domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Cobra Kai se supera com 5ª temporada alucinante e repleta de lutas extraordinárias

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Josh Hurwitz conseguiu fazer de um clássico oitentista um surpreendente encontro de gerações, onde passado e presente se enfrentam dentro e fora dos tatames. Cobra Kai se tornou uma raridade em meio a vários remakes, reboots e aguardadas sequências de filmes populares. Resgatando as influências culturais mais poderosas da década de 80, a série trouxe um frescor diferenciado a um ícone que marcou a infância da geração millennial. E mais atual do que nunca, a produção retorna com uma alucinante 5ª temporada, que prova que dessa fonte criativa ainda saem muitas histórias mirabolantes e divertidas.



Se levando a sério, mas não tão a sério assim, a série que originalmente nasceu no falecido streaming YouTube Red (atualmente YouTube Premium) cruza as fronteiras da rixa entre Johnny e Daniel. Agora do mesmo lado da confusão, ambos se unirão a Chozen, outro emblemático personagem da trilogia de Karatê Kid. E aproveitando muito o rico material fonte que os filmes de John G. Avildsen deixaram, Hurwitz e sua equipe criativa revisitam o passado, transformam cenas antigas em flashbacks simbólicos e sensíveis e não têm medo de expandir seu elenco jovem, dando destaque à novas vozes que prometem crescer ainda mais na 6ª temporada (que precisa acontecer!).

Desafiando o nosso próprio entendimento do quão longe Hurwitz conseguiria estender essa narrativa tão enraizada em uma franquia lançada há mais 30 anos, o showrunner prova que possui muitas cartas na manga e um leque vasto de subtramas e plot twists que facilmente podem nos surpreender. E explorando ainda mais a complexa psique do psicopata Terry Silver, Cobra Kai retorna mais madura, um pouco mais densa, mas sem nunca perder a leveza e o bom humor que a tornaram uma das séries mais prazerosas e amadas da atualidade.

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Brincando com os contrastes de geração a partir de uma caracterização que segue hilariamente caricata, a série reitera o quanto Johnny Lawrence é de fato o coração da trama. Cheio de conflitos internos e dono de uma sensibilidade maquiada por um jeito de tiozão casca grossa dos anos 80, ele é sempre o destaque em cena e mais do que nunca se torna a metade de Larusso. E quanto mais os vemos em tela juntos, mais nos apaixonamos pela insana jornada que Cobra Kai traçou desde sua temporada.

E com as peças do jogo se movimentando em ritmo acelerado, a 5ª temporada caminha de forma dinâmica, extremamente evolutiva e repleta de cenas de luta muito mais elaboradas e bem cinematográficas. Com coreografias excelentes, os combates corpo-a-corpo ficam ainda mais rápidos e eletrizantes, superando as expectativas da audiência. E com o retorno de um amado e requisitado personagem, a série entrega aos assinantes da Netflix sua melhor temporada.

E em meio a maneirismos excessivos, caricaturas exageradas e um formato quase novelizado que beira o brega, Hurwitz prova que a original Netflix ainda consegue ser muito mais do que uma alegoria cômica de um clássico dos anos 80. Usando a juventude contemporânea como um catalisador do que há de melhor da cultura POP oitentista, a série é uma das raras ocasiões em que Hollywood realmente acerta ao resgatar uma franquia do passado tão amada e marcada na vida dos cinéfilos. Se comunicando de forma brilhante com gerações que atualmente se digladiam cultural e politicamente, Cobra Kai é um ponto de contato e equilíbrio onde todos conseguem se divertir de forma leve e despretensiosa – à medida em que mantêm aquele apego ideal que nos faz querer voltar a cada nova temporada.

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Josh Hurwitz conseguiu fazer de um clássico oitentista um surpreendente encontro de gerações, onde passado e presente se enfrentam dentro e fora dos tatames. Cobra Kai se tornou uma raridade em meio a vários remakes, reboots e aguardadas sequências de filmes populares. Resgatando as influências culturais mais poderosas da década de 80, a série trouxe um frescor diferenciado a um ícone que marcou a infância da geração millennial. E mais atual do que nunca, a produção retorna com uma alucinante 5ª temporada, que prova que dessa fonte criativa ainda saem muitas histórias mirabolantes e divertidas.

Se levando a sério, mas não tão a sério assim, a série que originalmente nasceu no falecido streaming YouTube Red (atualmente YouTube Premium) cruza as fronteiras da rixa entre Johnny e Daniel. Agora do mesmo lado da confusão, ambos se unirão a Chozen, outro emblemático personagem da trilogia de Karatê Kid. E aproveitando muito o rico material fonte que os filmes de John G. Avildsen deixaram, Hurwitz e sua equipe criativa revisitam o passado, transformam cenas antigas em flashbacks simbólicos e sensíveis e não têm medo de expandir seu elenco jovem, dando destaque à novas vozes que prometem crescer ainda mais na 6ª temporada (que precisa acontecer!).

Desafiando o nosso próprio entendimento do quão longe Hurwitz conseguiria estender essa narrativa tão enraizada em uma franquia lançada há mais 30 anos, o showrunner prova que possui muitas cartas na manga e um leque vasto de subtramas e plot twists que facilmente podem nos surpreender. E explorando ainda mais a complexa psique do psicopata Terry Silver, Cobra Kai retorna mais madura, um pouco mais densa, mas sem nunca perder a leveza e o bom humor que a tornaram uma das séries mais prazerosas e amadas da atualidade.

Brincando com os contrastes de geração a partir de uma caracterização que segue hilariamente caricata, a série reitera o quanto Johnny Lawrence é de fato o coração da trama. Cheio de conflitos internos e dono de uma sensibilidade maquiada por um jeito de tiozão casca grossa dos anos 80, ele é sempre o destaque em cena e mais do que nunca se torna a metade de Larusso. E quanto mais os vemos em tela juntos, mais nos apaixonamos pela insana jornada que Cobra Kai traçou desde sua temporada.

E com as peças do jogo se movimentando em ritmo acelerado, a 5ª temporada caminha de forma dinâmica, extremamente evolutiva e repleta de cenas de luta muito mais elaboradas e bem cinematográficas. Com coreografias excelentes, os combates corpo-a-corpo ficam ainda mais rápidos e eletrizantes, superando as expectativas da audiência. E com o retorno de um amado e requisitado personagem, a série entrega aos assinantes da Netflix sua melhor temporada.

E em meio a maneirismos excessivos, caricaturas exageradas e um formato quase novelizado que beira o brega, Hurwitz prova que a original Netflix ainda consegue ser muito mais do que uma alegoria cômica de um clássico dos anos 80. Usando a juventude contemporânea como um catalisador do que há de melhor da cultura POP oitentista, a série é uma das raras ocasiões em que Hollywood realmente acerta ao resgatar uma franquia do passado tão amada e marcada na vida dos cinéfilos. Se comunicando de forma brilhante com gerações que atualmente se digladiam cultural e politicamente, Cobra Kai é um ponto de contato e equilíbrio onde todos conseguem se divertir de forma leve e despretensiosa – à medida em que mantêm aquele apego ideal que nos faz querer voltar a cada nova temporada.

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