sábado , 23 novembro , 2024

Crítica | D.P.A 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo traz uma aventura mais madura e divertida

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Parece que foi ontem que um grupinho de crianças se reuniu na área de um prédio para elaborar brincadeiras e travessuras que envolviam ciência, imaginação, magia e muita diversão. Assim ficaram conhecidos os ‘Detetives do Prédio Azul, dois meninos e uma menina que, vestidos com suas parcas coloridas, brincavam de investigar as coisas pelo famoso prédio azul. Mas “ontem” foi lááá em 2012, e, hoje, dez anos após o início da série no canal Gloob e após três gerações de protagonistas, o mais novo longa da turminha chega aos cinemas brasileiros, no próximo dia 21, sob o nome ‘D.P.A 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo’.

Sol (Letícia Braga), Pippo (Pedro Henrique Motta) e Bento (Anderson Lima) se divertem em um balão com a amiga Berenice (Nicole Orsini). Enquanto o porteiro do prédio, Severino (Ronaldo Reis), os espera, ele encontra um medalhão mágico – na verdade, metade dele, a metade malvada encantada que, aos poucos, vai transformando-o em um sujeito mal e ambicioso. Para tentar salvá-lo, o trio – agora acrescido da mais nova detetive, Berenice – decide ir até Ushuaia, o lugar mais ao sul do planeta, para encontrar o mago Baltazar (Perfeito Fortuna), única pessoa capaz de resolver a situação. Entretanto, no caminho eles enfrentarão as bruxas Duvíbora (Alexandra Richter) e Dunhoca (Klara Castanho), que também estão de olho no medalhão.



Em pouco mais de uma hora e quarenta de duração, ‘D.P.A 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo’ entrega uma aventurinha mais madura tanto para seus protagonistas (já bem crescidos, adolescentes, na beirola de destoar de seus personagens, que eram para ser mais infantis) quanto para seu próprio público-alvo, que cresceu assistindo a garotada na tv e agora, dez anos depois, já começa a se interessar por outros temas.

O roteiro de Flávia Lins e Silva, Rêne Belmonte e Mauro Lima balanceia os elementos infantis que construíram o sucesso da série (como as bruxarias suaves, as frases de efeito engraçadinhas e a inversão de responsabilidade entre filhos e pais) com uma pegada mais pré-adolescente, como os interesses em redes sociais e valores estéticos. O roteiro ainda insere novos personagens que garantem a participação especial de queridos das telinhas, como Lázaro Ramos (como um bruxo meio Willy Wonka), Rafael Cardoso (como um piloto meio doido), Alinne Moraes (uma capitã cheia de interesses) e Suely Franco (a querida Vó Berta no retrato).

Mauro Lima tem boa pegada na direção, garantindo a inserção de efeitos visuais que acrescentam o toque de magia à narrativa. Entretanto, há alguns escorregões que pulam a continuidade em prol da agilidade, fragilizando o longa para os papais e mamães que vão acompanhar a turminha nos cinemas e poderão ficar confusos em alguns pontos da trama.

D.P.A 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo’ abraça a internacionalização do sucesso da série brasileira, mostrando que os produtos audiovisuais nacionais têm qualidade e conquistam o mundo. Ao trazer atores mirins argentinos para a trama, dialoga com os vizinhos e crava seu espaço nas produções internacionais. Merecido, após dez anos nessa estrada, que esse ciclo se encerre com o início de um outro ainda maior e mais frutífero para os detetives mirins.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Sol (Letícia Braga), Pippo (Pedro Henrique Motta) e Bento (Anderson Lima) se divertem em um balão com a amiga Berenice (Nicole Orsini). Enquanto o porteiro do prédio, Severino (Ronaldo Reis), os espera, ele encontra um medalhão mágico – na verdade, metade dele, a metade malvada encantada que, aos poucos, vai transformando-o em um sujeito mal e ambicioso. Para tentar salvá-lo, o trio – agora acrescido da mais nova detetive, Berenice – decide ir até Ushuaia, o lugar mais ao sul do planeta, para encontrar o mago Baltazar (Perfeito Fortuna), única pessoa capaz de resolver a situação. Entretanto, no caminho eles enfrentarão as bruxas Duvíbora (Alexandra Richter) e Dunhoca (Klara Castanho), que também estão de olho no medalhão.

Em pouco mais de uma hora e quarenta de duração, ‘D.P.A 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo’ entrega uma aventurinha mais madura tanto para seus protagonistas (já bem crescidos, adolescentes, na beirola de destoar de seus personagens, que eram para ser mais infantis) quanto para seu próprio público-alvo, que cresceu assistindo a garotada na tv e agora, dez anos depois, já começa a se interessar por outros temas.

O roteiro de Flávia Lins e Silva, Rêne Belmonte e Mauro Lima balanceia os elementos infantis que construíram o sucesso da série (como as bruxarias suaves, as frases de efeito engraçadinhas e a inversão de responsabilidade entre filhos e pais) com uma pegada mais pré-adolescente, como os interesses em redes sociais e valores estéticos. O roteiro ainda insere novos personagens que garantem a participação especial de queridos das telinhas, como Lázaro Ramos (como um bruxo meio Willy Wonka), Rafael Cardoso (como um piloto meio doido), Alinne Moraes (uma capitã cheia de interesses) e Suely Franco (a querida Vó Berta no retrato).

Mauro Lima tem boa pegada na direção, garantindo a inserção de efeitos visuais que acrescentam o toque de magia à narrativa. Entretanto, há alguns escorregões que pulam a continuidade em prol da agilidade, fragilizando o longa para os papais e mamães que vão acompanhar a turminha nos cinemas e poderão ficar confusos em alguns pontos da trama.

D.P.A 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo’ abraça a internacionalização do sucesso da série brasileira, mostrando que os produtos audiovisuais nacionais têm qualidade e conquistam o mundo. Ao trazer atores mirins argentinos para a trama, dialoga com os vizinhos e crava seu espaço nas produções internacionais. Merecido, após dez anos nessa estrada, que esse ciclo se encerre com o início de um outro ainda maior e mais frutífero para os detetives mirins.

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