sábado , 21 dezembro , 2024

Crítica | Chevalier: A Verdadeira História Nunca Contada – FASCINANTE jornada sobre um genial músico pouco lembrado dos tempos de Mozart e Maria Antonieta

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Quando a maior maldade é nos convencer que não temos escolha. Nos tempos de Mozart e Maria Antonieta, nos prelúdios da revolução Revolução Francesa, um espetacular músico franco-caribenho luta contra o preconceito e consegue seu lugar na alta sociedade francesa se posicionando de forma impactante nas mudanças sociais de uma França à beira de mudanças. Exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto do ano passado, Chevalier: A Verdadeira História Nunca Contada mostra com maestria a história nunca contada desse exímio músico negro que escreveu sinfonias, concertos, óperas e marcou para sempre seu nome no cenário cultural europeu. A direção é assinada pelo ótimo Stephen Williams.

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Na trama, conhecemos Joseph Bologne (Kelvin Harrison Jr.), nascido em Guadalupe, lugar que fica nas ilhas ao sul do mar do Caribe que pertence à França, filho de uma escrava e um senhor de terras que desde pequeno mostra sua vocação para música. Ele, sempre muito confiante e driblando o preconceito de muitos ao seu redor, consegue entrar na prestigiada Academia La Boessière onde desenvolve inúmeras habilidades virando um genial esgrimista, um gênio do violino. Os anos se passam e Joseph consegue grande destaque na alta sociedade francesa e em um determinado ponto, com um olhar crítico para tudo que acontece em uma Paris empolvorosa, escolhe seu lado na luta pelos direitos humanos.

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A direção de Stephen Williams é primorosa. O cineasta com longa passagem no mundo dos seriados, dirigindo episódios de renomadas seriados como: Lost, Watchmen, Westworld, Bloodline apresenta sua contagiante narrativa através de detalhadas passagens de tempo na vida de Bologne. Suas dores, seus dilemas, suas angústias, seu grande amor, sua relação com a mãe, correm em paralelo com todo o contexto político dessa turbulenta época da história francesa que desagua em um clímax profundo, cheio de reflexões, um concerto em prol dos direitos humanos que ficou marcado na sua trajetória.

O contexto por aqui é fundamental para imersão do espectador, uma grande aula de história ao longo das pouco menos de duas horas de projeção é vista. Em 1789, o povo se revoltou contra a monarquia e principalmente contra a figura sempre controversa de sua rainha (no filme interpretada por Samara Weaving). A construção do protagonista nos mostra o todo de desse período, entre duelo de violinos, e pontos marcantes na vida do coroado Chevalier de Saint Georges. Sua relação com a mãe também é um dos pontos altos do filme. Ela que era propriedade de seu pai, com a morte desse, alforriada, é entregue a Joseph. Um diálogo emocionante entre mãe e filho, já no arco final diz muito sobre o que se escorre nas entrelinhas em uma época de muito preconceito.

Há uma importância gigante, cultural e social, dessa história ser contada. Quando Bonaparte apareceu no cenário político, anos após Antonieta, reestabeleceu a escravidão nas colônias francesas e por consequência proibiu Bolagne de se manifestar pelo seu ofício, fato que deixou grande parte da obra do artista cair aos poucos em esquecimento sendo somente redescoberta anos mais tarde. Que bom que existe o cinema, entre outras artes, que resgatam histórias que servem de inspiração e não deixam cair no esquecimento fatos importantes de outrora.

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Quando a maior maldade é nos convencer que não temos escolha. Nos tempos de Mozart e Maria Antonieta, nos prelúdios da revolução Revolução Francesa, um espetacular músico franco-caribenho luta contra o preconceito e consegue seu lugar na alta sociedade francesa se posicionando de forma impactante nas mudanças sociais de uma França à beira de mudanças. Exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto do ano passado, Chevalier: A Verdadeira História Nunca Contada mostra com maestria a história nunca contada desse exímio músico negro que escreveu sinfonias, concertos, óperas e marcou para sempre seu nome no cenário cultural europeu. A direção é assinada pelo ótimo Stephen Williams.

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Na trama, conhecemos Joseph Bologne (Kelvin Harrison Jr.), nascido em Guadalupe, lugar que fica nas ilhas ao sul do mar do Caribe que pertence à França, filho de uma escrava e um senhor de terras que desde pequeno mostra sua vocação para música. Ele, sempre muito confiante e driblando o preconceito de muitos ao seu redor, consegue entrar na prestigiada Academia La Boessière onde desenvolve inúmeras habilidades virando um genial esgrimista, um gênio do violino. Os anos se passam e Joseph consegue grande destaque na alta sociedade francesa e em um determinado ponto, com um olhar crítico para tudo que acontece em uma Paris empolvorosa, escolhe seu lado na luta pelos direitos humanos.

A direção de Stephen Williams é primorosa. O cineasta com longa passagem no mundo dos seriados, dirigindo episódios de renomadas seriados como: Lost, Watchmen, Westworld, Bloodline apresenta sua contagiante narrativa através de detalhadas passagens de tempo na vida de Bologne. Suas dores, seus dilemas, suas angústias, seu grande amor, sua relação com a mãe, correm em paralelo com todo o contexto político dessa turbulenta época da história francesa que desagua em um clímax profundo, cheio de reflexões, um concerto em prol dos direitos humanos que ficou marcado na sua trajetória.

O contexto por aqui é fundamental para imersão do espectador, uma grande aula de história ao longo das pouco menos de duas horas de projeção é vista. Em 1789, o povo se revoltou contra a monarquia e principalmente contra a figura sempre controversa de sua rainha (no filme interpretada por Samara Weaving). A construção do protagonista nos mostra o todo de desse período, entre duelo de violinos, e pontos marcantes na vida do coroado Chevalier de Saint Georges. Sua relação com a mãe também é um dos pontos altos do filme. Ela que era propriedade de seu pai, com a morte desse, alforriada, é entregue a Joseph. Um diálogo emocionante entre mãe e filho, já no arco final diz muito sobre o que se escorre nas entrelinhas em uma época de muito preconceito.

Há uma importância gigante, cultural e social, dessa história ser contada. Quando Bonaparte apareceu no cenário político, anos após Antonieta, reestabeleceu a escravidão nas colônias francesas e por consequência proibiu Bolagne de se manifestar pelo seu ofício, fato que deixou grande parte da obra do artista cair aos poucos em esquecimento sendo somente redescoberta anos mais tarde. Que bom que existe o cinema, entre outras artes, que resgatam histórias que servem de inspiração e não deixam cair no esquecimento fatos importantes de outrora.

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