terça-feira , 3 dezembro , 2024

Crítica | De Volta aos 15 – Maisa BRILHA em série teen nostálgica e romântica passada no início dos anos 2000

Cada geração acha que a sua é a que tinha as melhores músicas, filmes e brincadeiras. Normal, somos apegados à época em que vivemos nossas memórias mais afetivas. Mas é bem verdade também que as gerações que viveram suas juventudes antes do advento da internet tiveram uma experiência diferente daquelas que já nasceram em um mundo completamente conectado. No meio desse caminho há, ainda, a geração intermediária: pessoas cujas juventudes foram afetadas pela transição do mundo entre analógico e o conectado. É nesse último caso, no ano de 2006, que se situa a série ‘De Volta aos 15’, a mais nova comédia romântica nacional que chega dia 25 de fevereiro à Netflix.



Anita (Camila Queiroz) tem trinta anos e ainda não se resolveu na vida. Com contas atrasadas e roupas espalhadas pela casa, ela acha que está bem pelo simples fato de ter conseguido sair de Imperatriz e ir morar em São Paulo. Quando tem que voltar à sua cidade natal para o casamento de sua irmã, Luiza (Mariana Rios), ela tem um choque com o passado ao acessar seu antigo blog de fotos e, repentinamente, volta aos seus quinze anos. No passado, Anita (Maisa Silva) terá a oportunidade de consertar certos erros que repercutem no seu presente, só que isso significará ter que voltar a conviver com seus melhores amigos, Henrique (Caio Cabral) e César (Pedro Vinícius), e sua prima Carol (Klara Castanho), e, consequentemente, bagunçar a vida deles também.

Dividida em apenas seis episódios que variam entre trinta e quarenta minutos, a primeira temporada de ‘De Volta aos 15’ é completamente adorável! A trama curtinha de cada capítulo passa tão rápido, que o espectador nem sente, tão envolvidos ficamos com as desventuras dos personagens. Mérito da querida Bruna Vieira, autora do livro homônimo que inspirou a série e que também exerceu consultoria de roteiro aqui.

E pela essência como os episódios se desenrolam, dá para sentir que o projeto de ‘De Volta aos 15’ é realmente um trabalho em equipe: Janaina Cabello fez um ótimo trabalho como primeira assistente de direção, certificando-se de que nenhuma ponta ficasse solta na série, junto com Thiago Villas Boas e Flávia Villela; Rita Faustini se empenhou no departamento de arte para recriar em detalhes a atmosfera dos anos 2000 de maneira bem crível, junto com a produtora de objetos Neca Lucena, que recriou várias estantes repletas de VHS; Fernanda Tanaka encontrou os ângulos precisos para posicionamento de câmera de modo a captar o melhor da luz natural nas cenas, o que invariavelmente favoreceu o elenco; e mesmo o roteiro, adaptado do livro pela roteirista-chefe Janaína Tokitaka, com Alice Marcone (que também interpreta a joinha rara em cena, Camila), Renata Kochen e Bryan Ruffo na sala de roteiro, mantém o ritmo e o gancho da expectativa em todos os episódios, fazendo com que a gente não desligue a tv até o fim. Um acerto de equipe competente sob a direção de Vivi Jundi e Dainara Toffoli, cujo resultado é perceptível na tela.

Também o elenco se mostra super afiado e no melhor momento de suas carreiras (em se tratando de um elenco juvenil, isso é igualmente importante e bonito de se ver). Maisa está completamente à vontade com o universo dos anos 2006 (sendo que ela mesma, nessa época, tinha cinco anos de idade, rs), bem como Camila Queiroz como uma adulta perdida na vida. De tão natural, Caio Cabral e Pedro Vinícius nem parecem estar interpretando, o que ajuda a passar uma sensação familiar de conhecermos a esses personagens; Klara Castanho amadureceu muito sua técnica e, mesmo com menos participação aqui, se mostra bem em todas as cenas. Destaque ainda para os colírios Gabriel Stauffer e Bruno Montaleone, que entram para fazer o público suspirar, e o jovem João Guilherme, muito mais seguro aqui do que em todos os seus trabalhos anteriores.

Totalmente nostálgica e cheia de referências a um mundo pop em ebulição com a internet, ‘De Volta aos 15’ é uma série carismática, fofinha e que faz a gente querer voltar para esse tempo gostoso da adolescência. Impossível não amar! Que venha logo a segunda temporada!

Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Cada geração acha que a sua é a que tinha as melhores músicas, filmes e brincadeiras. Normal, somos apegados à época em que vivemos nossas memórias mais afetivas. Mas é bem verdade também que as gerações que viveram suas juventudes antes do advento da internet tiveram uma experiência diferente daquelas que já nasceram em um mundo completamente conectado. No meio desse caminho há, ainda, a geração intermediária: pessoas cujas juventudes foram afetadas pela transição do mundo entre analógico e o conectado. É nesse último caso, no ano de 2006, que se situa a série ‘De Volta aos 15’, a mais nova comédia romântica nacional que chega dia 25 de fevereiro à Netflix.

Anita (Camila Queiroz) tem trinta anos e ainda não se resolveu na vida. Com contas atrasadas e roupas espalhadas pela casa, ela acha que está bem pelo simples fato de ter conseguido sair de Imperatriz e ir morar em São Paulo. Quando tem que voltar à sua cidade natal para o casamento de sua irmã, Luiza (Mariana Rios), ela tem um choque com o passado ao acessar seu antigo blog de fotos e, repentinamente, volta aos seus quinze anos. No passado, Anita (Maisa Silva) terá a oportunidade de consertar certos erros que repercutem no seu presente, só que isso significará ter que voltar a conviver com seus melhores amigos, Henrique (Caio Cabral) e César (Pedro Vinícius), e sua prima Carol (Klara Castanho), e, consequentemente, bagunçar a vida deles também.

Dividida em apenas seis episódios que variam entre trinta e quarenta minutos, a primeira temporada de ‘De Volta aos 15’ é completamente adorável! A trama curtinha de cada capítulo passa tão rápido, que o espectador nem sente, tão envolvidos ficamos com as desventuras dos personagens. Mérito da querida Bruna Vieira, autora do livro homônimo que inspirou a série e que também exerceu consultoria de roteiro aqui.

E pela essência como os episódios se desenrolam, dá para sentir que o projeto de ‘De Volta aos 15’ é realmente um trabalho em equipe: Janaina Cabello fez um ótimo trabalho como primeira assistente de direção, certificando-se de que nenhuma ponta ficasse solta na série, junto com Thiago Villas Boas e Flávia Villela; Rita Faustini se empenhou no departamento de arte para recriar em detalhes a atmosfera dos anos 2000 de maneira bem crível, junto com a produtora de objetos Neca Lucena, que recriou várias estantes repletas de VHS; Fernanda Tanaka encontrou os ângulos precisos para posicionamento de câmera de modo a captar o melhor da luz natural nas cenas, o que invariavelmente favoreceu o elenco; e mesmo o roteiro, adaptado do livro pela roteirista-chefe Janaína Tokitaka, com Alice Marcone (que também interpreta a joinha rara em cena, Camila), Renata Kochen e Bryan Ruffo na sala de roteiro, mantém o ritmo e o gancho da expectativa em todos os episódios, fazendo com que a gente não desligue a tv até o fim. Um acerto de equipe competente sob a direção de Vivi Jundi e Dainara Toffoli, cujo resultado é perceptível na tela.

Também o elenco se mostra super afiado e no melhor momento de suas carreiras (em se tratando de um elenco juvenil, isso é igualmente importante e bonito de se ver). Maisa está completamente à vontade com o universo dos anos 2006 (sendo que ela mesma, nessa época, tinha cinco anos de idade, rs), bem como Camila Queiroz como uma adulta perdida na vida. De tão natural, Caio Cabral e Pedro Vinícius nem parecem estar interpretando, o que ajuda a passar uma sensação familiar de conhecermos a esses personagens; Klara Castanho amadureceu muito sua técnica e, mesmo com menos participação aqui, se mostra bem em todas as cenas. Destaque ainda para os colírios Gabriel Stauffer e Bruno Montaleone, que entram para fazer o público suspirar, e o jovem João Guilherme, muito mais seguro aqui do que em todos os seus trabalhos anteriores.

Totalmente nostálgica e cheia de referências a um mundo pop em ebulição com a internet, ‘De Volta aos 15’ é uma série carismática, fofinha e que faz a gente querer voltar para esse tempo gostoso da adolescência. Impossível não amar! Que venha logo a segunda temporada!

Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
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