrenatural. Problemas com a distribuição da água, uma eleição turbulenta, traições, a volta do movimento de banditismo, seguindo a linha de que pai é quem cria, Ubaldo começa aos poucos a redescobrir sua história.

Flashbacks em preto e branco abrem os episódios, detalhes que viram elementos complementares de uma narrativa dinâmica que mostra diversos pontos de vistas num roteiro que apresenta muitos detalhes ligados aos porquês de um jogo que só se ganha não respeitando as regras. No melhor estilo faroeste, com violência fortemente presente, com jagunços, politicagem, tensões entre famílias com passado e presente de rivalidades aos poucos vamos vendo a criação de uma espécie de Robin Hood Sertanejo num sertão de novos tempos, um anti-herói que simboliza parte de um movimento social conhecido no final do século XIX e início do Século XX.

O elenco é excelente, com nomes como: Marcélia Cartaxo, Ricardo Blat e a sempre impactante Hermila Guedes. Mas os destaques vem de rostos pouco conhecidos do grande público, o trio que forma o protagonismo: Allan Souza Lima, Thainá Duarte e Alice Carvalho. Essa última em uma atuação marcante, na pele de uma personagem que ficará nas nossas memórias por muito tempo!

Com um final aberto, repleto de pontas soltas, fatos que deverão se desenvolver ao longo de novas temporadas, Cangaço Novo chega com o pé na porta mostrando verdades de velhos e novos tempos.

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Crítica | Cangaço Novo – Explosivo seriado que mostra a saga do Robin Hood Sertanejo

É sempre política, até quando é guerra. Mostrando a saga de um homem, exonerado do exército, ex-bancário, que vira assaltante de banco, em total reconexão com um passado do qual só tinha lampejos de lembranças, Cangaço Novo, novo seriado brasileiro da Prime Video, com um total de oito episódios na sua primeira temporada, é um explosivo projeto que vai da violência até perdidos laços familiares. Com episódios dirigidos por Fábio Mendonça e Aly Muritiba, deixando fortes traços de críticas sociais e aos problemas estruturais, sociais, que atingem várias partes do Brasil, Cangaço Novo passa por cima de qualquer simples análise sobre heróis e bandidos mostrando que o buraco é mais embaixo.

Na trama, ambientada na Cidade fictícia de Cratará, no Ceará, conhecemos Ubaldo (Allan Souza Lima), um homem com um presente repleto de conflitos em São Paulo, cidade onde mora. Recém demitido de um banco onde trabalhava, apertado para pagar as despesas hospitalares do pai internado, atravessa o país por causa de uma carta dizendo sobre uma possível herança, fato que o leva para uma cidadezinha no sertão cearense onde descobre ser filho de um cangaceiro conhecido na região. Logo se vê em novos conflitos, com a violência inserida no cotidiano e entre vinganças, corrupções políticas em terras repletas de histórias ligadas à desgraças, acaba virando parte de um bando violento que assalta bancos por toda a região ao mesmo tempo que tenta se conectar com as duas irmãs que nem sabia que existiam, isso tudo em um lugar onde ele não é invisível.

O sentido de família aqui chega de diversas formas que vão desde a fé passando pelos traumas de um passado nunca esquecido, os problemas sociais enfrentados pela má administração do dinheiro público ferindo famílias pobres em um lugar com recursos limitados, até mesmo o sobrenatural. Problemas com a distribuição da água, uma eleição turbulenta, traições, a volta do movimento de banditismo, seguindo a linha de que pai é quem cria, Ubaldo começa aos poucos a redescobrir sua história.

Flashbacks em preto e branco abrem os episódios, detalhes que viram elementos complementares de uma narrativa dinâmica que mostra diversos pontos de vistas num roteiro que apresenta muitos detalhes ligados aos porquês de um jogo que só se ganha não respeitando as regras. No melhor estilo faroeste, com violência fortemente presente, com jagunços, politicagem, tensões entre famílias com passado e presente de rivalidades aos poucos vamos vendo a criação de uma espécie de Robin Hood Sertanejo num sertão de novos tempos, um anti-herói que simboliza parte de um movimento social conhecido no final do século XIX e início do Século XX.

O elenco é excelente, com nomes como: Marcélia Cartaxo, Ricardo Blat e a sempre impactante Hermila Guedes. Mas os destaques vem de rostos pouco conhecidos do grande público, o trio que forma o protagonismo: Allan Souza Lima, Thainá Duarte e Alice Carvalho. Essa última em uma atuação marcante, na pele de uma personagem que ficará nas nossas memórias por muito tempo!

Com um final aberto, repleto de pontas soltas, fatos que deverão se desenvolver ao longo de novas temporadas, Cangaço Novo chega com o pé na porta mostrando verdades de velhos e novos tempos.

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