segunda-feira, setembro 9, 2024

Crítica | É Assim Que Acaba – Blake Lively Imprime Suavidade à Temas Pesados do Best-Seller de Colleen Hoover

Colleen Hoover é um verdadeiro fenômeno. A escritora estadunidense começou a chamar a atenção cerca de dez anos atrás, quando seus livros começaram a ser publicados em diversas línguas. Aqui no Brasil o sucesso é estrondoso, e há anos – anos mesmo! – a autora se mantem inabalável dentre os livros mais vendidos do mês e também como livro mais vendido do ano. Demorou muito, até, para que algum de seus livros finalmente ganhasse uma adaptação cinematográfica. Mas agora, depois de muitos anúncios, cancelamentos e adiamentos, o filme finalmente existe, e o maior sucesso da autora, ‘É Assim Que Acaba’ (It Ends With Us), chega aos cinemas brasileiros a partir dessa semana, para a felicidade das fãs e leitoras de Colleen que aguardaram muito, muito tempo por esse momento.

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Lily Bloom (Blake Lively) acaba de se mudar para Boston, onde vai realizar seu grande sonho: abrir uma floricultura. A repentina morte de seu pai (Kevin McKidd) faz com que ela volte à sua cidade natal, o Maine, e reencontre memórias de sua infância. De volta à Boston, Lily invade um prédio para, diante da bela vista, refletir sobre os últimos acontecimentos de sua vida, e é nesse momento que conhece o charmoso e misterioso Ryle Kincaid (Justin Baldoni), um neurocirurgião que mora naquele prédio. A conexão entre eles é imediata, mas eles não trocam contatos. Porém, meses depois, quando Lily está prestes a abrir sua loja, ela acaba contratando Alyssa (Jenny Slate) como sua ajudante, e descobre que a jovem é irmã de Ryle. Com a química entre os dois crescendo cada vez mais, Lily se sente dividida entre mergulhar em um relacionamento com aquele sombrio desconhecido ou deixar viva dentro de si as lembranças ainda latentes do grande amor da sua vida, Atlas (Brandon Sklenar).

Duas coisas se destacam enormemente em ‘É Assim Que Acaba’. A primeira é a doçura de Blake Lively, em todos os seus trejeitos em cena, o que ajuda a contrabalancear o clima do filme por conta das violências sofridas pela personagem. Elencar Blake para o papel de Lily foi um grande acerto, pois a atriz consegue ao mesmo tempo ser uma mulher forte e decidida para correr atrás do próprio destino, e, também, imprimir leveza nas cenas mais pesadas. E esse é justamente o segundo ponto: a escolha acertada do roteiro de Christy Hall (com participação da própria Colleen) em não evidenciar as violências, cortando as cenas nos momentos certos. Isso não dificulta ao público de entender o que está acontecendo; ao contrário, o espectador vai ganhando o entendimento do todo junto com a protagonista, à medida que imagens recuperadas dão um panorama maior do todo do quadro.

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Justin Baldoni, além do co-protagonismo, faz uma boa direção tanto do elenco quanto da produção, optando por cenas em close que favorecem todos os atores e inserindo belos planos gerais. Nos momentos-chave, o diretor balancea bem o tempo de duração para que a intensidade dos eventos não se prolongue ao ponto de ganharem peso demais no enredo. Mesmo que algumas cenas passem a sensação de serem aleatórias, dentro do contexto geral elas se encaixam na sequência de eventos que levam Lily às decisões que toma.

Para os fervorosos leitores de Colleen Hoover, a adaptação ‘É Assim Que Acaba’ dá conta da essência do livro sem pesar na carga emocional da história. Para quem nunca leu, é desses filmes que fazem você querer ler o livro depois (saiu no Brasil pela editora Galera Record). ‘É Assim Que Acaba’ alerta sobre as múltiplas violências que uma mulher pode sofrer ao longo de sua vida e da importância de conversarmos e lidarmos em sociedade sobre esse problema. Emocionante, ‘É Assim Que Acaba’ é um filme importante, bem-feito e que dará forças para que muitas mulheres reencontrem o comando de suas próprias vidas.

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