quarta-feira, agosto 20, 2025
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    Crítica | ‘Cazuza: Boas Novas’ – Um mergulho profundo, preciso e sensível pela mente brilhante de um genial artista

    Falar de um artista que ainda pulsa por meio de sua obra nunca é simples. O documentário Cazuza: Boas Novas, exibido com grande sucesso no Festival In-Edit Brasil, mergulha de forma sensível e intimista em um recorte marcante do fim dos anos 1980 — um período turbulento e intenso na vida pessoal e profissional do eterno Cazuza. A produção revela a explosão de emoções e criatividade de um dos nomes mais geniais da nossa música.

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    A obra percorre histórias curiosas contadas por amigos e familiares, entrelaçadas com reportagens de TV e canções que muitos de nós sabemos de cor e seguimos cantando até hoje. Clássicos como Faz Parte do Meu Show, Codinome Beija-Flor e tantos outros não ficam de fora. O mais interessante é como essas músicas surgem dentro de um contexto que dialoga com os arcos da narrativa, permitindo que o filme flua com leveza, mesmo ao abordar temas polêmicos que marcaram a trajetória de Cazuza.

    Divulgação/ Miriam Prado

    Repleto de depoimentos de figuras marcantes da nossa música, como Gilberto Gil, Ney Matogrosso e Roberto Frejat, o documentário acerta ao construir uma narrativa organizada que mistura falas emocionantes, reportagens, imagens de arquivo e apresentações musicais — algumas possivelmente inéditas. Entre os destaques, está o espetáculo O Tempo Não Para, que arrastou multidões por todo o país. Em seus 90 minutos de projeção, o filme prende do início ao fim: é emoção atrás de emoção, e o tempo, ironicamente, parece mesmo não passar.

    Dirigido por Nilo Romero e co-dirigido por Robert Moret — primeiro amigo e diretor musical do show final de Cazuza — o documentário tem como maior mérito a proximidade genuína que alcança com seu personagem central. A cada história contada, o público é conquistado por uma narrativa que flui de forma artesanal, conduzida por alguém que viveu intensamente os bastidores daquilo que vemos na tela. As longas conversas dos convidados, e também amigos de Cazuza, com o próprio Nilo, carregadas de emoção e memórias vívidas, transformam-se na cereja do bolo de um filme que tem tudo para se tornar atemporal — como toda grande obra que revela, com honestidade, as verdades de um artista único.

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