sábado , 23 novembro , 2024

Crítica | Cindy La Regia – Comédia Romântica da Amazon Prime Diverte e Empodera

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O pequeno município de San Pedro Garza García, em Monterrey, México, possui pouco mais que 120 mil habitantes. É nessa cidadezinha interiorana que mora Cíntia – ou melhor, Cindy (Cassandra Sanchez Navarro) –, uma jovem de vinte e poucos anos suuuuuper patricinha e riquinha que vive numa bolha onde todos são belos, ricos e felizes, na qual o maior objetivo de vida de uma garota é se casar. Porém, tudo muda quando, no dia do seu aniversário, seu então namorado resolve pedi-la em casamento – e ela decide fugir, deixando tudo pra trás, mudando-se para a capital e pedindo abrigo na casa da prima, Angie (Regina Blandón), com quem irá aprender a ter autoconfiança e empoderar-se em sua vida.



Baseado nos quadrinhos de Ricardo Cucamonga, ‘Cindy La Regia’ é uma comédia romântica centrada nos temas atuais da vida da jovem adulta de classe média alta em busca de independência, porém ainda muito marcada pela educação patriarcal recebida. Por isso, o uso do humor e da ironia de Ricardo ao criar sua personagem é o maior acerto do argumento do seu quadrinho, cuja transposição para o audiovisual foi bastante acertada.

Além do tema super relevante, vale ressaltar que boa parte da equipe técnica em ‘Cindy La Regia’ é composta por mulheres. São diretoras, produtoras, roteiristas, assistentes, enfim, é só observar as letrinhas ao final do filme. Esse olhar feminino na produção faz toda a diferença não só para contar a história, mas para dialogar diretamente com o público alvo do longa.

Considerando que ‘Cindy La Regia’ é inspirado apenas na personagem, e não nas tirinhas, o roteiro de Maria Hinojos consegue construir uma história cativante que agrega à sua protagonista temas relevantes para as expectadoras, como a busca pelo primeiro emprego, a insegurança emocional, o assédio no ambiente de trabalho, famílias desencorajadoras, etc. Talvez o problema do filme seja justamente esse excesso de vontade do roteiro, que, ao tentar inserir o maior número possível de pautas, acaba por vezes correndo na resolução de alguns eventos ou inserindo-os tão subitamente na trama, que geram confusão. É assim que, com uma hora e quarenta e oito de longa, a gente fica com a sensação de ter visto uma série, não um filme.

A direção de Catalina Aguilar Mastretta e Santiago Limón conduz bem os três arcos do enredo, porém, alguns deslizes da edição (favorecidos pelo roteiro acelerado) fazem com que o filme por vezes tenha um corte abrupto na trama, e isso é meio esquisito. Entretanto, o elenco todo tem tanta sintonia e diz suas falas com tamanha naturalidade, que realmente deixa a impressão de estarem conversando naturalmente, como se nós fôssemos mais uma colega na turma.

Cindy La Regia’ trabalha o longo caminho do empoderamento feminino com tanta suavidade, humor e carinho, que diverte o público, e, ao mesmo tempo, consegue passar sua mensagem. É um filme leve, ótimo para assistir para distrair a mente e ganhar autoconfiança.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Baseado nos quadrinhos de Ricardo Cucamonga, ‘Cindy La Regia’ é uma comédia romântica centrada nos temas atuais da vida da jovem adulta de classe média alta em busca de independência, porém ainda muito marcada pela educação patriarcal recebida. Por isso, o uso do humor e da ironia de Ricardo ao criar sua personagem é o maior acerto do argumento do seu quadrinho, cuja transposição para o audiovisual foi bastante acertada.

Além do tema super relevante, vale ressaltar que boa parte da equipe técnica em ‘Cindy La Regia’ é composta por mulheres. São diretoras, produtoras, roteiristas, assistentes, enfim, é só observar as letrinhas ao final do filme. Esse olhar feminino na produção faz toda a diferença não só para contar a história, mas para dialogar diretamente com o público alvo do longa.

Considerando que ‘Cindy La Regia’ é inspirado apenas na personagem, e não nas tirinhas, o roteiro de Maria Hinojos consegue construir uma história cativante que agrega à sua protagonista temas relevantes para as expectadoras, como a busca pelo primeiro emprego, a insegurança emocional, o assédio no ambiente de trabalho, famílias desencorajadoras, etc. Talvez o problema do filme seja justamente esse excesso de vontade do roteiro, que, ao tentar inserir o maior número possível de pautas, acaba por vezes correndo na resolução de alguns eventos ou inserindo-os tão subitamente na trama, que geram confusão. É assim que, com uma hora e quarenta e oito de longa, a gente fica com a sensação de ter visto uma série, não um filme.

A direção de Catalina Aguilar Mastretta e Santiago Limón conduz bem os três arcos do enredo, porém, alguns deslizes da edição (favorecidos pelo roteiro acelerado) fazem com que o filme por vezes tenha um corte abrupto na trama, e isso é meio esquisito. Entretanto, o elenco todo tem tanta sintonia e diz suas falas com tamanha naturalidade, que realmente deixa a impressão de estarem conversando naturalmente, como se nós fôssemos mais uma colega na turma.

Cindy La Regia’ trabalha o longo caminho do empoderamento feminino com tanta suavidade, humor e carinho, que diverte o público, e, ao mesmo tempo, consegue passar sua mensagem. É um filme leve, ótimo para assistir para distrair a mente e ganhar autoconfiança.

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