Após o sucesso na novela ‘Fina Estampa‘ (2011), o personagem Crô (Marcelo Serrado) se tornou um fenômeno de público, e não demorou muito para a Globo ter a ideia de rentabilizar em cima e leva-lo aos cinemas.
O primeiro filme foi dirigido por Bruno Barreto (‘O Casamento de Romeu e Julieta’) e foi um fiasco de crítica, trazendo o personagem ainda mais caricato em uma trama pra lá de infame.
A boa notícia é que ‘Crô em Família’ é uma grata surpresa: infinitamente superior ao primeiro filme, a sequência consegue divertir, fazer rir e ainda trazer uma bela mensagem sobre família em seu escopo.
Desta vez, quem dirige é Cininha de Paula (‘Cobras & Lagartos’), que acerta em cheio a mão na direção e aproveita o talento e o carisma do ator Marcelo Serrado, que traz um personagem muito mais interessante e cheio de dilemas, sem perder o bom humor e os trejeitos e ironia que fizeram de Crô um sucesso de público na novela.
Já famoso, bombado e dono da própria escola de etiqueta e finesse, Crô se vê, no entanto, sozinho e sem família. Carente e vulnerável, acaba ficando à mercê de supostos parentes, cujas intenções não parecem ser das melhores. Ao lado das inseparáveis Geni, Magda e Jurema, mas sempre desviando do veneno da pérfida colunista Carlota Valdez, Crô embarca em uma aventura repleta de pinta para descobrir a sua verdadeira família.
O roteiro é ágil e a maioria das piadas funcionam e fazem o público rir, grande parte por causa do elenco de apoio e participações especiais.
O grande destaque vai para o recém-descoberto talento Jefferson Schroeder, aquele que dubla tragédias em vídeos do Porta dos Fundos, interpretando com muito bom humor a melhor amiga do protagonista.
Pabllo Vittar e Preta Gil fazem participações especiais, assim como Marcus Majella e Marcos Caruso, que interpretam personagens consagrados na TV: Ferdinando, do ‘Vai que Cola’, e Seu Peru, da ’Escolinha do Professor Raimundo – Nova Geração’.
O elenco ainda traz Arlete Salles, Tonico Pereira, Fabiana Karla e Monique Alfradique.
‘Crô em Família’ é um ótimo avanço para o personagem, usando um humor pastelão que funciona e faz rir, e uma trama mais séria e plausível que dá mais humanidade para o personagem. Uma grande pedida para quem gostaria de ir aos cinemas dar umas boas risadas.