sábado , 2 novembro , 2024

Crítica | Code 8 – Renegados – Ficção Científica da Netflix é Mistura de ‘Pokémon’ com ‘X-Men’

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Em um mundo onde as pessoas nascem com superpoderes, a sociedade quase sempre não os recebe bem. Já vimos esse conceito em ‘X-Men’, porém, diferentemente da história da Marvel, no longa de ficção da Netflix, ‘Code 8 – Renegados’, os 4% da população que nasce com algum poder diferenciado os utiliza para sobreviver. Portanto, quem tem uma super força, ou controla a energia elétrica sem se machucar, ou consegue ler mentes, etc, busca trabalhar em empregos na construção civil, onde pode se misturar com os demais e ser útil à sociedade que os discrimina. Ou ao menos é assim que pensa Connor Reed (Robbie Amell) e sua mãe, Mary (Kari Matchett), que está doente.

A primeira coisa que ‘Code 8 – Renegados’ deixa claro para o espectador é que seu protagonista “é bom demais para ficar trabalhando ali com os cidadãos comuns”, e, rapidamente Connor junta-se a um grupo de assaltantes poderosos – só que como ele é o “mocinho”, sua motivação nobre é que ele somente enverga para o mundo do crime porque precisa ajudar a mãe, e está cansado de não conseguir dinheiro o suficiente para o tratamento dela se mantendo no mundo honesto.

Esse argumento fraco e pouco motivador é o principal fator que torna o roteiro de Chris Pare tão monótono. Os personagens são construídos de forma a se sentirem superiores uns aos outros, com motivações pouco cativantes e diálogos preguiçosos. As interações entre os superpoderosos são como lutas Pokémon, nas quais o protagonista Connor é tal qual o Pikachu soltando raios supersônicos para todos os lados.

Mas, se deixarmos a história de lado, ‘Code 8 – Renegados’ até traz um conceito interessante de que essas pessoas com superpoderes, por exemplo, são capazes de produzir um líquido – na trama chamado de  Psyke – do qual as pessoas comuns extraíram um insumo e produziram uma droga altamente viciante – algo bem mais possível de ocorrer dentro de uma ficção científica baseada na realidade. E, dentro desse quesito, o diretor Jeff Chan consegue boas tomadas e cenas de ação, especialmente as que envolvem drones e robôs-policiais, o que aproxima o espectador do universo de games como ‘Call of Duty’.

Code 8 – Renegados’ é mais um desses filmes cuja história não é o forte, mas que, graças aos seus efeitos especiais e sua edição de videogame acaba cativando minimamente o espectador.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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A primeira coisa que ‘Code 8 – Renegados’ deixa claro para o espectador é que seu protagonista “é bom demais para ficar trabalhando ali com os cidadãos comuns”, e, rapidamente Connor junta-se a um grupo de assaltantes poderosos – só que como ele é o “mocinho”, sua motivação nobre é que ele somente enverga para o mundo do crime porque precisa ajudar a mãe, e está cansado de não conseguir dinheiro o suficiente para o tratamento dela se mantendo no mundo honesto.

Esse argumento fraco e pouco motivador é o principal fator que torna o roteiro de Chris Pare tão monótono. Os personagens são construídos de forma a se sentirem superiores uns aos outros, com motivações pouco cativantes e diálogos preguiçosos. As interações entre os superpoderosos são como lutas Pokémon, nas quais o protagonista Connor é tal qual o Pikachu soltando raios supersônicos para todos os lados.

Mas, se deixarmos a história de lado, ‘Code 8 – Renegados’ até traz um conceito interessante de que essas pessoas com superpoderes, por exemplo, são capazes de produzir um líquido – na trama chamado de  Psyke – do qual as pessoas comuns extraíram um insumo e produziram uma droga altamente viciante – algo bem mais possível de ocorrer dentro de uma ficção científica baseada na realidade. E, dentro desse quesito, o diretor Jeff Chan consegue boas tomadas e cenas de ação, especialmente as que envolvem drones e robôs-policiais, o que aproxima o espectador do universo de games como ‘Call of Duty’.

Code 8 – Renegados’ é mais um desses filmes cuja história não é o forte, mas que, graças aos seus efeitos especiais e sua edição de videogame acaba cativando minimamente o espectador.

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