domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Demolição (Demolition)

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Quase sempre é preciso um golpe de loucura para se construir um destino. Dirigido pelo ótimo cineasta canadense Jean-Marc Vallée (Clube de Compras Dallas, Livre) e com um excepcional roteiro escrito por Bryan Sipe, Demolição (Demolition) é com certeza uma das gratas surpresas deste ano. Falando sobre a solidão e a perda, o longa metragem estrelado pelo excelente ator Jake Gyllenhaal não deixa de ser uma viagem nas nossas emoções mais profundas e uma lição de que a vida é uma eterna caixinhas de surpresas. A trilha sonora é arrepiante, os arcos do roteiro são milimetricamente bem executados e nada, absolutamente nada é, deixado na superfície, as emoções acabam ganhando forma concretas em forma de metáforas que nos fazem refletir a cada cena.

Na trama, conhecemos o banqueiro bem sucedido Davis (Jake Gyllenhaal), um homem perto dos 40 anos que possui uma pacata vida ao lado de sua esposa que é filha de seu chefe. Após um terrível acidente de carro, Davis fica viúvo e a partir daí sua vida ganha um novo sentido, mesmo não sabendo como lidar com essa perda, e ele precisará passar por uma auto descoberta e começa a prestar mais atenção no mundo ao seu redor. Assim, acaba, inusitadamente, conhecendo Karen (Naomi Watts), uma solitária e mãe solteira atendente de um SAC de Vending machines. Juntos passarão dias se redescobrindo, quase um tratamento de como redescobrir o simples ato de viver.



O grande destaque da produção é o roteiro. Muito complexo e com diálogos inesquecíveis, cria uma originalidade para o gênero drama no mais alto nível. Sentamos na cadeira do cinema e embarcamos direto nas emoções do protagonista, uma difícil construção feita por Gyllenhaal, que exala simpatia do início ao fim da projeção. A relação dele com o sogro (interpretado pelo sempre ótimo Chris Cooper) – seus altos e baixos – as descobertas feitas sobre sua esposa que são uma conseqüência do relacionamento que tinham, a inusitada ação do destino que por meio de uma reclamação – que mais parece uma fuga para o momento que vive – faz entrar em sua vida uma mulher admirável, solitária quase um  alter ego, um ‘outro eu’ que Davis nunca imaginara que existia.

O desfecho é emblemático e faz muito sentido. Davis é um eterno paciente em busca de respostas sobre quem ele realmente é, um cidadão comum, um pouco solitário que também busca saber as razões de sua evidente solidão.  Ele entra em uma fase de loucura (daí a ideia do título provavelmente) que nada mais é que uma proteção anônima de seus sentimentos, que quando são encontrados fazem a vida ter um pouco mais de sentido. Demolição (Demolition) estreia no circuito brasileiro dia 04 de agosto e promete fazer bastante sucesso com o público.

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Quase sempre é preciso um golpe de loucura para se construir um destino. Dirigido pelo ótimo cineasta canadense Jean-Marc Vallée (Clube de Compras Dallas, Livre) e com um excepcional roteiro escrito por Bryan Sipe, Demolição (Demolition) é com certeza uma das gratas surpresas deste ano. Falando sobre a solidão e a perda, o longa metragem estrelado pelo excelente ator Jake Gyllenhaal não deixa de ser uma viagem nas nossas emoções mais profundas e uma lição de que a vida é uma eterna caixinhas de surpresas. A trilha sonora é arrepiante, os arcos do roteiro são milimetricamente bem executados e nada, absolutamente nada é, deixado na superfície, as emoções acabam ganhando forma concretas em forma de metáforas que nos fazem refletir a cada cena.

Na trama, conhecemos o banqueiro bem sucedido Davis (Jake Gyllenhaal), um homem perto dos 40 anos que possui uma pacata vida ao lado de sua esposa que é filha de seu chefe. Após um terrível acidente de carro, Davis fica viúvo e a partir daí sua vida ganha um novo sentido, mesmo não sabendo como lidar com essa perda, e ele precisará passar por uma auto descoberta e começa a prestar mais atenção no mundo ao seu redor. Assim, acaba, inusitadamente, conhecendo Karen (Naomi Watts), uma solitária e mãe solteira atendente de um SAC de Vending machines. Juntos passarão dias se redescobrindo, quase um tratamento de como redescobrir o simples ato de viver.

O grande destaque da produção é o roteiro. Muito complexo e com diálogos inesquecíveis, cria uma originalidade para o gênero drama no mais alto nível. Sentamos na cadeira do cinema e embarcamos direto nas emoções do protagonista, uma difícil construção feita por Gyllenhaal, que exala simpatia do início ao fim da projeção. A relação dele com o sogro (interpretado pelo sempre ótimo Chris Cooper) – seus altos e baixos – as descobertas feitas sobre sua esposa que são uma conseqüência do relacionamento que tinham, a inusitada ação do destino que por meio de uma reclamação – que mais parece uma fuga para o momento que vive – faz entrar em sua vida uma mulher admirável, solitária quase um  alter ego, um ‘outro eu’ que Davis nunca imaginara que existia.

O desfecho é emblemático e faz muito sentido. Davis é um eterno paciente em busca de respostas sobre quem ele realmente é, um cidadão comum, um pouco solitário que também busca saber as razões de sua evidente solidão.  Ele entra em uma fase de loucura (daí a ideia do título provavelmente) que nada mais é que uma proteção anônima de seus sentimentos, que quando são encontrados fazem a vida ter um pouco mais de sentido. Demolição (Demolition) estreia no circuito brasileiro dia 04 de agosto e promete fazer bastante sucesso com o público.

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