domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Capital Humano: Drama com Maya Hawke e Marisa Tomei estreia HOJE na TNT

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Capital Humano estreia nesta sexta-feira (18), às 22h30 (horário BSB) na TNT

São os pequenos instantes que fazem toda a diferença. As frações de minutos, que tantas vezes desdenhamos, são aquelas que reviram, transformam e redefinem as nossas histórias. Em Capital Humano, essa questão se transforma em um drama sobre o valor da vida e sobre como lidamos com as graves e catastróficas consequências originadas desse minúsculos hiatos do tempo. Com um elenco grandioso liderado por Marisa Tomei e Liev Schreiber, a produção independente de Marc Meyers pode até trazer uma história comum demais, mas a entrega nos braços de um sucessão de grandiosas atuações que roubam a nossa atenção.



Se desenvolvendo a partir de um único momento, Capital Humano é alicerçado na fatídica noite de entrega de um prêmio por excelência estudantil. E o que poderia ser um evento qualquer permeado por membros da alta sociedade, é na verdade o pilar de uma grande confusão familiar, que esconde rachaduras e dores profundas, que nada se assemelham à elegância e preciosismo de uma noite de gala que é puramente uma massageação de ego da elite branca. Criando um contraste entre as entranhas de um casamento podre e cheio de infidelidades, com uma festa cheia de ostentação e “perfeição”, o roteiro de Oren Moverman consegue se tornar perspicaz por se apoiar naquilo que funciona. Com uma trama simples – um clássico acidente de carro que rende na morte de um ciclista, com o motorista fugindo -, o drama se apega aos seus atores e acerta surpreendentemente por isso.

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Com Maya Hawke cada vez mais madura em sua performance, ao lado de uma Marisa Tomei de semblante depressivo, o drama ainda nos arrebata por trazer Alex Wolf em uma atuação caótica e doentia. Como um quase estereótipo de garoto-problema, ele é de fato um menino inseguro, sem fundamentação familiar e que emana pensamentos suicidas em praticamente tudo que faz. Agressivo e explosivo, ele é a surpresa do filme que nos é guardada por tempo até demais. Se entregando ao papel de Ian com vontade e imersão, ele evidencia que o cinema independente é mesmo o seu lugar.

Mostrando diversas perspectivas de uma mesma noite, o drama consegue manter um certo nível de dinamismo por sempre mudar a nossa percepção da própria trama, mostrando como os personagens se encaixam uns nos outros, a partir de um único minuto. E mesmo com um material que não traz nada de novo em sua essência, o longa opta por se sustentar unicamente em seus atores, que carregam a narrativa do começo ao fim e são capazes de nos levar pelos momentos mais lentos do desenvolvimento dos seus respectivos arcos com leveza e naturalidade. Com uma forte carga dramática rendida na linguagem corporal dos personagens e que ainda aborda a fragilidade dos mais diversos relacionamentos, Capital Humano é um filme que tem suas falhas, poderia ir mais além, mas ainda assim conseguirá agradar aqueles que buscam um drama de impacto em uma noite de sexta-feira.

 

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Se desenvolvendo a partir de um único momento, Capital Humano é alicerçado na fatídica noite de entrega de um prêmio por excelência estudantil. E o que poderia ser um evento qualquer permeado por membros da alta sociedade, é na verdade o pilar de uma grande confusão familiar, que esconde rachaduras e dores profundas, que nada se assemelham à elegância e preciosismo de uma noite de gala que é puramente uma massageação de ego da elite branca. Criando um contraste entre as entranhas de um casamento podre e cheio de infidelidades, com uma festa cheia de ostentação e “perfeição”, o roteiro de Oren Moverman consegue se tornar perspicaz por se apoiar naquilo que funciona. Com uma trama simples – um clássico acidente de carro que rende na morte de um ciclista, com o motorista fugindo -, o drama se apega aos seus atores e acerta surpreendentemente por isso.

Com Maya Hawke cada vez mais madura em sua performance, ao lado de uma Marisa Tomei de semblante depressivo, o drama ainda nos arrebata por trazer Alex Wolf em uma atuação caótica e doentia. Como um quase estereótipo de garoto-problema, ele é de fato um menino inseguro, sem fundamentação familiar e que emana pensamentos suicidas em praticamente tudo que faz. Agressivo e explosivo, ele é a surpresa do filme que nos é guardada por tempo até demais. Se entregando ao papel de Ian com vontade e imersão, ele evidencia que o cinema independente é mesmo o seu lugar.

Mostrando diversas perspectivas de uma mesma noite, o drama consegue manter um certo nível de dinamismo por sempre mudar a nossa percepção da própria trama, mostrando como os personagens se encaixam uns nos outros, a partir de um único minuto. E mesmo com um material que não traz nada de novo em sua essência, o longa opta por se sustentar unicamente em seus atores, que carregam a narrativa do começo ao fim e são capazes de nos levar pelos momentos mais lentos do desenvolvimento dos seus respectivos arcos com leveza e naturalidade. Com uma forte carga dramática rendida na linguagem corporal dos personagens e que ainda aborda a fragilidade dos mais diversos relacionamentos, Capital Humano é um filme que tem suas falhas, poderia ir mais além, mas ainda assim conseguirá agradar aqueles que buscam um drama de impacto em uma noite de sexta-feira.

 

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