quarta-feira, setembro 18, 2024

Crítica | Descendentes: A Ascenção de Copas – Novo Filme Demonstra Desgaste na Franquia

É inegável que ‘Descendentes’ se tornou uma franquia de grande sucesso. Desde o lançamento do primeiro filme, em 2005, os adolescentes piraram com o visual colorido dos personagens e uma história cativante que partia de um princípio muito básico: em vez de contar a história dos personagens clássicos, a Disney se propôs a contar a história dos filhos e filhas desses personagens – ou seja, os descendentes. Para uma empresa que se fez a partir das histórias clássicas, essa ideia é simplesmente genial. E deu muito certo, com uma trilogia principal voltada especificamente para os vilões e cujas atrizes tiveram suas carreiras alavancadas exponencialmente. Com um desfecho satisfatório para a trilogia e o passar do tempo, todo mundo achou que a franquia ficaria por isso mesmo, porém, fomos surpreendidos com o anúncio da Disney, um tempo atrás, da produção de um quarto longa, ‘Descendentes: A Ascenção de Copas’, que chegou há pouco tempo na plataforma Disneyplus.

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Uma (China Anne McClain) agora é diretora de Auradon, agora que Mal e Ben estão em lua de mel, e decide expandir a abertura da escola para literalmente todos os filhos de todos os seres, incluindo o País das Maravilhas e a terrível Rainha Vermelha (Rita Ora), que recebe com surpresa o convite para que sua filha, Red (Kylie Cantrall) passe a estudar no local. Assim, a Rainha Vermelha vê uma oportunidade de finalmente conseguir se vingar de um ressentimento do passado, o que coloca a todos em risco. Para tentar consertar tudo, Red e sua mais nova amiga, Chloe (Malia Baker) acabarão voltando no tempo e ir até o passado, na época em que suas mães, Bridget (Ruby Rose Turner) e Cinderella (Brandy Norwood) eram jovens em Auradon.

Com uma hora e meia de duração e dirigido por Jennifer Phang, ‘Descendentes: A Ascenção de Copas’ passa a sensação de ser muito mais longo, tamanha a confusão que o roteiro de Dan Frey e Ru Sommer estabelecem para os personagens criados por Sara Parriott, Josann McGibbob. A sensação geral é que não há um enredo maior na história, e sim que as cenas foram criadas de maneira independente e, a partir daí, tentou-se uma conexão entre elas para justificar algo (o cenário? as músicas contratadas? as novas diretrizes da empresa?).

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Talvez o principal momento em ‘Descendentes: A Ascenção de Copas’ seja logo no início, durante a apresentação do enredo, em que Uma e Fada Madrinha (Melanie Paxson) conversam sobre o envio de convites e a produção encontra aí uma forma de honrar Carlos (Cameron Boyce), ator da primeira parte da franquia que faleceu em 2019. As duas personagens conversam e mencionam Carlos, que aparece em um quadro ao fundo – de fato, uma cena emocionante, principalmente para quem cresceu assistindo aos três filmes anteriores.

Sem os atores dos três primeiros filmes, os novos rostinhos se esforçam para conduzir a trama, mas a aleatoriedade de seus personagens não colabora. Red é, provavelmente, a mais carismática de ‘Descendentes: A Ascenção de Copas’, mas é tudo tão “muito” nesse filme, que o espectador se distrai o tempo todo. A troca de perucas e a frequência de números musicais (mas sem nenhuma canção que realmente pegue) colaboram para que o ritmo da história seja mais vagaroso.

Colorido e esteticamente bonito, ‘Descendentes: A Ascenção de Copas’ demonstra o desgaste da franquia dos filhos dos vilões com o lapso de tempo tão grande. Um filme que agrada aos olhos, mas só.

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