domingo , 22 dezembro , 2024

Crítica | Dia do Sim – Jennifer Garner brilha em comédia ‘Sessão da Tarde’ para ver com a família

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Criar os filhos não é fácil para ninguém. Mesmo os papais e as mamães mais experientes podem acabar enfrentando situações desafiadoras que manual nenhum antecipa. E, diante das muitas demandas do cotidiano e do trabalho, acaba faltando tempo e energia para passar algum tempo de qualidade com os pimpolhos. É exatamente nesse ponto que entra o filme ‘Dia do Sim’, a nova aposta de filme infantil que estreia hoje na Netflix.



Allison (Jennifer Garner) e Carlos (Édgar Ramírez) sempre foram muito descolados. Topavam todo tipo de aventura, diziam sim para tudo…até que nasceram os filhos. Quatorze anos se passaram e o casal, antes tão boa onda, agora são uma mãe e um pai que vivem dizendo não para tudo que os filhos pedem, e isso acabou construindo uma imagem de tiranos no imaginário dos pequenos – especialmente com relação com a Allison, que passa mais tempo com eles. Então, em uma reunião com os professores, eles descobrem sobre o tal ‘Dia do Sim’, um dia inteirinho em que deve ser dito sim para tudo que os filhos pede para, assim, melhorar o relacionamento familiar. Dispostos a provar que são legais, Allison e Carlos decidem propor o ‘Dia do Sim’ para os pimpolhos, só que eles não esperavam é que os três tinham planos bem malucos para a data.

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Baseado no livro de Amy Krouse Rosenthal e Tom Lichtenheld, o filme de uma hora e meia é dividido em basicamente dois momentos: a construção do monstro que é a mãe e o núcleo da diversão no ‘Dia do Sim’. Esse primeiro momento do roteiro de Justin Malen é bem triste, pois realça o quanto há um desequilíbrio na divisão das funções domésticas e parentais, recaindo sobre as mamães o injusto papel da vilã, enquanto os papais, segundo o próprio personagem Carlos, “já têm que dizer muitos nãos no trabalho, e devem aproveitar os sorrisos de seus filhos quando chegam à casa”. Embora o filme busque uma solução para esse problema no terceiro arco, ela não é lá muito satisfatória.

Mas o foco de o ‘Dia do Sim’ não é propor reflexão crítica, e sim demonstrar o quanto é possível se divertir em família se ao menos todos separarem um tempinho para isso e participarem das atividades com todo o coração. Em tempos de pandemia e confinamento, isso é uma proposta bem legal. As cenas das aventuras em família são bem divertidas sob a direção de Miguel Arteta. Dão a impressão de que todo mundo riu muito sem esforço na hora de gravar as cenas, e elas animam o espectador por serem ideias genuinamente infantis.

O ‘Dia do Sim’ é um filme bacaninha pra ver juntinho no sofá, mas traz uma péssima ótima ideia pra pimpolhada: já pensou se essa moda de ‘Dia do Sim’ pega? Vai ter muita gente descobrindo novas aventuras dentro de casa, correndo o risco de se divertir em família.

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Criar os filhos não é fácil para ninguém. Mesmo os papais e as mamães mais experientes podem acabar enfrentando situações desafiadoras que manual nenhum antecipa. E, diante das muitas demandas do cotidiano e do trabalho, acaba faltando tempo e energia para passar algum tempo de qualidade com os pimpolhos. É exatamente nesse ponto que entra o filme ‘Dia do Sim’, a nova aposta de filme infantil que estreia hoje na Netflix.

Allison (Jennifer Garner) e Carlos (Édgar Ramírez) sempre foram muito descolados. Topavam todo tipo de aventura, diziam sim para tudo…até que nasceram os filhos. Quatorze anos se passaram e o casal, antes tão boa onda, agora são uma mãe e um pai que vivem dizendo não para tudo que os filhos pedem, e isso acabou construindo uma imagem de tiranos no imaginário dos pequenos – especialmente com relação com a Allison, que passa mais tempo com eles. Então, em uma reunião com os professores, eles descobrem sobre o tal ‘Dia do Sim’, um dia inteirinho em que deve ser dito sim para tudo que os filhos pede para, assim, melhorar o relacionamento familiar. Dispostos a provar que são legais, Allison e Carlos decidem propor o ‘Dia do Sim’ para os pimpolhos, só que eles não esperavam é que os três tinham planos bem malucos para a data.

Baseado no livro de Amy Krouse Rosenthal e Tom Lichtenheld, o filme de uma hora e meia é dividido em basicamente dois momentos: a construção do monstro que é a mãe e o núcleo da diversão no ‘Dia do Sim’. Esse primeiro momento do roteiro de Justin Malen é bem triste, pois realça o quanto há um desequilíbrio na divisão das funções domésticas e parentais, recaindo sobre as mamães o injusto papel da vilã, enquanto os papais, segundo o próprio personagem Carlos, “já têm que dizer muitos nãos no trabalho, e devem aproveitar os sorrisos de seus filhos quando chegam à casa”. Embora o filme busque uma solução para esse problema no terceiro arco, ela não é lá muito satisfatória.

Mas o foco de o ‘Dia do Sim’ não é propor reflexão crítica, e sim demonstrar o quanto é possível se divertir em família se ao menos todos separarem um tempinho para isso e participarem das atividades com todo o coração. Em tempos de pandemia e confinamento, isso é uma proposta bem legal. As cenas das aventuras em família são bem divertidas sob a direção de Miguel Arteta. Dão a impressão de que todo mundo riu muito sem esforço na hora de gravar as cenas, e elas animam o espectador por serem ideias genuinamente infantis.

O ‘Dia do Sim’ é um filme bacaninha pra ver juntinho no sofá, mas traz uma péssima ótima ideia pra pimpolhada: já pensou se essa moda de ‘Dia do Sim’ pega? Vai ter muita gente descobrindo novas aventuras dentro de casa, correndo o risco de se divertir em família.

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