sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica | Carmen Sandiego – um presente aos fãs da animação de 1994

O ano é 1985 quando a Brøderbund Software lança um jogo chamado Where in the World is Carmen Sandiego?, inicialmente para Apple II e depois na versão IBM PC XT. Além desta, outras versões também foram lançadas. Em 1994, então, surge um desenho animado baseado no jogo para computador de mesmo nome – conhecido no Brasil como Em que lugar da Terra está Carmen Sandiego? –, em que os personagens Zack, Ivy e o Chefe, da Agência de Detetives ACME, estão em busca da ladra – mundialmente conhecida – Carmen Sandiego, por roubos de material histórico, fraudes bancárias, entre outros crimes.

Em 2017, portanto, o canal de streaming Netflix anunciou que realizariam um reboot do desenho animado, o que deixou muitos adultos felizes, já que, como eu, cresceram assistindo à icônica personagem de chapéu e casaco vermelho. A animação chegou na plataforma este mês com o nome de Carmen Sandiego e traz duas vozes conhecidas: sendo Gina Rodriguez, de Jane the Virgin, a protagonista, e Finn Wolfhard, de Stranger Things, o Player.

A série animada é desenvolvida por Duane Capizzi (A Morte do Superman) e vem com uma nova roupagem para a história já conhecida. Desta vez, o roteirista opta por colocar a própria Carmen Sandiego no holofote da narrativa e apresenta um histórico para a mesma. Aqui o público descobre os motivos dos roubos praticados pela personagem de Rodriguez, de onde ela vem e quem é a equipe que a ajuda por “trás das câmeras”. Além disso, para acrescentar mais complexidades à trama, ele opta por colocar algumas pessoas perseguindo sua protagonista que não são autoridades legais.

Essas decisões só acrescentaram em positivo para o caminho percorrido pela história. O telespectador estará assistindo a uma Carmen Sandiego modernizada, cheia de complexidades e personalidade, com alguns objetos que somente a tecnologia pode explicar e uma narrativa que conta com direito a cliffhanger e pontos de vistas diferentes. São nove episódios que passam tão rápido que o público nem consegue sentir enquanto assiste.

O desenvolvimento dos personagens está espetacular. Desde a química entre Carmen e sua equipe até a interação dos membros da V.I.L.E.. Um ponto que é preciso destacar, além da excelente escolha de qual personalidade dar para a protagonista – que, convenhamos, combina perfeitamente com a voz de Rodriguez -, é quão o Detetive Chase Devineaux (Rafael Petardi) consegue se enquadrar no típico homem branco que acredita saber mais do que qualquer outra pessoa. Neste momento entra Julia Argent (Charlet Chung), uma agente com menos tempo de casa, parceira de Chase, que conta com uma inteligência afiada e um sentido apurado. É intrigante acompanhar seu crescimento ao longo dos capítulos e sua interação com o mesmo.

Os gráficos da animação se equiparam aos que foram escolhidos para o reboot de She-Ra e as Princesas do Poder. Não espere um traço fino e realístico, pois aqui a escolha é por algo levemente mais rústico, mas que se enquadra perfeitamente com a trama apresentada. É necessário também elogiar o quanto a equipe conseguiu manter da essência da história já conhecida e ao mesmo tempo deixa-la com cara de 2019. A trilha sonora também está em sincronia.

Não deixe de assistir:

No geral, Carmen Sandiego está aí para agradar o fiel fã mais velho, que acompanhou o desenho em 1994, e também para atrair um novo grupo de espectadores. O roteiro consegue superar o anterior trazendo um enredo principal, assim como, secundários, e dando storylines para todos os seus personagens. É como se pegássemos a animação de 1994, a modernizássemos e lhe déssemos mais corpo. É para assistir imediatamente – e aproveitar para aprender um pouco mais de geografia e história!

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