domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Cine Holliúdy 2 – A Chibata Sideral – Humor porreta que faz gargalhar sem ofender

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São poucos os filmes que conseguem fazer humor inteligente sem apelar para as ofensas ou até mesmo aos clichês, aquele humor puro que nos faz rir usando poucos artifícios, encontrando o timing cômico em piadas rápidas que funcionam para todo mundo e fazem a plateia gargalhar.

E o cineasta cearense Halder Gomes consegue, mais uma vez, provar que é um dos melhores comediantes da atualidade.



Após se destacar internacionalmente em 2004 por realizar o curta-metragem ‘Cine Holliúdy – O Astista Contra o Caba do Mal‘, selecionado para 80 festivais de 20 países, Halder viu sua carreira decolar.

Em 2013, ele lançou o filmeCine Holliúdy‘ – uma extensão do seu curta de sucesso – que se transformou em um fenômeno de bilheterias: sem contar com muito marketing, conquistou o boca a boca positivo e levou mais de 550 mil brasileiros aos cinemas.

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Agora com a sequência, Halder é ainda mais ambicioso com uma produção que contou com muitos mais recursos, astros e um humor ainda mais porreta, usando a rapidez da linguagem cearense e suas gírias arretadas para entregar uma pérola do humor nacional.

A história começa em 1980, com uma piada impagável envolvendo um Steven Spielberg sem ideias, quando uma página de jornal cearense misteriosamente voa pela janela e te dá a ideia de fazer uma de suas obras mais icônicas: ‘ET – O Extraterrestre‘. Esse epílogo hilário já faz valer o ingresso do filme, e mostra como Halder consegue misturar culturas de uma maneira brilhante.

Voltamos para alguns meses antes, para Pacatuba, interior do Ceará. A popularização da TV obriga Francisgleydisson a fechar seu adorado Cine Holliúdy e ir morar na casa da sogra, ao lado da esposa Maria das Graças e do filho Francin. Após passar por uma experiência alienígena, na qual um amigo foi abduzido, ele tem a ideia de rodar um longa-metragem de ficção científica onde Lampião enfrenta os seres extraterrestres. Para tanto, consegue o apoio do prefeito Olegário e de sua esposa Justina, candidata às próximas eleições.

Todos os personagens são extremamente caricatos, e ainda assim deliciosamente divertidos. Edmilson Filho volta a brilhar como Francisgleydisson, um homem apaixonado por cinema que decide continuar perseguindo seu sonho apesar de diversos fracassos, sempre amparado pela esposa “Graciosa” (Miriam Freeland, ótima) e seu filho Francin (Ariclenes Barroso, um dos destaques do filme).

Para criar um filme de ficção-científica nos moldes hollywoodianos, Francisgleydisson vai contar com a ajuda de uma turma inimaginável: o Cego Isaías (Falcão, SENSACIONAL) e o perigoso e assustador Zé Coveiro (Milhem Cortaz, sempre ótimo).

O elenco também recebe adições muito bem-vindas: Samantha Schmutz está hilária no papel de uma ex-quenga que quer fazer de seu marido o prefeito da cidade, em uma subtrama que traz um contexto político tirando sarro e fazendo uma metalinguagem com as situações que o Brasil passou, com o dom de não ofender ninguém.

Fazendo um humor pitoresco que dialoga com seu público de maneira muito efetiva, ‘Cine Holliúdy 2 – A Chibata Sideral’ tira gargalhadas da platéia com piadas muito bem pensadas e originais, além de trazer um orçamento maior que dá liberdade para o diretor brincar com cenas de ação e ficção científica de uma maneira pra lá de inusitada, acertando em cheio em uma sequência maior e melhor que o filme original.

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E o cineasta cearense Halder Gomes consegue, mais uma vez, provar que é um dos melhores comediantes da atualidade.

Após se destacar internacionalmente em 2004 por realizar o curta-metragem ‘Cine Holliúdy – O Astista Contra o Caba do Mal‘, selecionado para 80 festivais de 20 países, Halder viu sua carreira decolar.

Em 2013, ele lançou o filmeCine Holliúdy‘ – uma extensão do seu curta de sucesso – que se transformou em um fenômeno de bilheterias: sem contar com muito marketing, conquistou o boca a boca positivo e levou mais de 550 mil brasileiros aos cinemas.

Agora com a sequência, Halder é ainda mais ambicioso com uma produção que contou com muitos mais recursos, astros e um humor ainda mais porreta, usando a rapidez da linguagem cearense e suas gírias arretadas para entregar uma pérola do humor nacional.

A história começa em 1980, com uma piada impagável envolvendo um Steven Spielberg sem ideias, quando uma página de jornal cearense misteriosamente voa pela janela e te dá a ideia de fazer uma de suas obras mais icônicas: ‘ET – O Extraterrestre‘. Esse epílogo hilário já faz valer o ingresso do filme, e mostra como Halder consegue misturar culturas de uma maneira brilhante.

Voltamos para alguns meses antes, para Pacatuba, interior do Ceará. A popularização da TV obriga Francisgleydisson a fechar seu adorado Cine Holliúdy e ir morar na casa da sogra, ao lado da esposa Maria das Graças e do filho Francin. Após passar por uma experiência alienígena, na qual um amigo foi abduzido, ele tem a ideia de rodar um longa-metragem de ficção científica onde Lampião enfrenta os seres extraterrestres. Para tanto, consegue o apoio do prefeito Olegário e de sua esposa Justina, candidata às próximas eleições.

Todos os personagens são extremamente caricatos, e ainda assim deliciosamente divertidos. Edmilson Filho volta a brilhar como Francisgleydisson, um homem apaixonado por cinema que decide continuar perseguindo seu sonho apesar de diversos fracassos, sempre amparado pela esposa “Graciosa” (Miriam Freeland, ótima) e seu filho Francin (Ariclenes Barroso, um dos destaques do filme).

Para criar um filme de ficção-científica nos moldes hollywoodianos, Francisgleydisson vai contar com a ajuda de uma turma inimaginável: o Cego Isaías (Falcão, SENSACIONAL) e o perigoso e assustador Zé Coveiro (Milhem Cortaz, sempre ótimo).

O elenco também recebe adições muito bem-vindas: Samantha Schmutz está hilária no papel de uma ex-quenga que quer fazer de seu marido o prefeito da cidade, em uma subtrama que traz um contexto político tirando sarro e fazendo uma metalinguagem com as situações que o Brasil passou, com o dom de não ofender ninguém.

Fazendo um humor pitoresco que dialoga com seu público de maneira muito efetiva, ‘Cine Holliúdy 2 – A Chibata Sideral’ tira gargalhadas da platéia com piadas muito bem pensadas e originais, além de trazer um orçamento maior que dá liberdade para o diretor brincar com cenas de ação e ficção científica de uma maneira pra lá de inusitada, acertando em cheio em uma sequência maior e melhor que o filme original.

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