sexta-feira , 10 janeiro , 2025

Crítica | Como Seria Se…?: Drama da Netflix com Lili Reinhart não tem clímax, mas ainda consegue nos conquistar

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É fácil se perder em todas as infinitas possibilidades e caminhos que poderíamos ter seguido em nossas vidas, quando pensamos o quanto um instante é capaz de redefinir e redirecionar o nosso futuro. Essa reflexão tão existencial e tão natural ao ser humano se transforma em um novo drama romântico da Netflix, intitulado Como Seria Se…?. Explorando duas rotas opostas de uma jovem recém-formada na universidade, o longa de Wanuri Kahiu traz uma visão otimista de como uma escolha imprudente ou leviana ainda pode se transformar em uma florida jornada de autodescoberta.



A essência de Como Seria Se…? reside no fato de que, ainda que algumas rotas que seguimos sejam tortuosas e até mesmo impulsivas, não significa que elas nos impedirão de nos tornarmos aquela versão melhor de nós mesmos. E por essa premissa, a roteirista April Prosser acerta facilmente e logo de cara consegue conquistar a audiência. E aqui, vemos a vida se desabrochar pela ótica de Lili Reinhart e de seu maior dilema: a possibilidade de uma gravidez inesperada no auge da juventude. Ao longo de duas horas acompanhamos duas linhas temporais distintas, guiadas pelo resultado de seu teste de gravidez. E em uma espiral alucinante de mudanças e novidades, vemos como a vida é dinâmica e como fomos feitos para nos adaptar a qualquer circunstância.

Não que essa reflexão seja algo novo. Mas ainda que Prosser se apoie em uma estrutura narrativa nada autêntica e bem básica, a intensidade e o realismo da belíssima performance de Reinhart nos levam a cantos mais escondidos e às vezes até esquecidos de nossas próprias almas – trazendo à tona aquela fagulha que vez outra se acende em nós com a seguinte pergunta: “Como Seria Se…?”. E por naturalmente colocar a audiência no mesmo dilema que a protagonista, o drama romântico se torna absolutamente identificável, com todos os seus clichês, discursos repetitivos e maneirismos que replicam outros romances e comédias românticas de anos anteriores.

Mas o maior problema da produção é sua ausência de clímax. Com a trama caminhando de forma linear sem nenhum grande conflito, o final do segundo ato fica blasé e não provoca sentimentos mais angustiantes na audiência. Sem um ponto de virada no enredo, o drama parece mais um relato comum e não oferece nada de extraordinário que justifique suas duas horas de duração. E em certos momentos, é fácil perceber que o longa funcionaria bem melhor como um curta-metragem de 30 minutos. Ainda assim, Como Seria Se…? nos cativa por seu otimismo inspirador e nos acalenta com um final aconchegante que nos lembra que – independente de qualquer circunstância – tudo vai realmente ficar bem.

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Crítica | Como Seria Se…?: Drama da Netflix com Lili Reinhart não tem clímax, mas ainda consegue nos conquistar

É fácil se perder em todas as infinitas possibilidades e caminhos que poderíamos ter seguido em nossas vidas, quando pensamos o quanto um instante é capaz de redefinir e redirecionar o nosso futuro. Essa reflexão tão existencial e tão natural ao ser humano se transforma em um novo drama romântico da Netflix, intitulado Como Seria Se…?. Explorando duas rotas opostas de uma jovem recém-formada na universidade, o longa de Wanuri Kahiu traz uma visão otimista de como uma escolha imprudente ou leviana ainda pode se transformar em uma florida jornada de autodescoberta.

A essência de Como Seria Se…? reside no fato de que, ainda que algumas rotas que seguimos sejam tortuosas e até mesmo impulsivas, não significa que elas nos impedirão de nos tornarmos aquela versão melhor de nós mesmos. E por essa premissa, a roteirista April Prosser acerta facilmente e logo de cara consegue conquistar a audiência. E aqui, vemos a vida se desabrochar pela ótica de Lili Reinhart e de seu maior dilema: a possibilidade de uma gravidez inesperada no auge da juventude. Ao longo de duas horas acompanhamos duas linhas temporais distintas, guiadas pelo resultado de seu teste de gravidez. E em uma espiral alucinante de mudanças e novidades, vemos como a vida é dinâmica e como fomos feitos para nos adaptar a qualquer circunstância.

Não que essa reflexão seja algo novo. Mas ainda que Prosser se apoie em uma estrutura narrativa nada autêntica e bem básica, a intensidade e o realismo da belíssima performance de Reinhart nos levam a cantos mais escondidos e às vezes até esquecidos de nossas próprias almas – trazendo à tona aquela fagulha que vez outra se acende em nós com a seguinte pergunta: “Como Seria Se…?”. E por naturalmente colocar a audiência no mesmo dilema que a protagonista, o drama romântico se torna absolutamente identificável, com todos os seus clichês, discursos repetitivos e maneirismos que replicam outros romances e comédias românticas de anos anteriores.

Mas o maior problema da produção é sua ausência de clímax. Com a trama caminhando de forma linear sem nenhum grande conflito, o final do segundo ato fica blasé e não provoca sentimentos mais angustiantes na audiência. Sem um ponto de virada no enredo, o drama parece mais um relato comum e não oferece nada de extraordinário que justifique suas duas horas de duração. E em certos momentos, é fácil perceber que o longa funcionaria bem melhor como um curta-metragem de 30 minutos. Ainda assim, Como Seria Se…? nos cativa por seu otimismo inspirador e nos acalenta com um final aconchegante que nos lembra que – independente de qualquer circunstância – tudo vai realmente ficar bem.

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